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Rev Industrial

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Por:   •  3/11/2014  •  Seminário  •  539 Palavras (3 Páginas)  •  183 Visualizações

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Em pleno século 18, a Grã-Bretanha estava inserida em uma grande rede de relacionamentos econômicos, em que havia pontos de comércio e de dominação (colônias), já sendo possível notar uma divisão econômica: áreas produzindo matérias primas para exportação, e outras com importante grau de urbanização transformando tais matérias primas em produtos com valor agregado. É bastante claro que a revolução industrial poderia ocorrer em diversos países da Europa como Grã-Bretanha, Holanda ou França, entretanto, como explicar o pioneirismo inglês?

Em primeiro lugar, fatores secundários como: o clima, reservas minerais, facilidade de acesso ao mar e rios não podem ser colocados como fundamentais, pois tais fatores podem ser encontrados em outras localidades, tornando a discussão simplista. Como exemplo marcante podemos citar o fato de a população britânica ter crescido consideravelmente entre 1740-1780, o que propiciaria abundancia em mão de obra, porém tal crescimento se verifica também na Europa Setentrional. A revolução industrial não pode ser explicada somente por esses fatores; se o aumento da força de trabalho ajudou no processo, isso de deve ao fato de a economia inglesa já ser dinâmica o suficiente para isso. É preciso explicitar as raízes que permitiram tal processo.

O dinamismo britânico, que possibilitou a industrialização se deve sobretudo ao desenvolvimento do mercado interno no século 18. Os vínculos econômicos tradicionais como o plantio para subsistência foram quebrados, e houve uma notável urbanização. Desta forma a circulação de dinheiro e a especialização se tornaram possíveis.

Para compreender os fatores que explicam o pioneirismo inglês, primeiro é preciso diferenciar aspectos do mercado interno e do externo. É possível constatar no século 18, a Inglaterra dotada de forte comércio interno, que muitas vezes socorreu o país, como na década de 1780. Enquanto o mercado interno representava constância e regularidade, o mercado externo crescia de forma geométrica. Para efeito comparativo, citemos alguns dados: entre 1700 e 1750, o mercado interno cresceu 7% e o externo 76%, e entre 1750 e 1770 a diferença aumenta de 7% para 80%. Fica claro que apesar do mercado interno contribuir para o crescimento econômico, a revolução industrial se dá para atender a demanda externa.

Para que a exportação crescesse dessa forma, era necessário conquistar o mercado de quantos países forem possíveis, eliminando a concorrência e evitando futuros concorrentes. Portanto foi essencial o comprometimento do governo inglês nessa empreitada, dominando outros países por meios políticos, ou se preciso usando a guerra como meio de obter seus objetivos comercias. Assim se conquistavam colônias, mercados externos, fornecedores para matérias primas, e ao mesmo tempo impedia determinado país de se industrializar. Também fazia se forte a presença do governo no auxilio aos manufatureiros, comerciantes, e à inovação técnica.

Portanto, a Grã-Bretanha reuniu diversos fatores geográficos como a hidrografia, a pequena distância entre o interior e o mar, aspectos populacionais e baixos salários que permitiam o aumento de capital dos investidores que poderia ser reinvestido. Entretanto, nenhum dos fatores citados ao longo do texto resultaria na revolução industrial caso não houvesse a presença maciça do governo em prol desse interesse.

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