OS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO BRASIL PARA O ENSINO SECUNDÁRIO NA ERA VARGAS: ENTRE AUTORES, DIDÁTICAS E PROGRAMAS CURRICULARES
Por: Diogo Chaves Cardoso • 1/11/2018 • Trabalho acadêmico • 926 Palavras (4 Páginas) • 345 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL
DIOGO CHAVES CARDOSO
WILLIAM COUTINHO
SOBRE O ARTIGO: OS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO BRASIL PARA O ENSINO SECUNDÁRIO NA ERA VARGAS: ENTRE AUTORES, DIDÁTICAS E PROGRAMAS CURRICULARES
Cadernos de História da Educação da Universidade Federal de Uberlândia
Osório - RS
2018
O referente artigo, de Kênia Hilda Moreira, tem como tema a educação Brasileira entre 1930 e 1945, no governo de Getúlio Vargas, e visa compreender, analisar e investigar o livro didático de História do Brasil utilizado no ensino secundário após as reformas referentes a este período.
Dá pra citar o tal “método renovado”
Dá pra citar a presença de trechos do discurso de Vargas, que reforçam a valorização da revolução de 30 nos livros.
Livro didático como instrumento pedagógico tradicional e inseparável das condições de ensino de seu tempo.
A Era Vargas introduziu mudanças significativas no ensino secundário, instituindo
um sistema educacional de nível nacional, ao contrário dos anos iniciais da República, em
que os esforços foram direcionados para o ensino primário
O ensino secundário ficou organizado em dois ciclos: curso fundamental ou ginasial,
com duração de cinco anos, e curso complementar, de dois anos. Quanto aos programas de
ensino, a reforma estabeleceu os currículos dos cursos e suas instruções metodológicas.
Visando compreender os livros didáticos utilizados no governo de Vargas, o artigo tem como base os livros didáticos Epítome de História do Brasil de Jonathas Serrano, bastante conhecido por tratar de questões sobre ensino de história e História do Brasil de Joaquim Silva, famoso pela grande quantidade de livros didáticos que publicou.
Dá pra dizer que a autora divide o trabalho em 3 etapas: 1) programas curriculares (ministros); 2) autores e obras; 3) análise do conteúdo histórico e didático.
A Comissão Nacional do Livro Didático, criada em
1938, proibiu a adoção oficial dos livros didáticos. A medida foi justificada com a
afirmação de que assim estariam preservando a liberdade de escolha do professor e
evitando favorecimentos na opção por determinados títulos.
Quanto aos autores abordados: o livro didático de Serrano não seguia rigorosamente os programas de ensino que, segundo ele, variam conforme a circunstância, tratando, assim, de alguns temas, antes mesmo de constarem nos programas.
Ele focava não apenas no conteúdo, mas também no método. O livro trazia a biografia de figuras históricas estudadas, “quadros sincrônicos” do século XVI até o XX, exercícios em todos os capítulos de completar e identificar frases certas e erradas, e outros exercícios mais elaborados para uma interpretação mais crítica. Seu livro didático apresenta um espírito pacifista e reconhece a importância do negro na formação do Brasil, mesmo tratando a escravidão de forma mais amenizada. Consta também que a revolução de 1930 foi o acontecimento mais importante, impreterível e que o Estado Novo tinha como objetivo reestabelecer a paz e a harmonia.
Com relação ao livro História do Brasil, o artigo nos mostra que Joaquim Silva seguia estritamente todas as exigências do programa de ensino. Os exercícios apresentavam um questionário com os pontos principais do conteúdo.
Joaquim Silva, ao tratar da escravidão, apresenta uma narrativa muito semelhante a de Jonathas Serrano, ao mostrar a importância do negro para a formação do Brasil, não apenas em relação à trajetória econômica, mas também à cultura, costumes e crenças. Também suavizava a situação de exploração sofrida pelo negro. É possível perceber a influência de sua posição católica no livro didático, onde ele traz a religiosidade ao tratar de certos acontecimentos e de figuras históricas, como Tiradentes.
...