A Literatura E Leitura Em Tempos De Internet
Por: Luana Haruchiha • 9/4/2023 • Resenha • 1.037 Palavras (5 Páginas) • 76 Visualizações
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Luana do Rosário Ferreira
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Resenha de COELHO, Nelly. Literatura e leitura em tempos de Internet. São Paulo: Via Atlantica, 2009.
Que a internet está evoluindo cada vez mais e marcando seu território, não é mais segredo para ninguém, mas e quanto a leitura e literatura? Um livro sempre será um livro e terá algo para dizer, também a gramatica continuará com sua estrutura fixa, pois ambos estão com a humanidade há muito tempo, é fato, não se pode ignorar a existência destes, muito menos fingir que não ajudam no entendimento da raça humana. Tendo em vista que não se pode interromper a evolução que vivemos, e nem prejudicar o letramento populacional, a internet é amiga ou inimiga da contemporaneidade?
COELHO ao expor sua ideia pensou no melhor método de transmiti-la, e fez isso de maneira clara e direta, em seis páginas, indo da capa até as referências, explicou com transparência sua concepção sobre o assunto. Nos dezenove parágrafos que se seguem, ela distribui as informações de modo padronizado, sendo algo visivelmente apropriado e agradável, sem muitas linhas em um e poucas linhas em outro, algo de fato bem subdividido.
No texto ela diz que esse é o tempo de mutação que nos desafia a colaborarmos com as mudanças ou a resistirmos a elas. Lembra que essa vem sendo a multimilenar tarefa do homem, a quem cabe dar continuidade à vida, à humanidade: criar cultura, cujos valores servirão de base para a construção de uma civilização. Esta, com o tempo organiza-se em sistema que, posto em prática, gera um progresso que gradativamente leva o sistema ao apogeu de seu domínio.
Diz, metaforicamente que vivemos no ``olho do furação´´, entre duas grandes forças que se chocam. De um lado, uma Nova Cultura, que caoticamente, está longe de se organizar em sistema, ou melhor, em Nova Civilização. Crianças, jovens e adultos, de todas as etnias e regiões do globo, vivem hoje ``plugados´´, acessando blogs, googles, e-mails, e-books, alguns deles, usando o progresso atual para o mal, transformando-se em hackers. Há toda uma revolução cultural em processo, desafio que resulta do ainda precário sistema de interação existente entre o objeto básico de ensino (língua e literatura) e o novo instrumento (internet).
Por fim ela ressalta que, ainda no âmbito desse fenômeno surge um problema que tende a se aprofundar em gravidade: a ameaça de degradação ou deterioração da Língua Portuguesa, pelo uso sistemático do dialeto ``ìnternetês´´, palavras reduzidas a poucas letras ou signos, que tornam o texto incompreensível por quem não souber decifra-las. É essa, a grande ameaça que se pressente no uso intensivo da internet ou no convívio alienado com o mundo virtual da imagem, se o jovem usuário, ainda em formação, não receber o ``antidoto´´ essencial: o domínio da palavra, o conhecimento da dinâmica da língua portuguesa. É urgente que os novos a descubram, como algo vivo, e convivam com a Literatura, como grande arte, cuja matéria-prima é a palavra, e que tem como objeto infinitas experiências de vida. O idioma é a única porta para o infinito, mas infelizmente está oculto sob montanhas de cinzas.
Nelly ao abordar esse tema, de suma importância para a atualidade, levando em consideração toda a velocidade da tecnologia, situa como esse avanço pode ser prejudicial para os humanos. De forma sucinta ela explica seu ponto de vista, usando palavras de entendimentos medianos, e muitas vezes de fáceis entendimentos, optando por recursos de expressões diárias, não só para não haver um bloqueio e dissipação da linha de raciocínio, como para mostrar que o entendimento de um bom letramento ajuda na compreensão, ela com sua escrita prova o que diz, dando ênfase na importância da leitura e literatura. Ela ainda toca no assunto escolar, de como os educadores podem lidar com esse avanço tecnológico, dando a entender que cabe a eles usarem tais recursos a seu favor, para que a linguagem não entre em decadência, pois se continuar assim o alienamento é o que resta futuramente para os mais vulneráveis a esse progresso de transição moderna.
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