Visita ao Museu de Etnologia, mais precisamente uma reservaa: "A Galeria da Amazônia"
Artigo: Visita ao Museu de Etnologia, mais precisamente uma reservaa: "A Galeria da Amazônia". Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jmldos • 3/1/2015 • Artigo • 399 Palavras (2 Páginas) • 463 Visualizações
No âmbito da cadeira de Práticas de Trabalho Universitário fomos a Belém visitar o Museu de Etnologia, mais precisamente uma reserva: “A Galeria da Amazónia”. Esta galeria expõe ao público um conjunto de objectos e artefactos oriundos de sociedades ameríndias, maioritariamente da Amazónia.
Estes objectos estão expostos em vitrinas numa sequência sistemática por temas, desde máscaras de rituais, armas de caça, representações de animais, objectos para fins alimentares, entre outros.
Das peças que mais me chamou a atenção foi uma das cabeças-troféu que foi doada ao Museu pelo antigo proprietário, um antiquário de Paris. Foi executada na Fronteira do Brasil/ Peru/ Região de Iquitos e provém de um grupo cultural dominado como “Jívaro”.
É feita de uma cabeça humana reduzida, de tom castanho, com um cabelo preto bastante comprido, olhos fechados e lábios cozidos com fio de algodão.
Relativamente á história desta “peça” sabe-se que era frequente haver referências a peças idênticas sob formas literárias e desenhos têxteis e de cerâmica. Actualmente só o povo “Jívaro” (Peru) ainda o pratica e esta prática é feita de forma bastante complexa.
Após a morte da vítima, é decepada pela base do pescoço e é levada para perto de uma maloca (cabana comunitária). Lá se faz uma fogueira na qual se ferve água com vinte tipos de plantas e raízes; De seguida os ossos do crânio são destruídos e então a cabeça é mergulhada na infusão cozinhada a fim da redução da mesma.
A secagem é a próxima etapa, que se baseia no enchimento da cabeça vazia com areia e pedras aquecidas e molda-se a cabeça e coze-se as pálpebras e a boca. Para terminar, a cabeça é exposta ao fumo de uma fogueira, e em seguida polida com penas coloridas, e finalmente guardada num recipiente de barro.
A maneira mais fácil e natural de obter então estas cabeças era de facto caça às mesmas e até expedições guerreiras. No fundo constituem um troféu bastante significativo ou até mesmo uma apropriação da alma do inimigo morto. É dada grande importância às "tzan-tza"(as cabeças) – “detentoras de uma força mágica que traz felicidade e amansa os espíritos temidos dos próprios antepassados, os Arutama (antepassados de linhagem), de cuja boa vontade depende a fertilidade dos campos, e que são quem aliás exige a caça às cabeças e novas vítimas “- e quando não se conseguia algum guerreiro nessas expedições mas sim outra pessoa sem valor, eram na mesma aproveitadas.
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