RESGATANDO A IDENTIDADE CULTURAL DA CIDADE DE MARUIM - SE SOCIALIZANDO NOSSA HISTÓRIA - O PATRONO DO COLÉGIO ESTADUAL FELIPE TIAGO GOMES

GOVERNO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DRE’04

COLÉGIO ESTADUAL FELIPE TIAGO GOMES

SÉRGIO L. DA S. PORTO

RESGATANDO A IDENTIDADE CULTURAL DA CIDADE DE MARUIM – SE

SOCIALIZANDO NOSSA HISTÓRIA - O PATRONO DO COLÉGIO ESTADUAL FELIPE TIAGO GOMES

Artigo apresentado à Direção e Coordenação Pedagógica do Ensino Médio do Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes.

MARUIM / SE

2014

SOCIALIZANDO NOSSA HISTÓRIA - O PATRONO DO COLÉGIO ESTADUAL FELIPE TIAGO GOMES

*SÉRGIO L. DA S. PORTO

RESUMO

O “Projeto Resgatando a Identidade Cultural da cidade de Maruim/SE através de pesquisas sobre a temática “socializando a nossa história – o patrono da escola” contribuiu, inicialmente, com a biografia do patrono do Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes que objetivou atender a Lei Estadual nº 5.499 de 23 dezembro de 2004 onde determina que as escolas estaduais devem ter em locais visíveis a sua história e oportunizou os alunos a conhecerem o porquê da escolha do nome, quem foi e qual o legado daquele que empresta seu nome para a instituição escolar. Foi desenvolvido com alunos do Ensino Médio, do ano de 2014, desse estabelecimento de ensino, verificando-se que o Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes tem seu nome emprestado de um brasileiro comum, pobre e advindo das entranhas do sertão nordestino, mas com um ideário nobre de educação para todos.

Palavras – chave: Biografia; Patrono; Educação.

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* Professor das disciplinas de Filosofia e Sociologia do Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes.

1 - INTRODUÇÃO

Nascido em 1º de maio de 1921 no Sítio Barra do Pedro, município paraibano de Picuí, Felipe Tiago Gomes, filho de um casal de agricultores Elias e Ana Maria foi alfabetizado em 1928 por sua irmã e complementadas na escolinha de dona Maria Nativa.

Entre 1933 e 1935, o garoto Felipe estuda na escola pública de Picuí o curso primário. Orientado pelo professor Manoel Pereira do Nascimento vai estudar em Campina Grande, no colégio Pio XI. Em 1938 funda e preside o Grêmio Líbero Cultural Humberto de Campos em Picuí.

Em 1940, conclui o curso ginasial ao tempo em que perde a sua mãe. Convidado por Everardo Luna, colega de Campina Grande, foi morar na Casa do Estudante de Pernambuco. Inicialmente trabalhou como porteiro e, posteriormente como bibliotecário. No Ginásio Pernambucano matricula-se mediante apresentação de um atestado de pobreza, porque não podia pagar a taxa de matrícula, na primeira série do curso pré-jurídico aonde ia a pé da Casa do Estudante até o Ginásio.

1.1 – METODOLOGIA

Tratando-se de uma pesquisa de cunho histórico com abordagem qualitativa será nas fontes secundárias que iremos buscar informações que porventura já tenham sido registradas. Nesta pesquisa a bibliografia será levantada no período que compreende ao primeiro bimestre.

A pesquisa também terá uma linha desenvolvida no aspecto documental utilizando-se de impressos existentes, a exemplo de artigos, monografias e outros.

O método de abordagem será dedutivo, no entanto, ao utilizar o de procedimento deverá usar o histórico para entender o passado e dessa forma, compreender o presente e predizer o futuro e com a aplicação do método comparativo poderão ser descobertas possíveis divergências e similitudes.

2 - O INÍCIO DA CNEC

A criação da CNEC surgiu a partir de uma leitura do livro de John Gunther, “O Drama da América Latina”. Em 1943, e ainda secundarista, após ter lido parte deste livro teve a ideia para a educação dos pobres, fundando ginásios gratuitos com professores lecionando gratuitamente.

Enclausurado na Casa do Estudante, um mundo novo se abria, bem diferente daquele em que me acostumara a viver, até então. Recife era a terceira cidade do Brasil, capital cultural do Nordeste! Com a minha passagem pela biblioteca, e com maior responsabilidade na sua administração, sentindo que milhares de jovens, pobres como eu sem o direito de estudar, posto que não havia escola pública, resolvi, por inspiração divina e influência de Haya de La Torre, do Peru, criar a Campanha do Ginasiano Pobre — CGP, hoje Campanha Nacional das Escolas da Comunidade — CNEC. (GOMES,1980)

2.1 - O NASCIMENTO DO ENSINO PÚBLICO GRATUITO

Em 29 de julho de 1943, na Casa do Estudante de Pernambuco, em Recife, sete rapazes fundaram um curso ginasial para o moço pobre com a participação de Carlos Luís de Andrade, estudante, aluno do 2º ano do pré-jurídico do Colégio Estadual de Pernambuco; Alcides Rodrigues de Sena, aluno do mesmo estabelecimento de ensino, do mesmo curso e ano; Felipe Tiago Gomes, aluno do mesmo colégio, do curso e ano; Joel Pontes, do 2º ano do pré-jurídico do Colégio Carneiro Leão; Joel Rafael de Menezes, do mesmo curso e ano, do Colégio Oswaldo Cruz; Everardo Luna, do 1º ano de Direito e Eurico José Cadeng, oficial da reserva das forças armadas e aluno do 2º pré-jurídico.

A divulgação da campanha foi feita com apoio de pessoas (a exemplo de intelectuais), de boletins, do teatro e imprensa local que sonhavam com o ensino público gratuito. A materialização desse sonho foi através do primeiro colégio denominado Castro Alves, no Recife, com prédio e carteiras emprestados, que segundo relatos muitas vezes os estudantes assistiam as aulas de pé devido os poucos mobiliários existentes.

3 - A TRAJETÓRIA DE UM VENCEDOR

3.1 - Em 1944

Após teste no vestibular é aprovado para a Faculdade de Direito do Recife. A Campanha do Ginasiano Pobre – CGP promove a primeira Semana de Cultura Nacional.

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