A Atividade de Produção Textual
Por: Jessica Sonally • 14/5/2020 • Trabalho acadêmico • 3.562 Palavras (15 Páginas) • 431 Visualizações
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REGISTRO DAS INFORMAÇÕES TEXTUAIS: DICAS PARA UM ESTUDO PROVEITOSO
LEITURA
Se quisermos descobrir a mensagem de um texto, de modo abrangente, temos de nos submeter a uma séria disciplina de trabalho:
1o delimitar a unidade de leitura que pode ser um capítulo, uma seção ou até mesmo um grande parágrafo. O que caracteriza a unidade de leitura é a apresentação do sentido de modo global. Só após o entendimento dessa unidade é possível prosseguir na investigação de novas unidades de leitura;
2o ler repetidas vezes o mesmo texto para certifícar-se do alcance da compreensão verdadeira do assunto em pauta, grifando as ideias principais de cada parágrafo; ao lado, na margem, escrevendo uma palavra-chave ou frase-resumo.
Para tanto, é aconselhável obedecer aos seguintes passos: leitura exploratória, leitura analítica, leitura interpretativa e problematização.
- leitura exploratória
A leitura exploratória é a fase em que se deve prestar atenção à diretriz do pensamento do autor.
Nessa primeira leitura corrida, não convém resumir nem sublinhar as ideias-chave. Todavia, é possível elaborar, de um modo sucinto, um esquema das grandes partes do texto, de preferência dos três momentos da redação: introdução, desenvolvimento e conclusão, que expressam a estrutura lógica do pensamento do autor. O esquema serve para visualizar o texto de modo global.
- leitura analítica
A leitura analítica é a fase do exame do texto.
Nesta etapa, é necessário deixar o autor falar para tentar perceber O QUE e COMO ele apresenta o assunto. Quando estamos atentos ao texto, geralmente surge na mente um conjunto de perguntas, cujas respostas revelam o sentido e o conteúdo da mensagem. Exemplo de perguntas:
- De que fala o texto?
- Como está problematizado?
- Qual dificuldade deve ser resolvida?
- Qual o fio condutor da explanação?
- Que tipo de raciocínio ele segue na argumentação?
Todavia, é necessário lembrar que a ideia central defendida pelo autor só pode tomar corpo associada a outras ideias que são chamadas de secundárias em relação à principal.
Deve-se trabalhar nesta fase de leitura a partir de unidades bem determinadas (parágrafos), tendo sempre à frente o TEMA-PROBLEMA, que é o fio condutor de todo o texto. Neste trabalho de análise, o texto é subdividido, refazendo toda linha de raciocínio do autor. Para deixar às claras a ideia central e as ideias secundárias do texto, é fundamental a técnica de sublinhar.
DICAS
- Nunca sublinhar na primeira leitura.
- Só sublinhar as ideias principais e os pormenores significativos. Lembre-se de que a ideia principal = tópico (assunto) + o que se fala do tópico.
- Elaborar um código, a fim de estabelecer sinais que indiquem o seu modo pessoal de apreender a leitura. Ex.: um sinal de interrogação em face dos pontos obscuros do parágrafo; cifrão($) para passagens importantes; reticências (...) passagens incompletas.
- Reconstruir o texto a partir das palavras sublinhadas em cada parágrafo e/ou colocadas ao lado dele.
A leitura analítica serve para a elaboração do resumo ou síntese do livro ou texto. Convém lembrar que o resumo não é uma redução de ideias apreendidas nos parágrafos, mas é fundamentalmente a síntese das ideias do pensamento do autor.
c) leitura interpretativa
O ato de compreender se afirma no processo da interpretação, que afinal expressa a nossa capacidade de assimilação e de crítica do texto.
Nessa nova etapa de interpretação, estamos nos posicionando em face do que o autor diz. Para isso, precisamos muitas vezes de outras fontes de consulta, ou seja, devemos aproximar e associar as ideias do autor expressas na unidade com outras ideias relacionadas à mesma temática. Elas deverão servir para ampliar a nossa visão sobre o assunto e o autor, e, deste modo, servir de instrumento de avaliação do texto.
Nessa etapa, exerceremos uma atitude diante das posições do autor em termos de:
- coerência interna da argumentação;
- validade dos argumentos empregados;
- originalidade do tratamento dado ao problema;
- profundidade de análise do tema;
- alcance de suas conclusões e consequências;
- apreciação e juízo pessoal das ideias defendidas.
- Problematização
Para termos certeza da compreensão do que foi lido, nada mais indicativo do que o levantamento e discussão de problemas relacionados com a mensagem do texto. Esse esforço nos faz rever todo o texto, dando-nos elementos para reflexão pessoal e debate das questões explícitas ou implícitas no texto.
FICHAMENTO
Feita a leitura, vamos fichar o livro ou texto como recurso de aprendizagem, observando, pelo menos, três partes: cabeça do fichamento, registro das informações principais e a análise crítica.
- Cabeça da ficha
Na cabeça da ficha, deve constar primeiramente a referência bibliográfica, isto é, a referência da obra, segundo as normas prescritas pela ABNT NBR 6023:2002.
As referências (bibliográficas ou eletrônicas) são alinhadas somente à margem esquerda.
1o Autor - indicamos o autor pelo seu sobrenome em caixa alta, seguido pelo(s) prenome(s) separado(s) por vírgula. Ex.: BARBOSA, Rui.
Quando a obra tem dois autores, citamos ambos, ligados por ponto-e-vírgula (;), sempre com o sobrenome anteposto ao prenome. Ex.: BARBOSA, Rui; NABUCO, Joaquim. Sendo mais de dois autores, mencionamos apenas o primeiro, seguido de et al. Ex.: PERINI, Mário et al.(=e outros).
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