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A  ORIGEM DA FILOSOFIA (DIALOGO E CONHECIMENTO)

Por:   •  14/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.884 Palavras (8 Páginas)  •  506 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS DO SERTÃO

A ORIGEM DA FILOSOFIA

(DIALOGO E CONHECIMENTO)

ALUNA: VANIA CERQUEIRA

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

TURMA: N

MATÉRIA: PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: CIÊNCIA E NÃO-CIÊNCIA

PROFESSOR: GUTEMBERG DA SILVA MIRANDA

30/01/2015

1 – FILOSOFIA

1.1 Origem, etimologia e definição

A filosofia surgiu na Grécia antiga no período clássico, por volta do século V Antes de Cristo. Etimologia da palavra:[pic 2]

Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Sendo essa definição atribuída ao filosofo grego Pitágoras de Samos. Ele afirmava que o filosofo é movido pelo desejo da observação para analisar as coisas, pelo desejo do saber, não sendo dono do saber e sim da vontade do saber, e que a sabedoria plena pertencia aos Deuses. Sendo a filosofia grega tida como aspiração ao conhecimento logico, racional da realidade tanto da natureza quanto da realidade humana.

A filosofia surgiu da necessidade de responder os questionamentos sobre a existência, fora dos mitos, ou seja, explicar o mundo usando a razão e deixando de lado a interferência dos deuses.

Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo. Tendo sido essa atribuição feita por Aristóteles. Fragmentos de seus escritos, haja visto que não há preservados registros escritos de sua autoria, mostram a tentativa dele em explicar do que o mundo é formado. Sendo que ele considerou a água como elemento que forma todas as coisas.

Os fragmentos que restaram de seus escritos nos mostram a tentativa dele em explicar sobre o que forma o mundo. Para ele, existe um elemento material que forma todas as coisas, a água. Podemos encontrar água em todos os locais. Ao furar o solo, se nos cortamos, dentro do tronco das árvores, nas rochas das nascentes dos rios. Se a água está em tudo, é porque ela forma tudo. Esta maneira de explicar o mundo, usando a razão, é que irá diferenciar a filosofia da mitologia.

Com os Pré-Socráticos, de interesse filosófico voltado para a natureza, teve o inicio início da filosofia e do esforço humano em compreender a existência a partir da racionalidade. Sendo seus principais representantes: Tales de Mileto (Tudo começa na Água), Anaximandro de Mileto ( o Ápeiron –ilimitado- é o principio de todas as coisas), Anaxímenes de Mileto ( o que comanda o mundo é o ar);

Porem foi a partir de Sócrates (filosofo nascido em Atenas por volta de 469 A.C, que só é conhecido através das obras dos seus discípulos, já que o mesmo prezava o dialogo e considerava a escrita pouco importante) e o inicio do período Socrático, que a filosofia sofreu uma grande mudança. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza, e a partir dele, o ser humano voltou-se para si mesmo, utilizando-se do autoconhecimento para chegar à sabedoria e à prática do bem. Paralelamente no século IV a.C., a cidade-Estado de Atenas vivia o seu auge político-administrativo com a instalação de seu regime democrático.

Segundo Henguel a origem da filosofia na Grécia se deu através de Platão e Aristóteles. Já Hannah Arendt1 afirma que a origem da filosofia grega se deu por meio de Sócrates, quando este passou a ocupar-se das coisas eternas, deixando de lado o homem e a politica, e que por meio de Platão e Aristóteles se deu o inicio da filosofia ocidental, juntamente com o apogeu do pensamento filosófico grego, fato paralelo a proximidade do fim da politica grega. E isso fica claro no fato de ter sido de autoria de Platão e Aristóteles o escrito de maior importância e influencia da filosofia e da politica, falando sobre os impactos na sociedade com a decadência politica da Grécia.  Podemos citar as obras A República, As Leis; Teeteto; Crátilo; Íon; Fedro; O Político, entre outras.

Surgiu assim uma questão que é ainda muito atual, que é o questionamento se é possível para um cidadão que vive em sociedade, viver sem pertencer a nenhuma organização politica. Surgindo assim a separação entre pensamento e ação. No qual se considerou que existe o pensamento, a ação e o pós-pensamento, no qual por meio do pensamento se calcula o meios para se atingir o objetivo, posteriormente seguido pela ação que leva a realização da realidade, e por fim o pós-pensamento, que tem significado mais amplo que o pensamento, no sentido de ocupar-se além de meios e fins.

E foi com o julgamento e condenação a morte de Sócrates, que houve a ruptura entre filosofia e politica. Sendo que Hannah compara esse ato politico do julgamento de Sócrates ocorrido na Grécia no século, a um ato religioso histórico, que foi o julgamento de Jesus ocorrido em Jerusalém no século. I d.C. Acredito que a autora fez essa comparação, haja visto que ambos tinham ideias que desagradavam aos governantes, por verem nessas ideias ameaça a seu poder. Tendo sido ambos convidados a renegarem suas ideias, e como negaram tal propostas foram mortos como exemplo a sociedade. A velha máxima da imposição do medo como coação do cidadão. Fato ainda tão presente em nossa sociedade. Porem tenho duvidas se pode–se considerar o julgamento de e morte de Sócrates um ato meramente politico. Ao meu ver teria sido por razões politicas e religiosas, haja visto, que para os gregos não havia separação entre politica e religião. Acreditavam que o cidadão estava sobre proteção dos deuses e que deveriam venera-los. Assim sendo na acusação a Sócrates pode-se apontar característica religiosa, ao ser acusado de não aceitar os deuses reconhecidos pelo estado, bem como característica politica, quando é apontado em seu julgamento como responsável por corromper a juventude.

Sócrates, na apologia, defende que a persuasão é a mais elevada das artes, a qual se pode considerar a verdadeira politica. A qual se utiliza do discurso e não da coação para atingir seus objetivos. Porem perante o tribunal em seu julgamento não foi capaz de convencer/persuadir quantidade suficiente de cidadãos do júri, a livra-lo da acusação imposta. Assim sendo, embora que por uma diferença mínima de votos, Sócrates foi considerado culpado e condenado a morte. Tendo sido levado a prisão e em pouco tempo morto por ingestão de cicuta. Hannah atribui esse insucesso de persuasão de Sócrates, a um erro de escolha de linguagem utilizada ao dirigir-se a multidão. Segundo ela Sócrates utilizou-se de dialética e não de persuasão. Podemos confirmar essa afirmação quando Hannah afirma que Sócrates insistiu em debater com os juízes, como costumava fazer no seu dia-a-dia com os cidadãos nas praças. Acreditando que assim chegaria a verdade e portanto a persuasão. Esquecendo-se ele que a mesma é oriunda de opiniões.

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