Segunda guerra mundial
Tese: Segunda guerra mundial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: meninaamanda • 8/5/2014 • Tese • 759 Palavras (4 Páginas) • 276 Visualizações
Em 1950, após a Segunda Guerra Mundial, a arte concreta ganha forma no país. É uma arte que aproxima a cultura do progresso industrial onde todo o conteúdo lírico é afastado da arte. Em oposição ao movimento onde a arte é encerrada no objeto e sem nenhuma significação além da arte que é exposta, com forte influência em São Paulo, a “locomotiva do país”, surge em 1959 um grupo carioca que faz um manifesto assinado por Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissman, Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spenudis para a “tomada de posição neoconcreta” que defende o resgate da subjetividade e intenções nas criações artísticas.
O Manifesto neoconcreto, apoiando-se na filosofia de Merleau-Ponty recuperava o humano, reabilitando o sensível, desqualificado desde Platão, e procurava fazer o fundamento de um conhecimento real. Uma das maneiras encontradas para expressar o movimento neoconcreto é através da experimentação da cor e as suas subjetividades e significados múltiplos e emocionais. Através da cor quebra-se o tom do concreto.
O movimento toma corpo e, nesse mesmo ano de 1959, o Neoconcretismo é tema de uma exposição em Salvador, no Belvedere da Sé. Além do grupo original, participam Aluísio Carvão, Hélio Oiticica e Willy de Castro além dos poetas Cláudio Melo e Souza e Fortes de Almeida. Duas outras exposições ocorreram em 1960 no Ministério de Educação do Rio de Janeiro, e em 1961 no Museu de Arte Moderna de São Paulo onde compareceram Décio Vieira, Hércules Barsotti, Omar Dillon e Roberto Pontual.
A mostra de 1961 de certa forma anuncia o fim do movimento, bastante criticado pelos concretistas ortodoxos paulistas, defensores da forma em detrimento da expressão lírica da arte. A arte, que expressa um fim em si mesma traduz o concretismo. A arte concreta que expressa as suas subjetividades implícitas traduz o Neoconcreto.
Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro. Eram contra as atitudes cientificistas e positivistas na arte. A recuperação das possibilidades criadoras do artista (não mais considerado um inventor de protótipos industriais) e a incorporação efetiva do observador (que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas) apresentam-se como tentativas de eliminar a tendência técnico-científica presente no concretismo.
O movimento neoconcreto nunca conseguiu impor-se totalmente fora do Rio de Janeiro, sendo largamente criticado pelos concretistas ortodoxos paulistas, partidários da autonomia da forma em detrimento da expressão e implicações simbólicas ou sentimentais.
O MANIFESTO NEOCONCRETO
No dia 23 de março de 1959, o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil , (dirigido por Reynaldo Jardim, participante do movimento) publicou o 'Manifesto Neoconcreto', assinado por Ferreira Gullar , Reynaldo Jardim , Theon Spanudis , Amílcar de Castro , Franz Weissmann , Lygia Clark e Lygia Pape . Neoconcretismo
No mesmo dia da publicação do Manifesto, ocorreu a 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com a presença dos sete artistas assinantes do Manifesto. Duas outras exposições nacionais de arte neoconcreta ocorreram nos anos seguintes: uma em 1960, no Ministério
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