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A Literatura Brasileira II

Por:   •  14/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  385 Palavras (2 Páginas)  •  423 Visualizações

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AD 1 – Literatura Brasileira II

1ª Questão:

A principal característica da obra de Gregório de Matos é a presença da sátira, onde ele destacava os excessos e improbidades cometidos pelos governantes da época e usava como pano de fundo a vida e os costumes das classes sociais, utilizando de um vocabulário acessível e popular. Sua obra pode ser considerada uma crônica, pois assinalava a situação atual e vergonhosa que os governantes governavam o Brasil na época, ridicularizando o país. O próprio Gregório de Matos chegou a dizer que “É, pois, cronista eu sou”. Ressalta-se ainda que, Spina considera que Gregório de Matos foi o “primeiro jornal” que circulou no Brasil Colonial, tendo em vista a temporalidade dos textos com os acontecimentos da época.

2ª Questão:

Há uma grande discussão sobre a autoria dos textos atribuídos a Gregório de Matos, primeiramente porque suas obras só foram publicadas mais de 200 anos depois de sua morte, já que na época colonial em que viveu Gregório, a imprensa era proibida no Brasil, sendo assim seus textos eram divulgados escritos de mão em mão e foram recolhidos em códices manuscritos. Ademais, Gregório era o principal autor crítico e satírico do Brasil colonial barroco e acredita-se que ele teve muitos imitadores anônimos, por isso essa dificuldade em dizer que todos os textos atribuídos a ele são realmente de sua autoria.

4ª Questão:

Antonio Candido, em seu livro “A formação da literatura brasileira: Momentos decisivos” considera que a obra de Gregório de Matos não pode ser considerada literatura como sistema e sim manifestações literárias, já que para este, a produção brasileira só pode ser considerada literatura quando atinge o sistema autor, obra, público. Sendo assim, como há dúvidas na autoria dos textos atribuídos a Gregório, bem como estes não circularam coletivamente a sua época, foram apenas ouvidos pelos mais próximos, Antonio Candido não considera a origem da literatura no barroco e sim no arcadismo.

Contudo, Haroldo de Campos, eu seu “O sequestro do Barroco na formação da literatura brasileira: O caso Gregório de Matos” contesta a obra de Antonio Candido e sai em defesa da produção literária barroca, tendo em vista que considera a grande importância do barroco e da obra de Gregório de Matos na formação e origem da literatura brasileira. Procurando assim, dar o merecido destaque a obra de Gregório de Matos.

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