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A Educação dos Surdos

Por:   •  27/8/2020  •  Monografia  •  3.369 Palavras (14 Páginas)  •  197 Visualizações

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CAPITULO I

1. A LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Libras é uma língua de sinais onde a comunicação se deve através de gestos, sinais e expressões faciais e corporais, em vez de sons na comunicação. As línguas de sinais são de obtenção visual e produção de espaço e motora. São as línguas mais puras e naturais de cada comunidade ao redor do mundo. No mundo há muitas línguas de sinais usadas como forma de comunicação entre pessoas surdas ou com problemas auditivos, isto é, a língua de sinais não é universal. Além disso, cada estado ou região tem suas variantes, dependendo da cultura do determinado local usado na construção de expressões e regionalismos, mas muitas delas receberam reconhecimento oficial em vários países. Libras não é uma língua muito recente, ao contrário do que muitas pessoas imaginam.

A Língua Brasileira de Sinais teve seu desenvolvimento a partir da língua francesa e foi reconhecida pela Lei nº. 10.436/02(Brasil, 2002) como a língua oficial das pessoas surdas no Brasil, e essa mesma lei foi regulamentada em 2005 pelo Decreto 5.626/05. Possui uma estrutura gramatical própria, além disso, ela é utilizada por pessoas com deficiência auditiva para a comunicação entre eles ou entre surdos e ouvintes.

Segundo Skliar (1998, p.5):

Os Estudos Surdos se constituem enquanto um programa de pesquisa em educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte, as comunidades e as culturas surdas, são focalizados e entendidos a partir da diferença, a partir do seu reconhecimento político.

É preciso que o surdo seja reconhecido como uma pessoa completa, mas mesmo depois de muitos anos ouve a tentativa de normalizá-lo. Mas essa tentativa teve impedimento devido à resistência da cultura surda, onde teve muita luta pelo reconhecimento da sua língua própria, a Língua de Sinais.

Mesmo hoje em pleno século XX, o surdo sofre no ambiente escolar, isto, pelo fato da estrutura da sua língua natural escrita ser diferente da estrutura da Língua Portuguesa. Em muitos casos, quando o professor não entende sua escrita, o aluno surdo pode sofrer preconceito, recebendo até mesmo rótulos relativos a uma possível falta de interesse e dificuldade de aprendizagem de sua parte.

Quando o professor que ouve conhece Libras, acaba se comunicando de maneira satisfatória com seu aluno surdo, mas, quando o professor também é surdo, usa o mesmo tipo de comunicação, possuindo até a mesma identidade, o que contribui para uma harmonia ainda melhor entre professor e aluno. Assim o aluno encontra na figura do professor um modelo de adulto surdo e o professor surdo representa uma perspectiva para o próprio futuro desse aluno.

A adição da Língua de Sinais no currículo de escolas para surdos é um sinal de respeito a sua diferença. É desejo dos surdos que as escolas, dentro de sua cultura, preparem eles para o mercado de trabalho e o meio social, trabalhando e desenvolvendo em aula fatos culturais próprios dos surdos, tendo por base a Língua de Sinais.

Mesmo sabendo que existe este tipo de linguagem, a LIBRAS, não precisa ser considerada como uma medida temporária para se obter a comunicação entre deficientes auditivos, que pode ser considerada como uma linguagem normal como qualquer outra, tendo apenas uma diferença, em vez de letras é usado no lugar imagens e sinais.

O processo de aprendizagem desta língua tão excepcional, não é diferente do processo de aprendizagem no qual estamos acostumados habitualmente, é parecido com o processo de quando nos propomos a aprender outras línguas como inglês, francês, italiano, etc.

As linguagens de sinais possuem padrões para se obter a sua formação e determinar o seu significado, podemos exemplos como a localização das mãos em relação ao corpo, a expressão facial, a movimentação das mãos na hora de produzir o sinal, etc.

Existem algumas características simples para que haja um melhor entendimento da língua, como por exemplo, dos verbos que aparecem todos no infinitivo, além disso, os pronomes pessoais não são mostrados, pois é necessário apontar a pessoa de quem se fala para ser entendido. Há ainda algumas palavras que não tem sinal correspondente, como é o caso dos nomes próprios. Nessa situação, as letras são sinalizadas uma a uma para expressar tal palavra.

Para se obter a diminuição do preconceito com relação a todos os tipos de deficiência é preciso que sejam divulgadas todas as informações possíveis para se ter a facilidade de inclusão dessas pessoas nos meios sociais. Na internet hoje em dia tem disponível manuais de libras, dicionário de libras, vocabulário, chats e outros materiais para de adquirir mais conhecimento, além de muitos projetos que tem um compromisso com a inclusão dessas pessoas no nosso meio.

1.2. Os surdos até a idade média

Na antiguidade até a idade média: acreditava-se que os surdos não eram educáveis ou que fossem imbecis.

Os Chineses costumavam lançar os surdos ao mar.

Os Gauleses sacrificavam aos deuses teutates (Deus celta cultuado na Gália antiga. Era um protetor tribal.

Na Grécia eram vistos como seres incompetentes. Os romanos tinham idéia semelhante às dos gregos e lançava as crianças surdas ao rio Tibre para serem cuidadas pelas ninfas, pois eram encarados como seres incompetentes.

Para Aristóteles os surdos eram incapazes de raciocinar pelo fato de não possuir linguagem, já Sócrates considerava aceitável que os surdos se comunicassem com as mãos e o corpo. Para Constantinopla os surdos realizavam algumas tarefas como pajens de mulheres ou como bobos de entretenimento do sultão.

Preconceito e medidas discriminatórias existem concretamente contra quase todos os tipos de “anormalidades” ou “anomalias”, muito embora essas atitudes apresentem tonalidades de ênfase diferente, pois a maioria das pessoas não tem contra os deficientes a mesma espécie de preconceitos, que alimentam contra certos grupos religiosos, raciais ou desfavorecidos. (SILVA, 1996, pg.363).

Mas no Egito, era bem diferente, pois os surdos eram vistos como pessoas sagradas, que tinham contato direto com os Deuses, e por isso os Faraós os usavam como mediadores quando precisavam se comunicar com os Deuses. Os surdos também eram temidos e respeitados pelo restante da população.

Até a idade Média os cristãos acreditavam que os surdos não possuíam alma imortal porque eram incapazes de proferir os sacramentos.

Segundo o site Wikipédia “Na época do povo Hebreu,

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