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Para Uma História do tempo Presente

Por:   •  28/8/2018  •  Artigo  •  861 Palavras (4 Páginas)  •  363 Visualizações

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                                         Para uma História do Tempo Presente

Pode-se fazer uma História do Presente?

A título de apresentação, eis a definição que Jean-Pierre Rioux dá a este campo historiográfico: “Um vibrato do inacabado que anima todo um  passado, um presente aliviado de seu autismo, uma inteligibilidade perseguida fora de alamedas percorridas, é um pouco isto, a História do Tempo Presente.

O texto escrito por Jean-Pierre Rioux debate a problemática da História do Presente. É possível ou não fazer essa história do presente. Logo no início ele escreve que “antes de adiantar uma argumentação que poderia tornar plausível uma resposta a essa questão, é preciso estar de acorda a cerca dessa noção, a priori desconcertante, de história “do presente”. Pois não se trata do “período” último de um recorte do passado para o uso escolar e universitário, nem de um conceito de substituição por tempos de crise da temporalidade nas nossas sociedades invadidas pelo efêmero, nem mesmo de paradigma regulador no caos das ciências sociais”.

Escrever a história do presente, onde os historiadores estão inseridos nela, sempre foi alvo de desconfiança pelos próprios historiadores. Sofreu resistência, principalmente, dos historiadores tradicionais como os italianos, alemães e anglo-saxões que tiveram uma formação filosófica clássica.

O estudo da história do presente começa na França, na década de 1970. Sendo influenciado por historiadores dos Annales. E motivado pela sociedade que sempre buscou saber as verdades sobre fatos históricos. Pode-se usar como exemplo o pós-guerra (depois do fim da II Guerra Mundial em 1945) que teve um grande fluxo de informações superficiais e tendenciosos que distorciam ou rebatiam fatos dos acontecimentos da guerra que eram expostos à sociedade.

Rioux mais adiante escreve “o argumento mais frequente invocado contra essa história é o da proximidade”. O fato dos historiadores estarem inseridos nesse presente gera desconfiança por, talvez, trazerem a parcialidade na hora de escrever a história da atualidade. Essa desconfiança é consequência trazida pela avalanche de informações que os historiadores recebem dos noticiários da TV, jornais, Internet entre outros meios que torna, muitas vezes, difícil a imparcialidade.

Assim observamos que: Atualmente é comum pessoas, escritores, memorialistas, tentar contar a história da sua maneira, verdadeiras ou não. Por fazer parte dessa história, vivendo ela, sendo testemunhas oculares; pode facilmente ser tendenciosos naquilo que produzem. O historiador deve filtrar as informações e identificar o que faz parte da história do presente e não seja efêmero.

Os historiadores têm uma grande quantidade de material e informações audiovisuais da atualidade dispostas pela mídia. Devido ao enorme fluxo de informações – muitas passageiras, eventuais – a sociedade sofre de uma ‘amnésia’ dos acontecimentos.

Segundo Jean Pierre, cria-se a duvida sobre o estudo da História Presente, pois o presente pode ser visto como uma coisa fulgaz. Também segundo o mesmo, o autor Fernand Braudel em suas obras, utiliza-se de um “parecer” para a construção da verdadeira modulação humana. Outra questão existente também é a da Historia e da proximidade , sendo estas uma forte objeção do autor.

 Dessa forma o historiador encontra-se imerso em seu tempo, mas muitas vezes é pego mergulhando no meio destas confusões de acontecimentos sem nenhum tipo de hierarquia, tampouco causas aparentes e então, se vê obrigado a “digerir” a sopa do noticiário da TV, onde simplesmente são jogados os fatos sem nenhuma explicação lógica. A ação da mídia também acaba conduzindo a sociedade a um passado recente. Porem devido a isto, o historiador conta com a ajuda de vários autores da História que, assim como ele, esta em busca da sua identidade, que por sua vez, dão sua “contribuição”, para que sua experiência e idéia perpetuem.

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