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Por:   •  8/3/2015  •  463 Palavras (2 Páginas)  •  168 Visualizações

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forças produtivas e as relações de produção acabam levando ao colapso um determinado modo de

produção e a sua substituição por outro, dando assim lugar ao que Marx denomina de “épocas

progressivas de formação econômica e social” (Marx e Engels 1982, p. 531).

As concepções acima sobre modo de produção e sua transformação histórica, necessárias para se

compreender como funcionam as forças de vida social, colocam um acento demasiado nas forças

econômicas, fazendo delas o elemento determinante. Não se desconhece que as condições econômicas

têm sido, historicamente, as forças mais fortes e decisivas, mas não se pode negar a existência de

inúmeras outras forças, que também exercem a sua influência. Os elementos políticos, jurídicos,

filosóficos, religiosos, literários, artísticos e outros repercutem uns sobre os outros, sobre a estrutura

econômica e sobre o curso da história.

Essa visão encontra apoio em vários autores marxistas que, justamente por esse posicionamento, são

referidos freqüentemente neste trabalho, dando-lhe suporte teórico. Gramsci (1974), que considerava o

marxismo como uma “filosofia da práxis”, salientava o papel do fator subjetivo, da atividade

revolucionária dos homens na história real, mas sublinhando “a oposição do marxismo tanto ao

materialismo mecanicista como à filosofia especulativa em geral, desligada da história real e da

atividade prática humana, particularmente a política” (Vazquez, 1977, p. 49).

Esses autores salientam o papel de sujeito, a ação exercida pelos homens na história, sem

desconhecer as circunstâncias que limitam o agir humano. Esse relacionamento configura-se como uma

relação dialética entre o sujeito e o objeto, em que se reconhece uma reciprocidade de influências entre

esses dois elementos, tanto no processo de conhecimento da realidade, como na atividade prática que

visa transformá-la.

A interpretação economicista das forças sociais, por outro lado, tem seus fundamentos na leitura de

textos de Marx e Engels, desvinculados do contexto histórico em que foram produzidos e do todo de sua

obra. Para combater os que viam na consciência, na razão, nas idéias, na moral ou na religião a força

motriz da história, Marx e Engels (1982) atribuíram uma tal importância à estrutura econômica, que deu

margens a interpretações distorcidas. Um estudo mais profundo desses autores tem demonstrado,

entretanto, o valor atribuído por eles às influências

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