PRECONCEITO LINGUÍSTICO E DIVERSIDADE CULTURAL
Por: paula034937 • 15/12/2022 • Projeto de pesquisa • 1.374 Palavras (6 Páginas) • 115 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
PROFESSOR: JOSÉ ÍTALO BEZERRA VIANA
PAULA LETÍCIA DOS SANTOS
PRECONCEITO LINGUÍSTICO E DIVERSIDADE CULTURAL
SOBRAL – 2021
PAULA LETÍCIA DOS SANTOS
PRECONCEITO LINGUÍSTICO E DIVERSIDADE CULTURAL
Trabalho produzido na disciplina de
metodologia do trabalho científico, como
requisito de uma nota parcial e ministrada
pelo Professor José Ítalo Bezerra Viana.
SOBRAL 2021
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................4
Justificativa..............................................................................................................6
Objetivos...................................................................................................................7
Referencial Teórico..................................................................................................8
Problematização.......................................................................................................10
Metodologia e Fontes...............................................................................................11
Bibliografia................................................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO
A diferença e pluralidade envolvem a sociedade brasileira, visto que é
miscigenada. Dessa forma, é muito comum a presença de distinções étnicas e
culturais das diferentes camadas sociais, em razão das misturas dos diversos
grupos que aconteceram no país. Nesse sentido, a diversidade linguística também é
um sinal forte da pluralidade cultural, da manifestação dos costumes, tradições,
crenças e os mais variados aspectos. A língua é viva e muda o tempo inteiro,
podendo expressar novas possibilidades com as mudanças regionais, sociais e
históricas.
Além do português e a língua de sinais, que são oficiais, no Brasil, falam-se
muitas outras línguas, como as afro-brasileiras e indígenas. Entretanto, tudo que
foge do formal, é alvo de preconceito, mesmo que traduza o costume de onde o
falante pertence. Esse caráter identitário que a língua tem, conta com a presença
das variações da maneira de falar de um sujeito e o seu povo.
No período da colonização, no século XVI, os jesuítas, ao promoverem o
processo de catequização indígena, impuseram aos nativos a língua portuguesa,
desconsiderando não só a língua originária desse povo, como também suas
variantes. Esse processo de aculturação acarretou no preconceito linguístico,
levando em consideração que, atualmente, ainda há uma visão elitizada sobre o
domínio do idioma.
O preconceito é fruto de uma ignorância, a ignorância de acreditar que exista
uma maneira correta e incorreta para falar, sendo a sua sempre correta e a do outro
a que cabe julgamento. Algumas dessas atitudes negativas acabam ocasionando o
aumento da descriminação e exclusão, não só de um único indivíduo, mas todo um
grupo social.
A crença de que pode-se usar a norma culta como parâmetro de modelo ideal
e certo, acaba por contribuir para o ocasionamento de deslegitimação e segregação
de um conjunto cultural. Essa rotulação constante, corrobora para a ideia de que
haja um lado considerado mais civilizado que os demais, neutralizando a situação
como uma ingênua forma de pensar.
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Esse sentimento comum de negar a nossa tradição e ridicularizar a
flexibilização da língua é um tipo de intolerância que foi plantada e enraizada ao
longo de todos esses anos, por isso muitas vezes passa despercebido ou soa como
natural. Entretanto, “a discriminação tem nuances e se apresenta, muitas vezes, de
forma sutil e, até mesmo, velada. Isso é possível ser notado porque, em várias
situações, discrimina-se a pessoa baseando-se no discurso da garantia do
tratamento igualitário” (SILVA et al., 2017, p. 44).
Dessa maneira, aqueles que tiveram acesso à educação enxergam a língua
culta como um instrumento de superioridade e, por conseguinte, reprimem aqueles
que falam diferente. Os sotaques, especialmente os nordestinos e nortistas, são
centros de estereotipação, além disso, as famigeradas gírias faladas por camadas
sociais mais baixas também se incluem nisso. Isso tudo porque, são nesses lugares
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