A REALIZAÇÃO DE FRICATIVAS NO PORTUGUÊS ORAL POPULAR DE FORTALEZA: UMA ABORDAGEM VARIACIONISTA
Artigos Científicos: A REALIZAÇÃO DE FRICATIVAS NO PORTUGUÊS ORAL POPULAR DE FORTALEZA: UMA ABORDAGEM VARIACIONISTA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anagermaninha • 28/10/2013 • 275 Palavras (2 Páginas) • 392 Visualizações
A REALIZAÇÃO DE FRICATIVAS NO PORTUGUÊS ORAL POPULAR DE FORTALEZA: UMA ABORDAGEM VARIACIONISTA
Ana Germana P. Rodrigues (Universidade Estadual do Ceará – bolsista FUNCAP)
Aluiza A. de Araújo (orientadora)
A enorme diversidade de falares no português do Brasil sempre instigou muitos pesquisadores a estudar fenômenos linguísticos que dele decorrem, principalmente os de natureza variacionista, colaborando para a descrição do português atual. O objetivo deste projeto é descrever e analisar a realização variável de um fenômeno bastante comum no falar fortalezense: a aspiração e o apagamento das fricativas /v s z ʃ Ʒ/. Para isso, utiliza como suporte o modelo teórico-metodológico da sociolinguística laboviana. A escolha desse tema pode justificar-se também pelo fato de o aspecto fonético ser um dos que mais rapidamente revelam as variações linguísticas, tanto as diatópicas quanto as diastráticas. Os informantes utilizados nesta pesquisa seguem a estratificação estabelecida pelo projeto NORPORFOR (Norma do Português Oral Popular de Fortaleza). Os resultados, parcialmente obtidos, revelam a presença de variantes, como: ia [v]oltá, pa[s]ou, di[z]eno, de co[ʃ]ta[∅], dado um [Ʒ]anta, [ɦ]ai começá, nego[ɦ]o de mêa, lá em ca[ɦ]a, ma[ɦ]tiga, [ɦ]á terminô, mai[∅] fácil, é me[∅]mo. Além disso, nota-se que tanto fatores de natureza linguística (contextos fonológicos antecedente e subsequente, frequência de uso e status morfológico do segmento, entre outros) quanto extralinguística (gênero, faixa etária, escolaridade e grau de formalidade) podem favorecer ou não a regra variável. O conhecimento de nossos falares e sua valorização são de grande importância para o estudo e ensino da língua portuguesa. Ademais, é papel do linguista o registro e a sistematização das “inovações/mudanças” linguísticas para que se faça um provável percurso da história das línguas que, normalmente, revela a história do seu povo.
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