Um Estudo De Caso - Varig
Artigos Científicos: Um Estudo De Caso - Varig. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ranybarreto • 16/11/2013 • 1.545 Palavras (7 Páginas) • 727 Visualizações
As 5 Forças De Porter - Varig
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Enviado por: Bruna 26 dezembro 2011
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A ‘Estrela Brasileira’ caiu diante da constelação da concorrência.
As Cinco Forças de Michael Porter.
Fundada pelo imigrante alemão Otto Ernst Meyer juntamente com personalidades do Rio Grande do Sul como Alberto Bins, Artur Bromberg, Waldemar Bromberg, Emílio Gertum, Jorge Pfeiffer, Ernst Rotermund, Rudolph Ahronsano em 1927 em um encontro da Associação Comercial de Porto Alegre, a Varig foi a primeira companhia aérea do Brasil. Operou durante décadas em rotas nacionais e internacionais, sempre com sucesso, inclusive tornando-se membro da “Star Alliance”, a primeira e maior aliança de companhias aéreas do mundo.
Aqui vamos definir como a maior companhia aérea do Brasil e América Latina, um sinônimo de sucesso, fracassou diante de seus concorrentes, fato esse, causado pela má administração. Também veremos como as cinco forças de Michael Porter quando bem aplicadas, poderiam ter salvo da falência esse ícone da aviação mundial.
A ‘Estrela Brasileira’ caiu diante da constelação da concorrência.
Nos seus últimos 30 anos, devido a sua má administração, a Varig se tornou um verdadeiro “cabide de empregos”. Sendo que durante seus últimos quinze anos a empresa apresentou balanços financeiros negativos, acumulando dívidas de mais de sete bilhões de reais. Todo esse cenário acabou por inflamar uma grande crise na empresa, agravando-se principalmente, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, o que causou uma grande refração em todo o setor aéreo e consequentemente, sua falência.
Em busca de uma solução, culminaram-se diversas tentativas de fusões, leilões e acordos que, diga-se de passagem, mal sucedidos. Até que em 9 de abril de 2007, a empresa foi adquirida por outra companhia aérea brasileira, a Gol Transportes Aéreos, companhia presidida por Constantino de Oliveira Júnior, herdeiro do grupo mineiro Áurea, um dos maiores grupos de transporte de passageiros do Brasil.
Tomando como base o Modelo das Cinco Forças de Michael Porter, analisamos alguns dos fatores ocorridos nos últimos anos da Varig. Fatores esses, que a levaram à falência e posteriormente, a sua venda para Gol.
As Cinco Forças
O Modelo das Cinco Forças foi concebido por Michael Porter em 1979. Trata-se de um modelo para análise da competição entre empresas que considera cinco fatores, ou “forças competitivas”, que devem ser estudadas para desenvolver uma estratégia empresarial eficiente, ou simplesmente, um pensamento estratégico.
Sendo assim, analisaremos a crise sofrida pela Varig sob a visão das “Cinco Forças de Michael Porter”.
1. Rivalidade entre concorrentes.
Como dito anteriormente, após os ataques terroristas em 2001, o setor aéreo mundial sofreu uma grande refração. Com isso, as empresas tiveram que encontrar alternativas (saídas estratégicas) para manter seus negócios sustentáveis. Entretanto, a Varig tinha uma péssima administração e não atentou para as ações da concorrência, perdendo a liderança do mercado de voos domésticos para sua principal concorrente, a TAM.
Um exemplo claro da ineficiência para enfrentar a concorrência, foi dado pela Varig no ano de 2003. Enquanto sua principal concorrente, a TAM, possuía quatro tipos de aeronaves em sua frota, a Varig, naquele ano, possuía sete, o que implicava em maior custo de manutenção, logística e treinamento de tripulação. Além disso, o gasto da empresa com assento (por 1000 km voados) era de 201 reais, contra 193 reais da TAM, e mesmo a TAM tendo uma tarifa média (por 1000 km) mais alta, que era de 344 reais, contra 335 reais da Varig, ainda assim, a Varig perdia em participação de mercado, tendo naquele mesmo ano, 30,2%, contra 33,2% da concorrente.
Enquanto a concorrência trabalhava para manter a qualidade, reduzindo custos e aumentando cada vez mais a produtividade, a Fundação Rubem Berta (FRB), detentora e controladora do Grupo Varig, insistia em sua forma de administrar a Varig, e não reduzia custos. Estima-se que naquele exato momento, a Varig mantinha o triplo da média de funcionários por avião se comparada com as demais empresas do setor. Além disso, havia constantes atrasos de salários e encargos trabalhistas.
2. Poder de barganha dos fornecedores.
Com o agravamento de sua dívida, a Varig passou a não pagar seus credores e, perdendo assim, a credibilidade com seus fornecedores. Não bastasse, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social, o BNDS, passou a fazer duras imposições, devido à falta de credibilidade e má administração da empresa, fator esse, que causou mais ainda a perda de credibilidade na Varig.
Para agravar a situação, seus fornecedores chegaram ao ponto de só vender combustível para empresa, se o pagamento fosse efetuado à vista, o que fez a Varig cancelar vários voos por falta de combustível.
Com toda essa crise instalada na administração da Varig, em 2003 a empresa teve dois aviões apreendidos por falta de pagamento de leasing (locação financeira), um em Paris e outro em Miami, e foi obrigada a devolver 13 aviões.
3. Ameaça de novos entrantes.
A principal entrante no momento da crise para o mercado de aviação interno, e consequentemente para concorrência da Varig, foi a Gol Linhas Aéreas, criada em 2001.
Em 2003, devido a sua administração ousada e moderna, baseada principalmente em um modelo de negócios que estava aterrorizando a concorrência, chamado de “low fare, low cost” (“baixa tarifa, baixo custo”), a Gol já possuía 19,2% de participação de mercado, uma enorme fatia para uma empresa entrante.
Neste momento de crise da aviação mundial, a Gol reduzia seus custos utilizando apenas dois tipos de aeronaves - ou seja, menor custo de manutenção, logística e treinamento - sendo modelos modernos, com uma quantidade maior de assentos e mais econômicos. Isso possibilitou sua entrada num mercado tão competitivo e dificílimo de entrar, que é o mercado da aviação.
4. Ameaça de produtos substitutos.
Embora não podemos
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