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Resenha Tempos Modernos

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Por:   •  4/11/2012  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  2.236 Visualizações

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Charles Chaplin Tempos Modernos

Faz um comparativo entre a Gestão de uma Fábrica e o processo ideal de Gestão de Pessoas. Para ilustrar o processo tradicional de um RH e de uma gestão moderna. O filme se passa após a crise de 1929, sendouma sátira aoprocesso de gestão organizacional de uma fábrica do século XX (e de muitas empresas noséculo XXI).Focando a vida da sociedade industrial daquela época, o filme reproduz, de forma cômica, afilosofia taylorista, baseada na produção, no estudo dos tempos e movimentos, no quadro detarefas e no desenho de ferramentas. A administração científica de Taylor, que destruía ainiciativa pessoal do empregado, reduzindo-o a condição de engrenagem, foi inusitadamentedesnudada por Chaplin.Retratava também a produção em série (Fordismo) que até hoje é usada por qualquerindústria, movimentos repetitivos que causa DOR (Distúrbios Osteomusculares Relacionadosao Trabalho) ou LER (Lesões por Esforços Repetitivos), Chaplin retratou isso que é tão atual nasfabricas e indústrias até pra almoçar tinha que ser rápido para não para o trabalho. Nomomento no almoço ele aparece um relógio, representando assim a famosa frase Tempo édinheiro e transmitindo aí o espírito do capitalismo.No processo de gestão de RH de uma fábrica do século XX os gerentes (ou melhor, capatazes)tinham uma função bem clara: fazer o trabalhador render o máximo em termos físicos. Ogerente de um RH era como diríamos, um capataz mor. Um capitão do mato moderno que semudou para a cidade, que tinha a função de regular a produção na base da coerção física oupsicológica. Os escravos agora passam a responder pelo nome de trabalhadores ou proletários,em sua maioria é vista pelo patrão como um grande ônus, sendo que todo o esforço docapitalista, proprietário das máquinas, vai ser no sentido de tirar o máximo proveito possívelda relação homem-máquina, considerando mais as perdas advindas com o uso inadequado damáquina do que com questões sobre o trabalhador e a sociedade como um.O filme retrata também à questão do consumo e a expectativa que a sociedade industrial trazpara as pessoas quanto à posse do maior número possível de bens. Carlitos e sua namorada,quando entram em uma Loja de Departamentos pela primeira vez em suas vidas,primeiramente vão até a confeitaria saciar a fome e a sede, para logo em seguida se dirigiremao quarto andar, onde estão os brinquedos. Da infância feliz que não tiveram, passam para as roupas e móveis, que como adultos também jamais terão condições de possuir. Ao casal pobreresta o consolo de sonhar. Para um sistema que se diz de Pleno Consumo, eis aí uma críticaforte e consistente. Reforça ainda a frustração do não consumo em uma sociedade onde sebaseia o consumo, quando Carlitos propõe à namorada pensar como eles seriam felizesmorando em uma casa de classe média. Idealiza um casal feliz, com fartura à mesa. Tudoilusão, é claro! Pois, para a classe a que pertencem, sobra no máximo um barraco velho eabandonado na periferia da cidade.Ponto importante para reflexão, são as respostas diferentes que os vários personagens deramdiante das dificuldades que enfrentaram durante o período de recessão que os EUAvivenciaram na década de vinte, a GRANDE DEPRESSÃO. Enquanto a menina realizavapequenos furtos, seu pai procurava emprego honestamente, ao mesmo tempo que participavados

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