Principais Movimentos Sociais ou Revoltas no Brasil no Período Colonial
Por: Emillysarah2016 • 20/6/2016 • Relatório de pesquisa • 2.564 Palavras (11 Páginas) • 707 Visualizações
Principais movimentos sociais ou revoltas no Brasil no Período Colonial
Nome da Revolta ou Movimento: A Revolta de Beckman
Ano: 1684
Local: São Luís (MA)
Causa e Objetivo: O monopólio que era da Companhia de Comércio do Maranhão estava deixando os comerciantes insatisfeitos. A população estava insatisfeita com a qualidade dos produtos, que era baixa, e os altos preços estabelecidos aos produtos. A população pagava um valor alto pelo produto, e muitas vezes o produto estava em péssimas condições para se consumir. A Companhia fornecia, também, escravos, e cobrava caro por eles, porém a quantidade de escravos que estava fornecendo era insuficiente, portanto havia falta de mão de obra escrava. A insatisfação era por parte dos proprietários rurais, dos comerciantes e da população, gerando, então houve uma organização por parte destes com o objetivo de finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão, expulsar os jesuítas da cidade e por fim tomar posse do Governo de São Luís.
Líderes: Manuel e Tomás Beckman
Consequências: Os objetivos foram cumpridos, e o movimento tentou estender-se até Belém, mas as tropas reais conseguiram dominar o movimento, e os líderes, Tomás e Manuel Beckman foram detidos. Tomás foi preso e Manuel condenado à morte. Após a prisão dos líderes, a Companhia foi aberta, mas aos poucos a Companhia foi falindo.
REVOLTA DOS BECKMAN
Revolta que ocorreu em 1684. A Revolta dos Beckman foi uma reação dos proprietários rurais, comerciantes e da população contra os abusos que eram cometidos pela Companhia de Comércio do Maranhão. A Companhia foi instalada na região em 1682 pelo governo português. A criação da Companhia foi mais para solucionar os problemas de escoamento da produção abastecimento da região e abastecer a região com mão-de-obra escrava.
Todo monopólio de venda de produtos da região e de outras regiões.
A população começou a ficar insatisfeita, pois os produtos vendidos pela Companhia eram de baixa qualidade e tinha altos preços, o número de escravos era insuficiente e a Companhia não pagava um preço justo pelo algodão e o açúcar que comprava dos produtores.
Os irmãos Tomás e Manuel Beckman, que eram senhores de engenho da região, lideraram o movimento, o saque aos armazéns da Companhia, depuseram o governo local e expulsaram os jesuítas da região. Tudo isso foi feio, pois o objetivo do movimento era acabar com o monopólio que fora dado para a Companhia.
Tomás Beckman foi enviado a Lisboa com a finalidade de declarar fidelidade ao Rei de Portugal. Quando retornou, trouxe um novo governador, Gomes Freire de Andrade, enviado pela coroa portuguesa, a fim de restabelecer a ordem na região. Porém, as autoridades que foram tiradas de seus cargos, retornaram e, os envolvidos na revolta foram presos. Manuel Beckman foi condenado à morte, e Tomás Beckman foi expulso de sua terra. Os outros envolvidos foram condenados a prisão perpétua.
Nome da Revolta ou Movimento: A Guerra dos Mascates
Ano: 1710 a 1711
Local: Recife (PE)
Causa e Objetivo: Havia uma crise econômica na cidade de Olinda, e os senhores de engenho da cidade de estavam em má situação econômica, pois haviam outros concorrentes na produção de açúcar. Devido à situação econômica dos senhores de engenho, foi criada uma dívida com os comerciantes de Recife que fez surgir uma rivalidade entre os povoados. A dívida fora feita, porém Olinda não pretendia acertar o que devia aos mascates (apelido depreciativo dado aos recifenses). Recife queria a sua autonomia, já que era administrada por Olinda. Após conseguir a sua emancipação, Recife passou a ser uma vila independente. Porém, a aristocracia de Olinda temia que Recife tornasse-se o centro político de Pernambuco. Iniciou-se o conflito, e Olinda tinha o objetivo de manter o controle político na região, e queriam que Recife voltasse a ser povoado.
Líderes: Leonardo Bezerra Cavalcanti e Bernardo Vieira
Consequências: Os senhores de engenho, que não haviam concordado com a independência de Recife, invadiram o povoado e destruíram o pelourinho que seria símbolo da autonomia dos mascates. Portugal interveio no conflito para conciliar os dois lados. O governador de Pernambuco mandou prender os principais líderes do movimento. Recife manteve a sua independência e tornou-se mais importante que Olinda.
GUERRA DOS MASCATES
Recife era uma região subordinada a Olinda, já que na época Olinda era o principal núcleo urbano, portanto Recife não era muito notável. Isso ocorreu antes da chegada dos holandeses em Pernambuco, em 1630.
Em seguida, os holandeses foram expulsos de Recife, e a região tornou-se um grande centro comercial, e por ter um porto, passou a receber comerciantes portugueses. O progresso de Recife passou a ser tão grande que começou a incomodar os senhores de engenho que controlavam Olinda. O crescimento da região fez com que os mercadores começassem a querer ter independência e não ser mais dominados por Olinda. Em 1703, Recife conseguiu o direito de representação na Câmara de Olinda, porém os senhores de engenho tinham fortes influências, e esses direitos nunca saíram do papel por intermédio deles. Já em 1709, a região de Recife ganhou sua própria Câmara e foram libertos da autoridade política de Olinda. Deixou de ser povoado e passou a ser vila. Mas o acontecimento causou incomodo aos senhores de engenho, e eles se revoltaram e atacaram Recife. As autoridades coloniais intervirão aos ataques em 1711, e Recife conseguiu sua igualdade perante Olinda. Contudo, a Guerra dos Mascates foi um conflito entre os senhores de engenho e os comerciantes.
Nome da Revolta ou Movimento: A Guerra dos Emboabas
Ano: 1707 a 1709
Local: Minas Gerais
Causa e Objetivo: Os paulistas foram os primeiros a descobrir o ouro na região, portanto achavam que somente eles tinham o direito de explorar a região. Já a Coroa Portuguesa via a descoberta do ouro como uma forma de melhorar as condições de vida em Portugal. Os portugueses, baianos e pernambucanos que tinham interesse nas terras foram chamados de Emboabas. O objetivo da Guerra dos Emboabas era conquistar as minas de ouro.
Líderes: Manuel Nunes Viana (líder dos emboabas) e Borba Gato (líder dos paulistas)
Consequências: Os Emboabas tiveram mais vitórias que os paulistas, pois tinham mais dinheiro para investir na Guerra. Os paulistas recuaram até um rio, e lá fizeram um acordo de paz, onde os paulistas iriam se render e os emboabas dariam a sua liberdade. O acordo não foi cumprido por parte dos emboabas, que acabou matando todos os seus inimigos. Pós conflito, a Coroa Portuguesa tentou pacificar a região, e criou a Capitania de São Paulo e das Minas Gerais.
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