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Revoliução Industrial

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Por:   •  1/10/2014  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  427 Visualizações

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Os lucros da colonização da América beneficiaram a ascensão da França e da Inglaterra, admitindo à Inglaterra, agrupar as condições econômicas, políticas e sociais, que acabou gerando a Revolução Industrial, no século XVIII.

A Revolução Industrial foi consequência das transformações ocorridas na agricultura, indústria, transportes, bancos e comunicações, que propiciaram o desenvolvimento da economia capitalista. De modo social, o processo de transformações repartiu a sociedade inglesa em duas classes: a burguesia, que se tornava a proprietária dos meios de produção - máquinas, ferramentas e fábricas - e o proletariado, a classe assalariada.

A Revolução Industrial expressou o processo de mecanização do setor industrial, que ocorreu primeiro na Inglaterra e depois em outros países como a França, os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, etc.

A Revolução Industrial e a Inglaterra

As condições adequadas para a explosão da Revolução Industrial na Inglaterra foram:

• Acúmulo de capitais provenientes do comércio colonial;

• Revolução Agrícola, fonte de acumulação de capitais pela produção mecanizada de alimentos;

• Ricas jazidas de ferro e carvão (para a construção de máquinas e ferramentas);

• Desenvolvimento científico;

• Ampliação do mercado interno e externo: a Inglaterra permitiu o crescimento do mercado interno pela abertura de canais, estradas e portos. Dispondo de uma esquadra poderosa, a Inglaterra dominava o mercado externo;

• Liberação de mão-de-obra no campo para a cidade, favorecendo o acúmulo de capitais, graças aos baixos salários pagos aos trabalhadores.

Transformações Ocorridas Com a Revolução Industrial

A principal transformação foi a utilização da máquina e a divisão técnica de trabalho, que provocou aumento de produção e produtividade. A produção industrial expandiu a urbanização e resultou no despovoamento dos campos diante da Revolução Agrícola, evasão rural. A partir de 1780, o conjunto de todas as condições produtivas (ferro, carvão, máquinas, desenvolvimento técnico e científico e abundância de mão-de-obra humana) permitiu o desenvolvimento do capitalismo industrial de modelo liberal.

O capitalismo, que foi desenvolvido na Revolução Industrial, passou por três fases significativas, sendo: de 1780 a 1870, a primeira fase, chamada de capitalismo industrial liberal; de 1870 a 1945, a segunda fase, chamada de capitalismo industrial monopolista; e de 1945 em diante, a terceira fase, chamada de internacionalização do capitalismo.

A primeira fase (1780/1870) foi caracterizada pela liberdade econômica da burguesia na produção e venda, fazendo circular as mercadorias produzidas, na compra de matérias-primas e na fixação de salários do proletariado. A produção industrial era realizada em pequenas e médias fábricas, com divisão de trabalho entre os operários, com a utilização das máquinas movidas a vapor, mão-de-obra assalariada, produção em larga escala, o que possibilitava lucros ao empresário. As práticas mercantilistas foram condenadas pela nova economia capitalista. O período de 1830 a 1850 foi marcado pela construção de ferrovias, e de 1850 a 1870, o comércio livre começava a declinar. A livre concorrência foi cedendo lugar aos monopólios - grandes indústrias que detinham o controle total da produção.

A segunda parte se inicia a partir da década de 1870. Uma segunda revolução industrial iniciou-se, com o fim do livre comércio. Nesse período, começaram os trustes (organizações industriais de controle da produção e distribuição das mercadorias, com o objetivo de impor o preço dos produtos industriais a seu favor).

Uma associação, definida cartel, manteve as empresas separadas, mas sem competir entre si, estabelecendo a divisão dos mercados e dos preços.

Os preços passaram a ser fixados pelos trustes, cartéis e holdings (uma empresa central controla outras empresas, que se mantêm autônomas, embora a maioria das ações pertença à empresa central). O imperialismo se transformava pela necessidade de novas áreas de aplicação dos capitais industriais.

A partir do ano de 1870, o essencial era aplicar os capitais europeus excedentes e ampliá-los. A Ásia, América Latina e, principalmente a África, foram as regiões de penetração imperialista do século XIX.

Os países Portugal e Espanha já tinham seus domínios na África, desde o século XVI. No entanto, na nova fase do colonialismo, a Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Bélgica passaram a disputar os territórios africanos.

A penetração européia, na África, foi alcançada com todas as formas de violência às populações nativas. Destruição dos valores tradicionais das tribos africanas, escravidão, uso da força, guerras... Foram os métodos europeus de transformar a África em seu objetivo de exploração do imperialismo. A Ásia, da mesma forma, tornou-se objeto de exploração imperialista.

Neste período, o capitalismo passou por uma crise violenta. Durante o século XIX, a América Latina se articulou com o capitalismo industrial, particularmente com a Inglaterra, seguida da França e da Alemanha. Ao longo da década de 1870, a economia latino-americana foi o interesse imperialista da Europa, mantendo-se fornecedora de matérias-primas e alimentos.

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