Resenha do Filme 12 HOMENS E UMA SENTENÇA
Por: Adriana Gomes • 8/10/2018 • Dissertação • 643 Palavras (3 Páginas) • 277 Visualizações
UNIR - Universidade Federal de Rondônia
Discentes: Adriana Micaeli Gomes Rocha
Antônio
Cléia Santos Madeira
Marqueis Candido Pontes
Moacilio Izidio
Docente: Zairo Carlos da S. Pinheiro
Licenciatura em História
Doze homens e uma sentença
Rolim de Moura - RO
2017
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
O filme “Doze homens e uma sentença” é um filme norte americano produzido por Sidney Lumet e dirigido e escrito por Reginald Rose, lançado em 1957. O filme se passa no cenário de um tribunal do júri Norte-americano, onde doze personagens têm a responsabilidade de dar o veredicto a respeito da culpa ou inocência de um jovem de 18 anos, que está sendo julgado pelo assassinato do pai depois de uma briga.
O juiz orienta os jurados da enorme responsabilidade que recai sobre eles, e que a definição do veredicto só seria aceita através de uma unanimidade. Os jurados só deveriam condenar ou absolver o réu quando tivessem certeza do veredicto e, em caso de dúvida ou discordância quanto a sua culpa ou inocência, deveria se utilizar de bom senso e fazer com que prevalecesse a inocência, até que existisse unanimidade de veredictos entre todos os doze jurados. A pena aplicada ao jovem seria a pena de morte.
Na sala do Júri, acontece uma votação preliminar, antes mesmo de ocorrer os debates; dos doze jurados ali presentes, apenas um vota pela inocência do acusado, sendo o jurado de número oito, ele alega que não tinha certeza da inocência do réu; mas que também não estava convicto quanto a sua culpa, pelo assassinato do seu próprio pai.
A partir daí, o oitavo jurado passa a propor uma enorme discussão entre todos a respeito dos pontos obscurecidos nas provas do crime e nos depoimentos das testemunhas, assim tentando convencer os outros jurados que as evidências mostradas pela promotoria poderiam não ser tão confiáveis e fidedignas quanto pareciam no inicio. Através de muita insistência e persuasão, ele aos poucos convence um a um dos jurados, fazendo com que refletissem sobre seu voto e seu modo de pensar, deixando de lado preconceitos que poderiam corromper o julgamento.
“O preconceito obscurece a verdade”, diz o personagem de Henry Fonda em certo momento do filme mostrando que, muitas vezes, uma pessoa a ser julgada já é condenada por diversas outras questões. Uma questão colocada a prova com este filme, é a relacionada a fragilidade da justiça e a necessidade de imparcialidade. No Júri que era composto por cidadãos comuns podemos perceber que cada qual utiliza de seus preconceitos, opiniões e valores para o julgamento.
A justiça, por vezes reflete estereótipos aos quais deveria abster-se, assim respeitando e mantendo a imparcialidade jurídica, que, na realidade, representa a própria essência da justiça, que é a de dar a cada um o que é seu. Afinal, todos somos inocentes, até que prove-se o contrário.
No contexto geral, o filme vem nos retratar a problemática das relações em grupo nos processos decisórios, onde cada individuo munido de suas particularidades, condicionamentos e padrões de vida, acabaram por deixar que os fatos fossem em primeiro caso analisados sob seu ponto de vista pessoal, pelos condicionamentos sociais e pessoais. Ao final do filme, pode –se perceber portanto, logo na cena final, a indiferença de alguns dos jurados ao fim da missão e a grande satisfação de outros, que dão o caso como resolvido e sentem-se livres com a decisão entregue ao tribunal. Desta forma, entende-se do filme a diferença entre os indivíduos, mostra-se o quanto o discurso envolvido nas relações, o dito, o como é dito, interfere nas escolhas destes indivíduos. Coloca-se em questão o quanto vale a opinião do sujeito, o quanto vale o direito à vida, entre outras coisas.
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