O Trabalho Acadêmico

Em 24 de abril de 2021, foi ao ar a matéria da Empresa Brasil de Comunicação sobre a importância das vacinas para o controle da pandemia de convid-19. Um dos pontos de destaque era:

“O programa explica como os vírus agem no organismo e como ocorrem as mutações que dão origem às novas cepas e representam novos desafios para a ciência. Fala também quais são as metodologias aplicadas ao se desenvolver uma vacina e quais são as diferenças entre elas, além de destrinchar as características - como quantidade de doses necessárias e grau de eficácia - dos imunizantes que já estão em uso em todo o mundo.” Disponível em: https://tvbrasil.ebc.com.br/ciencia-e-tudo/2021/04/ciencia-e-tudo-fala-sobre- producao-das-vacinas-contra-covid-19

Nos últimos meses, cientistas e médicos em todos os estados do Brasil se engajaram em uma grande campanha de conscientização sobre a importância da vacinação contra o coronavírus e a validade do conhecimento científico, em meio a discursos anti-ciência e negacionistas.

Tendo em vista os conteúdos estudados, qual o papel da dúvida e dos protocolos científicos na produção de conhecimento?

RESPOSTA

A dúvida, objeto da filosofia socrática, pirronista e de tantas outras vertentes, promove o senso crítico necessário para a reflexão, renovação, ruptura ou mesmo continuidade. A dúvida patrocina um infinito conjunto de atitudes que se distinguem das ações que as precederam por sua superioridade qualitativa, fruto das reflexões que impõe. O relativismo ceticista, por si, antagoniza a verdade e age para dissolvê-la sem o oferecimento de qualquer contrapartida constitutiva de ações ou valores, mas, ao associar-se ou ao ser mitigado por outras formas de pensar, o ceticismo administra indispensável remédio contra o dogmatismo.

A trajetória da ciência moderna exemplifica a tensão entre atitudes céticas de dogmáticas. Hoje, a própria ciência alimenta-se deste conflito, criando instrumentos para sua permanente verificação. Do confronto entre idealistas e empiristas, a ciência construiu metodologias, aperfeiçoou-as e as decompôs em protocolos, procedimentos a serem observados e atendidos em situações semelhantes previamente testadas. Tais protocolos ou procedimentos, no entanto, continuam sujeitos à crítica e possíveis de revisões e modificações, promovendo o movimento necessário para o fazer ciência.    

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