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A Tábua de Flandres

Por:   •  14/2/2018  •  Projeto de pesquisa  •  609 Palavras (3 Páginas)  •  3.726 Visualizações

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A Tábua de Flandres

“A Tábua de Flandres” foi escrito por Arturo Pérez-Reverte, traduzido do espanhol por Maria do Carmo Abreu e revisto por Clementina Ticinau, editado pela ASA. Esta obra é um romance.

RESUMO:

Júlia é uma jovem restauradora de obras de arte e tem o trabalho de restaurar uma valiosa pintura do século XV e que está prevista de ir a leilão. A obra, pintada pelo artista flamenco Pieter Van Huys, representa uma partida de xadrez entre dois importantes cavalheiros da corte de Ostenburgo, Roger de Arras e Fernando Altenhoffen Duque de Ostenburgo tendo ao fundo uma dama vestida em negro que lê um livro pousado sobre o colo, Beatriz de Borgonha. Mas o que até então seria uma mera representação, bastante realista,  de uma cena doméstica, se revelaria a guardiã de um mistério centenário quando a jovem descobre oculta sob a pintura uma inquietante inscrição: “Quis Negavit Equitem?” (do latim, Quem matou o cavaleiro?).

Após uma investigação histórica acerca dos personagens retratados na tela, Júlia descobre um suposto envolvimento dos três em um intrincado jogo político que envolvia os interesses das cortes francesa e borgonhesa pelo ducado e também um possível triângulo amoroso que teria acabado em tragédia, quando um deles, Roger de Arras, fora brutalmente assassinado, o que mudaria o curso da história da Europa. Tudo indicava que a pintura, ou mais precisamente a partida nela representada, era a chave para a resolução do crime.

No entanto, a morte inexplicável de Álvaro, o professor que enviou a Júlia um relato histórico detalhado dos caracteres na imagem, parece estabelecer uma linha de continuidade com o crime não solucionado 5 séculos antes, como se os caracteres na imagem e os de atualmente, se estivessem movendo no mesmo universo, onde o tempo não seria o valor absoluto que é normalmente atribuído. 

Decidida a desvendar o enigma deixado pelo artista flamenco, Júlia, recorre à ajuda do seu amigo e confidente, César, e de um excêntrico e enigmático jogador de xadrez, Muñoz, vê sua vida mudar radicalmente. E o que antes parecia tratar-se apenas da investigação de um assassinato ocorrido cinco séculos antes, torna-se num jogo mortal nas mãos de um misterioso e inteligente jogador que age nas sombras. É aí, sob as leis rígidas do xadrez, irá emergir uma trama de jogos de interesses que tem como plano de fundo o competitivo e muitas vezes obscuro mundo das artes. 

OPINIÃO:

Gostei muito do livro, no entanto o desenrolar da história é muito lento, sendo por isso que gostei mais dos capítulos finais. Um aspeto interessante do livro é o facto de apresentar diálogos e explicações de xadrez e das jogadas que fazem durante o jogo.

A minha personagem preferida é a Júlia não só pelo facto de ser a personagem principal e de ser à volta dela que tudo se passa como pelo facto de aparentar ser uma pessoa muito persistente e perspicaz durante o todo o tempo que tentou resolver o caso de quem matou Álvaro e se teria alguma coisa a ver com o quadro.  

A linguagem do livro é bastante acessível e que desperta interesse na leitura relativamente ao que vai acontecer a seguir, tendo sido esse um dos motivos que me levou a acabar o livro. Uma frase que gostei neste livro foi a seguinte: “ O nobre jogo tem abismos nos quais muitas vezes desaparecem almas nobres”. Escolhi esta frase porque tem tudo a ver como livro e com a história relacionada com os assassinatos, e claramente com o xadrez que é um jogo cheio de estratégias e abismos.

Aconselho a todos a lerem o livro, visto que é bastante interessante e enigmático e por ter uma história cativante.

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