A importância da linguística na formação do professor de Letras
Por: gleysonhitt • 13/1/2017 • Trabalho acadêmico • 760 Palavras (4 Páginas) • 454 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA LINGUÍSTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LETRAS
Gleyson Rodrigues da Silva*
RESUMO
De uma determinada perspectiva pode-se observar o papel social de uma língua, e sob um enfoque mais científico, o da Linguística, essa perspectiva torna-se mais evidente, pois assim é possível evidenciar os aspectos socioculturais que se encontram presentes no dia-a-dia das sociedades e também na formação do professor de Línguas com Licenciatura em Letras, ressaltando a importância dessa ciência na formação desse tipo de docente.
Já que a língua exerce um papel social em determinadas sociedades ou comunidades, enfocando assim em primeiro plano, uma visão materialista, ou seja, esse processo exercido pela língua que as vezes pode ser: histórico, quando estabelece relações ou transformações dessa língua no decorrer da história dessa comunidade; e político, quando esse processo articular essas relações sociais e humanas.
Por isso que há o predomínio da chamada Gramática Normativa, a qual tem a função de ser a norma padrão da Língua Portuguesa no principalmente Brasil, pois a mesma dita o bom falar e escrever definidos pelos bons autores como uma forma de conhecimento já que o sujeito deve dominar linguisticamente falando, essas regras mesmo que as use de maneira funcional como se ele fosse treinado para apenas de uma só forma.
Mas também existe a Linguística Positiva como forma de conhecimento, que seria na verdade, um conjunto de variantes em relação ao padrão estabelecido pela Gramática Normativa. Essas variantes são as variações ou diferenças linguísticas existentes das diferenças sociais pois esta se faz através da união entre os fatores lingüísticos e sociais, e desta soma se produz um funcionamento construtivo em relação ao funcionamento da língua no meio social. Entretanto, o ensino de Língua Portuguesa atualmente é baseado restritamente na gramática tradicional ou normativa, isto é, nas normas escritas, onde as regras são impostas, indiscutivelmente, para serem seguidas, gerando assim uma maior dificuldade de aprendizagem.
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*aluno do 2º período do curso de Letras – Hab. em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Literaturas – UEMA (gleyson_dasilva16@hotmail.com)
Apesar de não ser uma ciência nova, alguns professores de Língua Portuguesa que não receberam o conhecimento dessa área de estudo em sua formação acadêmica/profissional, pelo simples fato dela ter sido inserida há poucas décadas, ainda não se sentem à vontade e nem sabem como lidar com a mesma, ou até mesmo as pessoas que tiveram o seu conhecimento não conseguem colocá-lo em prática.
Objetivando assim, a formação dos docentes dessa área de conhecimento que contribuam para o melhor aproveitamento do ensino-aprendizagem em sala de aula. Se o professor anexar o conhecimento de como a língua funciona e as condições de seus usos, haverá um maior entendimento com relação a variações como regionalismos e gírias, por exemplo. Com o trabalho na linguagem enfatizando nesses aspectos até mesmo conceitos como os que geram o preconceito quanto a pessoas sem instrução, o posicionamento quanto ao conceito de “certo e errado” e a comunicação mudarão. Isto porque, para o lingüista o que a gramática tradicional chama de “erro” é um fenômeno que merece ser investigado cientificamente.
Deve-se ressaltar que a Linguística deve estruturar o currículo de um bom educador de Letras com habilitação em Línguas, pois essa ciência proporciona com certa eficiência recursos e métodos tanto ao professor quanto ao aluno uma visão mais global das estruturas e dos processos pertencentes aos fatos ou objetos de estudo da Linguística, facilitando uma melhor organização mental e consequentemente uma melhor compreensão classificatória desses processos.
REFERÊNCIAS:
BAGNO, Marcos. PESQUISA NA ESCOLA: O que é, como se faz. 7. ed. São Paulo: Loyola, 2001.
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