Terras dos senhores feudais
Resenha: Terras dos senhores feudais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tscristino • 18/11/2014 • Resenha • 1.005 Palavras (5 Páginas) • 278 Visualizações
Os feudos eram unidades políticas, isoladas e independentes,
caracterizados pela total autonomia tributária.
Embora existisse o Rei, o poder político era centralizado
entre os grandes proprietários de terras, ou seja, os senhores
feudais. Estes exerciam funções administrativas,
judiciárias e militares, governando seus reinos de forma
autônoma. A união social era garantida pelos laços de vassalagem,
como já exposto.
As terras dos feudos eram divididas em três partes:
• Terras de uso comum ou campos abertos: onde
se recolhia madeira e frutos e efetuava-se a caça.
Neste caso, temos uma posse coletiva da terra, por
isso eram também chamadas de “terras coletivas”.
• Terras exclusivas dos senhores feudais: eram a
propriedade privada do senhor. Eram de uso exclusivo
do senhor feudal (reserva feudal).
• Terras utilizadas pelos servos: eram denominadas
de manso servil ou tenência, e serviam para
manter o sustento dos servos e para o cumprimento
de suas obrigações feudais.
O comércio, embora não fosse a atividade predominante,
existia sob duas formas:
• comércio local (onde se realizavam as trocas naturais);
• comércio a longa distância (responsável pelo
abastecimento de determinados produtos, tais
como o sal, pimenta, cravo etc.).
Quanto à segunda e última fase da Idade Média – a Baixa
Idade Média – esta teve início aproximadamente no século
X e durou até o século XV, tendo se caracterizado pelo
crescimento das cidades, pela expansão territorial e pelo
forte desenvolvimento do comércio. Surgiram novas ideias
e novas práticas político-sociais, levando à decadência das
instituições feudais
Mas o que vem a ser “feudalismo”?
As sucessivas invasões bárbaras germânicas, dentro das
fronteiras do Império Romano do Ocidente, levaram ao
fim desse império, ou seja, houve a queda do imperador
Rómulo Augusto, último imperador romano. Durante essas
invasões, o escravismo, foi cedendo espaço, gradativamente,
para o feudalismo, dando lugar ao surgimento de
diversos reinos, que evoluíram e deram início às monarquias
medievais europeias. Como qualquer modo de produção,
o feudalismo também é constituído por estruturas
econômicas, políticas, sociais e ideológicas (culturais), que
se articulam mutuamente.
Aranha (2001) acrescenta que, com a insegurança advinda
das invasões bárbaras e, posteriormente, devido à expansão
muçulmana, as cidades se despovoaram e todos procuraram
proteção perto do castelo do senhor, tornando a
sociedade agrária autossuficiente na atividade agrícola e
no artesanato caseiro. O comércio local ficou mais restrito,
predominando o comércio à base de troca.
Assim, a sociedade feudal, essencialmente aristocrática,
estava assentada em uma base econômica predominantemente
rural, na qual a condição social dos homens era
determinada pela sua relação com a terra, ou seja, a posse
da terra era o que determinava a posição do indivíduo na
hierarquia social. A terra era expressão de riqueza, autoridade
e poder.
Era uma sociedade rigidamente hierarquizada, formada
pelas seguintes classes sociais: clero, senhores feudais ou
nobreza e servos.
• Clero – membros da igreja católica e senhores
eclesiásticos (Papa, bispos e padres). Era a primeira
classe social e tinha um grande poder, pois era
responsável pela proteção espiritual da sociedade
e também pelo fato de os conceitos de religião e
política estarem misturados. O clero era isento de
impostos e arrecadava o dízimo, porque era responsável
pela educação e saúde pública. Oliveira (1998)
informa que a supervisão e, muitas vezes, a tarefa
de ensinar era responsabilidade do clero. Para ser
professor particular era preciso licença eclesiástica,
pois o clero deveria zelar pela ortodoxia do ensino.
Tal responsabilidade pela educação deveu-se ao fato
de que, após as invasões dos bárbaros, os conventos
eram os únicos lugares onde se sabia ler e escrever,
eram depositários das obras que se salvaram
das bibliotecas romanas. A partir
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