A Reescrita

A AÇÃO PEDAGOGICA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA

Professora- Rosangela Borges.

Trabalha na Prefeitura Municipal de Rio das Ostras.

Escola Municipal Maria da Penha.

Área de conhecimento- Artes e Português.

Etapa de educação básica- 4º ano.

Sujeitos- Alunos e Professores.

Objetivos

• Diferenciar a diversidade textual;

• Identificar as características do gênero apresentado;

• Organizar as ideias principais do texto;

• Sequenciar lógicas textuais;

• Reproduzir a história lida;

• Produzir textos levando em conta o gênero em seu contexto de produção;

• Revisar o texto;

• Usar sinais de pontuação;

• Dramatizar o texto trabalhado;

• Redesenhar o texto trabalhado;

• Pintar o texto trabalhado;

• Cantar o texto trabalhado;

• Interpretar o texto trabalhado.

O presente projeto nasce do desejo da professora que leciona para a turma do 4º ano do ensino fundamental, na área de língua portuguesa e artes, e tem como principal objetivo favorecer uma compreensão das crianças acerca dos processos de produção textual, mesmo na presença de dificuldades na leitura e escrita por parte de alguns alunos.

A reescrita de fábulas, que foi o tema abordado, tem o objetivo de levar os educandos a compararem os diversos elementos da história apresentada, relacionando os diversos sentidos produzidos pelos recursos de linguagem, apropriando-se assim de procedimentos de escrita, como planejamento e revisão.

A fábula foi o gênero escolhido neste projeto, por serem narrativas simples e de gosto da maioria das crianças. Os alunos dessa faixa etária costumam se envolver nas histórias, justificado pela fértil imaginação, que se concretiza nos acontecimentos dos contos lidos e nas peripécias de seus personagens.

O interessante ao estudar fábulas, é poder identificar a grande diversidade cultural do Brasil e de outros países, levando de tal forma, os alunos a conhecerem novas culturas e novos povos.

As crianças enfrentam desafios para entenderem as fábulas, pois a linguagem nem sempre é simples, com isso, ampliam seu vocabulário, participando de processos de desenvolvimento de músicas, colagens, quadrinhos, e entre outros, entrando assim em contato com seu lado artístico e até mesmo descobrindo novas aptidões.

Descrevemos aqui um projeto em que os alunos acompanham a leitura feita pela professora, analisam alguns efeitos da linguagem utilizada e são desafiados a reescreverem a história lida da maneira com a qual mais se identificam.

Ao fazer a reescrita de uma história já conhecida, os alunos têm a oportunidade de pôr em jogo os conhecimentos que construíram a partir da leitura, da pesquisa e da troca de ideias com o grupo inserido no projeto.

Para o sucesso da proposta é preciso que os alunos leiam muitas fábulas. O gênero em questão apresenta um conteúdo didático-moralista, que vincula valores éticos, políticos, religiosos ou sociais. Geralmente a fábula tem um desfecho humanístico e impactante.

A experiência revelou-se exitosa, pois o professor aplicou um projeto onde o seu principal objetivo era levar o aluno a ter conhecimento em cima do que ele é capaz. A aprendizagem tornou-se um desafio para a turma, devido à boa receptividade da proposta, que gerou alegria e entusiasmo nos alunos, que aprovaram a ideia de poder contar uma história a partir de suas visões, abordando os temas propostos. Ao decorrer de cada etapa de cada proposta, o aluno era o protagonista da sua aprendizagem. Para o educador o método de ensino só gerou alegrias, pois seu objetivo foi alcançado com êxito.

A reescrita é uma atividade completa, onde além da proposta de leitura e escrita, o ouvir também possibilita a organização da sequência lógica, usando sinais de pontuação e identificação das características do gênero proposto.

Este é um projeto pode e deve ser trabalhado em qualquer contexto, seja público ou privado, independentemente do nível social ou cultural, uma vez que o protagonista é o educando, que tem o papel de promover o conhecimento de novos mundos e valores.

A partir deste processo os alunos adquiriram várias habilidades com o processo da reescrita, pois precisaram recuperar os acontecimentos e reescrever as fábulas, em uma nova linguagem, no caso a sua, compartilhando as ideias com os colegas, desenvolvendo os processos de composição textual, musical, e até mesmo teatral, aprendendo principalmente a se conhecerem, visto que a reescrita, além do processo de ler e escrever, leva o aluno a se descobrir artista, podendo ser, pintando, colando, desenhando, cantando ou atuando.

No projeto realizado o professor tem o papel de mediador do conhecimento, pois acredita no potencial de cada um, incentiva o trabalho em dupla, em grupo e individualmente. Leva os alunos a analisarem a estrutura de fábulas, fazendo as intervenções necessárias para a reflexão do gênero lido, despertando no aluno a vontade de ler, pesquisar diferentes versões, enfim, levam o aluno a conhecer diferentes tipos de linguagem.

A atuação do professor demonstrou-se investigadora, conhecedora do assunto, motivadora em todas as etapas da atividade.

A experiência realizada vai muito além do conteúdo, visto que leitura e escrita já é uma atividade corriqueira a todas as escolas, este projeto leva o aluno a se sentir capaz, a trocar experiências, e a analisar tudo o que lhe é proposto.

Podemos entender que a experiência exitosa é efetivada quando o aluno absorve os conhecimentos propostos pelo educador, adquirindo competências que serão válidas dentro e fora do contexto escolar, como diria Augusto Cury " Os educadores experientes não são aqueles que estimulam a transpor as barreiras exteriores, mas os obstáculos secretos. Não são aqueles que transformam seus filhos e alunos em depósito de informações mas os que estimulam seu apetite intelectual e os animam a digerir informações". ( Augusto Cury )

Esta experiência pode ser reproduzida em todos os contextos sócio-culturais, pois a proposta abrange os aspectos literários universais.

O professor possui tem papel de incentivador, pois ele é o verdadeiro mediador do processo de ensino-aprendizagem, sendo assim o professor obteve grande sucesso diante do processo executado.

• Reafirmamos com base na fala de Paulo Freire

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

Paulo Freire