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O Terror De 11 De Setembro

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Por:   •  21/9/2013  •  925 Palavras (4 Páginas)  •  484 Visualizações

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A indústria do 11 de setembro

Privatização da segurança: Após 12 anos dos ataques a NY, a 'Guerra ao Terror' americana deu suporte (e dinheiro público) para diversas empresas.

Na década pós-11/9, EUA gastaram US$ 4 trilhões e instalaram 30 milhões de câmeras de segurança no país

Apenas nove dias após os dois aviões atingirem as torres do World Trade Center, em Nova York, o Congresso americano autorizou um repasse emergencial de US$ 40 bilhões para fortalecer o aparelho de defesa antiterrorista do país. Desde então, os gastos não pararam de crescer. Em 12 anos de “Guerra ao Terror”, os Estados Unidos ultrapassaram a marca dos 4 trilhões de dólares em gastos que incluem desde equipamentos de vigilância interna, confecção de manuais antiterror para aeroportos, 30 milhões de câmeras de segurança instaladas no país e a a presença ostensiva de tropas militares no Oriente Médio.

Surfando na onda de paranoia que se espalhou pelo país pós-11/9, talvez a principal beneficiária do cheque em branco que o combate ao terror produziu seja a indústria de segurança. Cerca de 70% do orçamento de inteligência interna dos EUA é gasto com contratos privados e vai parar direto no bolso de grandes empresas do setor. Criado em 2002, a conta do Departamento de Segurança Interna (Homeland Security) cresceu mais de 300% na última década. Existem hoje pelo menos 1.271 ONGs e 1.931 companhias privadas relacionadas a terrorismo, inteligência e segurança.

Abaixo, veja alguns dos serviços oferecidos pela rentabilíssima “indústria do 11 de setembro”. Uma das únicas que não parou de crescer (exponencialmente) nem quando o país era sufocado com a recessão econômica — muito embora seja muito mais provável que um norte-americano morra em um acidente de carro do que em um ataque terrorista.

Para promover o uso dos equipamentos em aeroportos, lobistas chegaram a instalar scanners no Capitólio

Scanners de aeroportos. Nada mais lógico que o boom inicial tenha sido sentido onde foi registrada a falha primária que permitiu os ataques do 11/9: segurança aérea. Um dos mais populares, e também polêmicos, são os scanners de corpo inteiro. As vendas do aparelho — cuja unidade chega a custar US$ 200 mil — foram impulsionadas depois que uma tentativa de ataque suicida foi desvendada, no Natal de 2009. Líder no nicho de scanners, a L-3 Communications já vendeu mais de US$ 900 milhões para o governo norte-americano.

Educação anti-islã. O sentimento revanchista após 11/9 tomou o islã como o próximo inimigo a ser combatido. Não podia deixar de existir, então, consultorias especializadas em providenciar esse “treinamento islamofóbico”, característico da ideologia da Guerra ao Terror. O CI Centre, por exemplo, oferece cursos e análises supostamente abalizadas sobre a ameaça muçulmana para agências do governo e outras forças da lei. Um curso de cinco dias para funcionários públicos intitulado “Doutrina da ameaça jihadista global” custa US$ 39 mil. Para uma classe de 30 alunos, o workshop “Morrendo para nos matar: compreendendo a mentalidade das operações suicidas” sai por US$ 7 mil.

Marca da administração Obama, mercado dos drones (aviões não-tripulados) movimenta US$ 6 bilhões todos os anos

Drones. A “guerra sem baixas” (pelo menos, não do “nosso lado”) virou uma das marcas da política externa do presidente Barack Obama. A principal ferramenta: aeronaves não-tripuladas. A alta demanda faz do mercado de drones um dos mais quentes, movimentado quase US$ 6 bilhões todos os anos. A General Atomics,

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