Um Sonho Impossivel
Pesquisas Acadêmicas: Um Sonho Impossivel. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maral • 16/10/2013 • 2.014 Palavras (9 Páginas) • 341 Visualizações
O tema desta aula preocupa muitos pensadores desde o final do Século XVIII. Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus, John Stuart Mill, Karl Marx, entre outros, se preocupavam com a explicação das causas do desenvolvimento e da riqueza das nações. Aqui desenvolvimento econômico ainda era confundido com crescimento econômico e riqueza (ouro, prata, dinheiro, indústria forte). Os indicadores de crescimento eram o Produto interno Bruto (PIB) e a renda per capta.
Mesmo após dois séculos de alto crescimento econômico no mundo, existem profundas desigualdades sociais e de renda entre os países e não há perspectivas de acabar com elas no curto prazo, embora existam iniciativas para isto, como os programas governamentais de distribuição de renda, dos quais o programa Bolsa Família e o Fome Zero são referências internacionais.
Atualmente a Food and Agriculture (FAO), órgão da Organização das Nações Unidas, discute um programa de combate à fome inspirado na iniciativa brasileira e denominado “América Latina sem Fome”.
Um dos principais fatos da história econômica mundial foi a Revolução industrial que gerou um rápido crescimento econômico em alguns países, como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Rússia, Itália e Japão, entre outros. Estas nações acumularam riquezas com a produção e comércio de bens industriais e cresceram rápido.
Na sociedade tradicional o país tem uma economia baseada na agricultura e no comércio e baixa capacidade de crescimento. Em cada um dos demais estágios ocorre um processo de industrialização e surgem os setores de serviços e o financeiro. Na era do consumo de massa, a economia possui todos os setores industriais, das siderúrgicas às fábricas de carros, computadores e alimentos e também os setores de serviços e finanças. Neste estágio, a economia tem alta capacidade de crescimento econômico e a população tem alto nível de bem-estar material.
Durante várias décadas esta visão evolutiva foi predominante e muitos governos implementaram políticas de industrialização e tentaram trilhar os estágios descritos acima. Só que os resultados alcançados foram diferentes, muitos não atingiu a fase de consumo de massa e alguns permaneceram na fase de arranco. Assim foram considerados subdesenvolvidos.
Concluindo este tema podemos sumarizar o conteúdo discutido acima da seguinte forma: Desenvolvimento é diferente de crescimento econômico, pois é um fenômeno complexo, caracterizado por aspectos econômicos, políticos, sociais e que é historicamente datado. No mundo de hoje, desenvolvimento e subdesenvolvimento convivem lado a lado em muitos países e não há perspectiva para acabar com estas disparidades.
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Aula-tema 2: Projeto de Desenvolvimento para a América Latina
Foi à constatação de que o subdesenvolvimento persistia nos países da América Latina que levou um grupo de pensadores, composto por Raul Prebisch, Celso Furtado, Aníbal Pinto, Juan Noyola Vasquez, Aníbal Quijano, Maria da Conceição Tavares, Osvaldo Sunkel, José Medina Echavarría, Octavio Rodríguez, dentre outros, a estudar estas causas e propor possíveis soluções. Eles deram origem à CEPAL em fins da década de 1940. Ela tornou-se a primeira instituição latino-americana a interpretar a evolução da economia da América Latina e a propor projetos políticos e estratégias econômicas apropriadas para promover o desenvolvimento econômico dos países deste continente. O método de análise utilizado foi o histórico-estruturalista, ou seja, entender o processo de evolução econômico e social de cada país para visualizar os pontos fortes e fracos de cada um e as suas perspectivas.
Estes estudos, realizados entre as décadas de 1940/50 até a de 1970, apontavam como principais causas do subdesenvolvimento dos países latino-americanos a falta de uma política de redistribuição da renda, de diversificação da base produtiva, de capital humano, de recursos financeiros internos para financiar os investimentos e a dificuldade de apropriação/internalizarão das inovações e do progresso técnico. Outro fator importante era a abundância de recursos naturais que gerava nestes países uma cultura da exportação destes produtos como única alternativa de inserção internacional.
O caminho seria promover uma reestruturação do aparato produtivo nacional com a constituição de um núcleo endógeno de dinamização tecnológica, para dar sustentabilidade ao crescimento dos setores de maior conteúdo tecnológico e, em paralelo, implementar um conjunto de esforços coordenados, de caráter sistêmico, com o objetivo de alcançar, simultaneamente, o crescimento econômico e melhores níveis de distribuição de renda.
A competitividade autêntica exigiria a transformação integral do sistema socioeconômico, com mudanças nas relações entre empregados- empregadores, no aparato público-privado, na distribuição de renda, no padrão de consumo e investimento, no sistema de educação e no acervo de conhecimento tecnológico, na infraestrutura e no sistema financeiro, levando a um “círculo virtuoso cumulativo”, onde a equidade apoiaria o crescimento e o crescimento apoiaria a equidade e levaria a uma melhor distribuição de renda e à justiça social. Tudo isto ainda está por ser feito na América Latina, pois muitos governos não levaram estas políticas adiante.
Aula-tema 03: Desenvolvimento Econômico da China
A China é uma das civilizações mais antigas do mundo com existência contínua, existem documentos sobre a fundação de cidades-estados independentes que foram unificadas por volta de 221 A.C. O país alternou períodos de unidade e fragmentação e recebeu influências culturais e políticas de diversas partes da Ásia, levadas por ondas sucessivas de imigrantes.
A República Popular da China foi fundada em 1949, pelo Partido Comunista Chinês (PCC) comandado por Mao Tsé-Tung. Entre 1957 e 1958, implantou um plano denominado “Grande Salto”, buscando a industrialização do país e a reforma agrária, levando milhões de pessoas de volta ao campo. Do ponto de vista social, o governo implantou medidas de controle da natalidade, cotas de consumo e
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