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RESENHA DO LIVRO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PIAUIENSE

Por:   •  20/11/2017  •  Resenha  •  2.196 Palavras (9 Páginas)  •  1.003 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

PROF.(a): Msc. KARITHIANE KARITHIÚCE HAFFIZZA

SABRINA MARIA SILVA OLIVEIRA

RESENHA DO LIVRO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PIAUIENSE

TERESINA, 22 DE NOVEMBRO DE 2017

MENDES, Francisco Iweltman Vasconcelos. História da educação piauiense. Sobral: EGUS, 2012. 31-173 p.

1 SOBRE O AUTOR

Possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (1988), Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Ceará (1989), Graduação em Licenciatura Plena em Estudos Sociais pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (1988), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Piauí (1999) e doutorado em Educação - Universidad de La Empresa (2011). Atualmente é estatutário da Universidade Federal do Piauí e Professor Substituto da Universidade Estadual do Piauí. Outras produções:

MENDES, F. I. V. . Porto de Luís Correia Histórico de um sonho. 2009. (Editoração/Livro).

MENDES, F. I. V. . PARNAÍBA História & Geografia. 2006. (Editoração/Livro).

2 RESUMO DA OBRA

O resumo da obra trata sobre a história da educação do Piauí nos períodos do Brasil colônia (capítulos dois ao quatro); Brasil império (capítulos cinco ao oito) e Primeira República (capítulo nove).

O capitulo dois começa fazendo uma introdução sobre a vinda dos jesuítas ao Brasil e seu período de permanência no Brasil Colônia. Em relação ao Piauí, os jesuítas herdaram fazendas, em 1711, do colonizador Domingos Afonso Mafrense. Depois do estabelecimento, os jesuítas se dividiram em dois grupos para ajudar na administração das fazendas, entretanto, as preocupações com as fazendas eram superiores as da educação, deixando de lado atitudes educacionais. Apenas havia a educação catequética, afim de facilitar a colonização do delta do Rio Parnaíba e um trabalho jesuítico na Vila da Mocha que preparava filhos de colonos e fazendeiros para a ocupação de funções públicas. O seminário do rio Parnaíba, localizado na Vila da Mocha, foi a única referência educacional criada pela companhia de jesus, no Piauí. O seminário acabou sendo transferido para a capitania do maranhão, fazendo com que as famílias com mais condição mandassem seus filhos para outras capitanias para que pudessem estudar, enquanto que as famílias mais podres tiveram que esperar para um novo colégio. Houve, então, a criação de duas escolas divididas por gênero, uma para meninos (que aprenderiam a contar, ler, escrever e a doutrina cristã) e outra para meninas (que aprenderiam o mesmo que os meninos, mas com o adicional de aprender também a cozer, fiar e rendar). O crescimento das financias dos jesuítas no Brasil fez com que se tornassem ameaça para a coroa portuguesa, o que resultou na expulsão dos mesmos, interrompendo, assim, as mínimas iniciativas no campo educacional piauiense, que acabou ficando em esquecimento.

O capitulo três explana sobre a reforma pombalina e sobre a proposta educacional de Marquês de Pombal que visava uma nova escola voltada principalmente para interesses do Estado português, com novo currículo que abrange matérias como: latim, grego, retórica, aritmética, álgebra e geometria. E também um desvinculo com a igreja. A prática educativa do período pombalino não teve tanto sucesso, uma vez que havia vários problemas com o despreparo de professores para o ensino e uma má remuneração. Havia a proibição do emprego da língua indígena e era ensinado mais latim e grego do que o próprio português. Implantou-se, na capitania piauiense, o subsídio literário para o financiamento da educação, porém não houveram muitos avanços. A única atitude positiva, em relação a criação de escolas, deu-se com a criação de uma cadeira de latim na Vila da Parnaíba, em 1788. A situação da capitania fica ainda mais complicada quando a arrecadação do subsidio literário do Piauí é transferido para a fazenda Real do Maranhão, que dificulta ainda mais a manutenção do sistema educacional. O até então governador da capitania, Carlos César Bulamarque, reivindica o retorno do controle dos impostos para a capitania do Piauí para a implantação de cadeiras de latim. No entanto, o pedido só foi atendido em 1815, quando houve a criação de uma cadeira de primeiras letras na Vila da Parnaíba, que oferecia o salário baixo de sessenta mil réis anuais, e acabou não sendo preenchida. A cadeira de latim é, então, restaurada e com um aumento no salário dos professores. Contudo, as criações dessas cadeiras não garantiam o seu funcionamento, pois havia vários fatores que não permitiam o seu sucesso, um deles foi o baixo financiamento das aulas régias, que se teve um momento crítico entre o período de expulsão jesuítico e a criação do subsidio literário. Sem recursos para as atividades educacionais o governador da capitania, João Pereira, implanta o sistema de pagamento com peneiros de farinha aos professores. A criação do subsidio literário tinha o objetivo de cobrar impostos, afim de remunerar os professores e fazer manutenções em escolas, todavia, esse subsidio não era cobrado regularmente e obteve diversas fraudes fazendo com que os professores ficassem grandes períodos sem receber.

O capitulo quatro, fala brevemente sobre a participação dos representantes do Piauí nas cortes de Lisboa, afim de participarem da feitura da primeira carta Magna para Portugal e seus domínios. O principal representante da capitania piauiense, foi Pe. Domingos da Conceição que tentava de todo modo defender a educação e os mestres piauienses, denunciando tanto a falta de escolas como o mal salário pago aos professores. Outro representante importante foi o deputado Dr. Miguel Borges, que não escondia a realidade da educação piauiense. Porém, a constituinte estava mais preocupada com debates relacionados a política do que sobre a educação, não ouvindo as reivindicações dos representantes.

O capitulo cinco começa tratando sobre as conturbações frequentes no período que sucede a independência do Brasil. Foi no Brasil Império que se estabeleceu a constituição de 1824, na qual solicitava a educação gratuita e para todos, e a criação de colégios e universidades. No Piauí não houveram muitas melhorias. O governador da capitania manteve as cadeiras de latim de Oeiras e de Parnaíba, e foram criadas outras escolas de primeiras letras em outras regiões, no entanto, o desempenho dessas escolas não obtiveram sucesso, uma vez que a população urbana e rural era pequena e dispersa. Houve a lei Imperial de 15 de outubro de 1827 deveria implantar escolas elementares em todas as cidades, com um novo currículo educacional dividido por gênero, na qual meninos aprenderiam a ler, escrever, as quatro operações da aritmética, decimais, noções gerais da gramática, entre outros, e as meninas aprenderiam o mesmo com acréscimo de aulas de prenda doméstica. O cargo de professor era sempre incerto, pois não havia pessoas qualificadas para o cargo e quando tinha acabavam abandonando a cátedra por falta de pagamento. Mesmo com leis que se destinavam a melhoria da educação, o processo de educação ainda permaneceu precário.

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