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Resumo Metodologia do Historiador

Por:   •  30/5/2019  •  Resenha  •  311 Palavras (2 Páginas)  •  268 Visualizações

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Hecker, Alexandre. A história política e seu historiador. In: Entre o passado e o futuro: revista de história contemporânea. São Paulo, n° 1, maio de 2002.

Aluno (a): I’reena Takiná Rossi da Cruz.

 

O que se quer pôr em relevo é que a história contemporânea está umbilicalmente ligada à política, porque é uma história marcada por comoções políticas impossíveis de desconsiderar.

(…) É preciso lembrar que o século XX viveu guerras mundiais que deram novas feições as relações humanas; que conheceu e conviveu por décadas  a fio com a invenção de um novo mundo complexo. Para a história contemporânea, os acontecimentos políticos mantêm-se como fio condutor ao longo do qual outros processos vão ganhando consistência e coerência.

É de sua natureza o caráter amplo: não há disponível um critério ordenador exclusivo dos fatos políticos como ocorre em outros casos. (…) Assim na falta de um princípio-chave próprio, a história política se vê obrigada a tomar variadas posições nos “lugares da política”.

Acontece que nós, historiadores políticos, na verdade , somos pensadores de risco, ou seja, certamente estamos mais próximos das tentações de um conhecimento com fins deliberados, com endereço ideológico imediato, do que outros colegas mais prudentes.

É necessário perguntar se o historiador pode assumir uma posição ideológica?  Esse trabalho, claramente norteado por um posicionamento ideológico, tem valor científico?

Sim, é favorável ao conhecimento  histórico que, na especialidade política, seus praticantes tenham posições a defender. O que é bem diferente de insuflá-los a ação política direta. Realmente o problema é não se tornar presa dessa afinidade a ponto deturbar a realidade que se pretende construir por meio de categorias  interpretativas artificiais, destinadas tão somente a justificar ou legitimar escolhas políticas imediatas.

 (…) Não há qualquer “tarefa política”, definida a priori, a ser cumprida pela história contemporânea. (…) Apenas a liberdade absoluta de pesquisa pode garantir uma historiografia que não instrumentalize a atividade científica.

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