Trajetória De Juscelino Kubitschek
Trabalho Escolar: Trajetória De Juscelino Kubitschek. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 5056 • 24/10/2014 • 1.757 Palavras (8 Páginas) • 683 Visualizações
Trajetória de Juscelino Kubitschek
Neste trabalho irei tratar da trajetória de Juscelino kubitschek, este estando inserido em dois contexto histórico importante, o governo de Getúlio Vargas e a Ditadura Civil – militar. Maria Victória Benevides ressalta: “O governo de Juscelino encrava-se, pois, num período extremamente crítico, entre o suicídio de Getúlio Vargas (agosto 54) e a renúncia de Jânio Quadros”. (BENEVIDES, 1991, p. 10).
De acordo com a biografia feita por Sílvia Pantoja no Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930, Juscelino Kubistchek nasceu em 12 de setembro de 1902 em Diamantina – Minas Gerais, filho de João César de Oliveira que foi caixeiro-viajante, dentre outras profissões e sua mãe Julia Kubitschek que possuía ascendência checa e etnia cigana, tendo como profissão a docência. JK ficou órfão de pai quando tinha três anos juntamente com sua irmã, sendo criado apenas por sua mãe Julia Kubitschek. De origem simples JK teve uma infância comum, em que através de uma brincadeira e consequentemente um machucado teve sua inspiração profissional, ser médico, após o ensino primário, passou a estudar em um seminário diocesano e somente em 1922 após aprovação no vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais, matriculou-se na Faculdade de Medicina. Deve como primeira profissão telegrafista auxiliar no ano de 1921 por meio de um concurso público.
Segundo Pantoja JK em meio a uma festa conhece Sarah Gomes de Lemos com quem se casou dia 30 de dezembro de 1931 tendo sua primeira filha Márcia Kubitschek e mais tarde adota uma criança de quatro anos Estela Kubitschek. Dedicado à medicina trabalhou na enfermaria da clinica cirúrgica da Santa Casa em Belo Horizonte anteriormente e após sua colação de grau que foi dia 17 de dezembro de 1927. Com a finalidade de se especializar em urologia, JK partiu para a França em abril de 1930, aproveitando a oportunidade para conhecer outros países e adquirir experiências na área médica. Novamente em Minas Gerais, foi nomeada para a Força Pública como capitão-médico no Hospital Militar, precisamente no Laboratório de Análise Clínicas, sendo convocado para trabalhar nas tropas mineiras na Revolução Constitucionalista de 1932, conflito entre São Paulo é o Governo de Getúlio Vargas, na qual aumentava o prestigio de Juscelino com os militares.
De acordo com o historiador Marcos Emílio Ekman Faber no texto O desenvolvimento econômico Brasileiro e a industrialização no período Juscelino Kubitschek , carreira política de Juscelino começa em 1933 através de Benedito Valadares, que foi governador de Minas Gerais nomeado por Vargas após a morte de Olegário Maciel. Benedito nomeia Juscelino como chefe de gabinete, suas primeiras ações foram abrir estradas e preservar edifícios históricos. Dando sequência a sua vida política, em outubro de 1934 foi eleito a deputado federal mais votado em Minas Gerais, pelo recém-criado Partido Progressista, tendo fim seu mandato com o fechamento do Congresso Nacional e consequentemente o golpe do Estado Novo. Na sequência de sua carreira chegou ao posto de tenente-coronel médico da Polícia Militar de Minas Gerais.
Faber ressalta que em volta de influentes personagens do cenário político, novamente Benedito Valadares nomeou Juscelino a prefeito da capital mineira Belo Horizonte em 1940, conciliando a medicina e o governo da cidade. JK em seu governo dedicou à construção, pavimentação, restauração de grandes avenidas, criou bairros, construiu pontes, realizou obras facilitando o acesso entre o centro e as áreas suburbanas, criou a rede subterrânea de luz e telefone, construiu hospitais, habitações, rede de assistência social. Relacionado a questões culturais criou museu, cursos musicais, a orquestra sinfônica, centro de lazer, entre outros. Com a queda do Estado Novo e a redemocratização do Brasil, os governantes indicados pela ditadura Vargas deixaram os cargos, Juscelino foi um deles deixando a prefeitura de BH em 30 de outubro de 1945.
Até 1945, Juscelino não tinham convicções de sua vontade política, mas com a saída da Prefeitura de Belo Horizonte seu interesse se efetivou, sendo eleito deputado federal pela segunda vez em 1945 pelo partido Social Democrático (PSD), tomando posse 22/04/1946, como deputado se destacou por sua oratória e por suas articulações políticas bem colocadas, enfatizando uma política social, em beneficio da população, permanecendo até 1950 no cargo de deputado. Logo em seguida candidatou-se a governador de Minas Gerais pelo Partido Social Democrático com apoio do Partido Repúblicano vencendo com 56,5% dos votos, contra 43,5% de seu concunhado Gabriel Passos. Em 31 de janeiro de 1951 JK assume o governo de Minas Gerais fazendo algumas ações em benefício da população, como o investimento em eletrificação, construção de estradas, pontes, postos de saúde, acesso a educação, enfrentou oposição apenas em Uberaba contra os altos impostos. Para se candidatar a presidente da república renunciou a seu mandato, tendo fim sua gestão em 31 de março de 1955.
Juscelino se lançou candidato à presidência com receio de ser vetado pelos militares, pois era acusado de ter apoio dos comunistas, contudo consegue apoio do ex- presidente Venceslau o que lhe da legitimidade, em 3 de outubro de 1955 Juscelino foi eleito com uma pequena votação, apenas 35,68% dos votos validos, assim a União Democrática Nacional tenta impugnar o resultado das eleições, alegando não ter tido a maioria absoluta dos votos. Diante dos fatos foi instaurando o golpe preventivo em 11/11/1955 para garantir a posse do presidente JK e de seu vice João Goulart, o líder do golpe foi o general Henrique Teixeira Lott. JK tomou posse em 31 de janeiro de 1956 e se manteve no governo por cinco anos, até 31 de janeiro de 1961. Conforme ressalta Benevides: “Empossado a partir do famoso “contragolpe” do então ministro da Guerra, general Lott, e assumindo a presidência após dois presidentes interinos, Juscelino conseguiu manter-se até o fim do mandato.” (BENEVIDES, 1991, p. 10).
O governo de Juscelino teve como slogan “Cinquenta anos em cinco”, que visava o crescimento econômico com uma rápida industrialização, com ênfase na indústria automobilística, um governo com grande crescimento econômico, em contrapartida aumentou a dívida interna e externa, com altos índices de inflação, tendo como um dos fatores a importação de materiais para desenvolver o Brasil. Juscelino lança o Plano Nacional de Desenvolvimento, o Plano de Metas com 31 metas relacionadas à energia, transportes, alimentação, indústria de base, educação e a construção de Brasília no centro do Brasil, que interligaria todas as regiões de país. Com um regime democrático e estabilidade
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