Watergate

A ideia primordial a reter e que será importante capitalizar nestas linhas de balanço é a importância e alcance dos escândalo mediáticos no seio das sociedades contemporâneas. Estas, controladas pelos vários regimes políticos existentes, podem ser condicionadas e direccionadas para matrizes que só têm real valor e interesse, para os próprios sistemas políticos, defendam eles quaisquer que sejam as suas ideologias.

Quer queiramos, quer não, o modo de vida a que nos adaptamos está inteiramente relacionado com interesses políticos e económicos, muitas vezes demasiado complexos para o simples cidadão comum. E quando a matéria e seriedade dos actos governamentais é entendida pela sociedade, os sistemas políticos, munidos de várias ferramentas eloquentes e persuasivas, conseguem na maioria das ocasiões, esconder o óbvio e procurar, com “eufemismos legislativos e mensagens de Natal”, uma “falsa estabilidade” com resultados muito positivos para a minoria que governa.

A noção de escândalo assenta em bases bem mais antigas do que as apresentadas neste documento. Porque se houvesse a possibilidade de um caso como o de Watergate ser transportado para outros momentos da nossa História, não haveria perdão nem quanto mais uma grande pena judicial mas sim uma consequência bem mais grave: a morte. Sem mais suposições, concluo deixando a ideia de que a restauração da ordem social deveria, em muitos casos, passar por uma Justiça mais igualitária e imparcial entre “pobres e ricos” para se fazer um bocado de jus ao significado linguístico da palavra.