Resenha Do livro A Pirâmide Invertida
Por: Renata.cruz • 27/12/2022 • Resenha • 505 Palavras (3 Páginas) • 130 Visualizações
LOPES, Carlos. A pirâmide invertida
Muito das histórias faladas fora do continente não são verdadeiras, e uma
região tão diversificada e rica passa a ser apenas fome e sofrimento por causa
de interpretações simplistas e reducionistas diante da complexidade que ela
realmente é. No decorrer do texto ele discorre sobre essa inferioridade africana,
onde é comentado a história da África apresentada ao mundo através do
paradigma de Hegel que demonstra a inexistência de fato histórico antes da
colonização, ignorando completamente a cultura e a vida dos africanos. Por mais
que Lopes fale como estas interpretações são ultrapassadas, é muito comum
esses estereótipos no mundo Ocidental.
Carlos aborda a origem do termo inferioridade africana, citando bulas
papais onde mostra que a igreja dava autoridade aos reis de escravizarem povos
pagãos e pretos. Tendo assim uma intervenção divina, acarretando no
pensamento de que se alguma terra não for povoada por cristãos esta não será
pertencente a alguém, dando o direito de ser colonizada, usando dominação
física, humana e espiritual, a terceira se mostra como a mais forte, pois é ali que
um povo se sobrepõe ao outro, colocando suas crenças acima e
desconsiderando o lugar de fala de tal pessoa.
O autor observa algo interessante, o surgimento de algo que podemos
chamar de Afrocentrismo. No Eurocentrismo se nota a representação de uma
pirâmide onde a Europa está no topo, então na corrente historiográfica
Anticolonial é posto a África no topo, invertendo a pirâmide, por isso o nome de
“pirâmide invertida”. Nas palavras do autor, a pirâmide invertida remete à ideia
de supervalorizar o argumento do " também temos " e não apenas do "termos
História “. É a história de uma pacífica e idílica sociedade pré-colonial que era
desprovida de lutas de classe ou poder e pequenas conspirações devido à
confiabilidade das evidências e metodologia. Jovens afro-americanos que
buscam reafirmar suas identidades e honrar sua ancestralidade, mas estão
presentes no Brasil e em outros lugares marcados pela presença da população
branca, têm poucas opções para isso, dificultando seu cotidiano. Isso se deve à
falta de material histórico desvinculado de uma perspectiva europeia e acessível
aos
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