Revolução Industrial
Trabalho Universitário: Revolução Industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: magnoanamaria • 12/5/2014 • 668 Palavras (3 Páginas) • 233 Visualizações
O filme Daens descreve os anos de 1890, quando o Padre Adolphe Daens busca contribuir na luta acirrada por condições concebíveis de vida aos trabalhadores de uma fábrica de têxtil, na cidade de Aalst.
O cenário é dado na Bélgica, tendo muitos rumores na questão trabalhista. O padre em todos os instantes busca atuar como principal defensor dos operários, e contra o trabalho infantil.
A época é caracteriza pela Revolução Industrial, o despertar do socialismo e a luta contra as ações ofensivas da classe dominante. O capitalismo já estava estabelecido como modo de produção no mundo desenvolvido da época [europeu]. Todavia tal capitalismo era na prática um meio de superexploração da mão-de-obra.
O trabalho era explorado intensamente pela elite. Os indivíduos chegavam a trabalhar 16 horas por dia. Os salários eram desestimulantes, pois não davam nem mesmo para suprir as necessidades básicas daquelas famílias. Em suma, o salário era uma miséria. Vale ressaltar que essa gente humilde ainda era obrigada pela situação, a morar em casas velhas e sem qualquer estrutura de conforto. CASSIRER (1977, p. 116) define trabalho como sendo:
A característica notável do homem, a marca que o distingue, não é a sua natureza metafísica ou física, mas seu trabalho. É este trabalho, o sistema das atividades humanas, que define e determina o círculo de 'humanidade'. A linguagem, o mito, a re-ligião, a arte, a ciência, a história são os constitu-intes desse círculo.
Outras características que marcaram esta fase são apresentadas pelo fato da exploração alcançar até mesmo as crianças e mulheres. Era comum crianças de sete anos [às vezes mais novas ainda] impulsionando os teares em troca de comida, ou qualquer outra recompensa, se é que pode-se tratar como uma “recompensa”. Haviam grávidas tendo seus filhos na fábrica, seus salários eram mais baixos que aqueles oferecidos aos homens. As fábricas eram desconfortantes, não haviam vasos sanitários e nem janelas. Os trabalhadores eram obrigados a comer no chão, pois refeitório não era algo comum.
A idéia primordial era a de aproveitar ao máximo a força de trabalho. E assim que esta força fosse desgastada, haveria um número enorme de pessoas aguardando este momento de opressão e exploração. Afinal, qual seria a outra alternativa?
Outra questão que o filme nos ajuda a refletir é a possibilidade que a igreja sempre teve de interferir positivamente perante as miseráveis condições vividas pelos operários, especificamente europeus. Contudo, percebe-se a imobilidade da igreja, que em momento algum manteve-se preocupada com o povo. Ao contrário disso, mantém uma relação de ameaça contra o padre Daens, afinal este é o único da instituição religiosa que é capaz de sentir o desejo de intervenção imediata em prol da classe operária.
Uma igreja, ao menos formalmente, seria uma entidade, que de forma organizada ajudaria o indivíduo a se transformar e contribuir no meio em que está inserido? Como pode uma instituição religiosa ficar impassível à exploração do trabalho fabril, permitindo que uma classe capitalista dominadora e minotária, aproveite de uma maioria?
Na fábrica belga estava expressivo o aprisionamento do trabalho. E este contexto do “grito de justiça” [como
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