OS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA HISTÓRIA DA ARTE
Por: Natália Lacerda Campos • 29/7/2022 • Resenha • 768 Palavras (4 Páginas) • 112 Visualizações
TEXTO 01: CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA HISTÓRIA DA ARTE: O PROBLEMA DA EVOLUÇÃO DOS ESTILOS NA ARTE MAIS RECENTE – HEINRICH WOLFLINN - ICONOGRAFIA E ARTES – ANA PAULA
INTRODUÇÃO:
Em suas memórias, Ludwig Richter relembra uma passagem de sua juventude. Ele e três outros companheiros decidiram pintar uma paisagem, e todos resolveram firmemente não se distanciar da natureza nos mínimos detalhes. O resultado disso são quatro telas completamente diferentes. Assim como as proporções às vezes tendem a ser esbeltas e às vezes largas, para alguns a forma do corpo se mostrará dinâmica e rica, enquanto para outros as mesmas protuberâncias e depressões serão para manter e ver mais economicamente. Botticelli e Lorenzo di Credi eram pintores contemporâneos da mesma origem: ambos eram florentinos. Os modelos de Credi são sempre robustos; o que não é o caso de Botticelle, embora não seja difícil perceber que em ambos os casos o conceito de forma está relacionado a algum conceito de beleza, deformidade e movimento.
Em Terborch, o conjunto de figuras é levemente construído com bastante espaço entre si; Metsu nos mostra algo maior e mais compacto; ao qual o estilo mais sério é o de Ruysdael. Mais importante ainda, o recurso é a maneira como ele impede que formas isoladas se dividam, fornecendo uma forte explicação para essas formas. Hobbema, por outro lado, prefere linhas graciosas e ondulantes, volumes dispersos, topografia segmentada, vistas e detalhes agradáveis: cada parte torna-se uma pequena pintura na obra. Então, à medida que entendemos como certo conceito de forma está necessariamente associado a uma determinada cor, passaremos a entender as características individuais de um estilo como uma síntese geral de uma determinada expressão de temperamento. Isso significa que, além do estilo pessoal, o estilo da escola, o estilo do país e o estilo da raça também devem ser considerados.
Rubens eleva o horizonte à altura e dá um certo peso ao quadro ao sobrecarregá-lo de elementos; tudo está relacionado. As poses tranquilas da pintura de figuras holandesas também formam a base dos objetos do mundo arquitetônico. É na Itália que essa ideia é melhor compreendida, pois a evolução do país não é afetada por influências externas e as características gerais do caráter italiano são plenamente reconhecíveis em todas as transformações. A transição do Renascimento para o Barroco é um exemplo muito instrutivo de como o espírito da Nova Era exige novas formas. Nada é mais natural para a história da arte do que traçar paralelos entre movimentos culturais e períodos estilísticos. O conceito básico do Renascimento italiano era o de proporções perfeitas.
O estilo barroco usa o mesmo sistema formal, mas o que oferece não é perfeito e completo, mas emocionante e variado; portanto, o artista obviamente não está muito interessado nas questões históricas do estilo. Eles olham para o trabalho apenas em termos de qualidade: é bom, auto-suficiente e onde a natureza encontra expressão clara e poderosa? Todo o resto é mais ou menos indiferente. É natural que os artistas destaquem as normas gerais da arte, mas não podemos criticar os observadores históricos pelo interesse pela diversidade das expressões artísticas. No entanto, se colocarmos os desenhos dos dois mestres (Bernini e Terborch) lado a lado e compararmos os aspectos gerais da técnica, teremos que admitir que há claras semelhanças entre eles. Ambos têm uma maneira de olhar para pontos em vez de linhas, que podemos chamar de imagens.
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