A leitura de jovens e adultos sob um enfoque socioconstrutivista Interdisciplinar
Por: Luiz Amorim • 29/4/2016 • Resenha • 540 Palavras (3 Páginas) • 414 Visualizações
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ARAÙJO, Flávia Barbosa de Santana. A leitura de jovens e adultos sob um enfoque socioconstrutivista Interdisciplinar. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, Sergipe, V. 26, n. 25, p. 76-89, Jul. 2012. Disponível em:http://www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/1008/869, Acesso em 11 de abril de 2016.
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RESENHA
Flávia Barbosa de Santana Araújo, pesquisadora e mestre em educação pela Universidade Federal de Pernambuco, apresenta o texto “A leitura de jovens e adultos sob um enfoque socioconstrutivista”, que encontra-se disponível no Portal Institucional da Universidade Federal de Sergipe. O texto apresenta a importância da EJA no ensino, prática, planejamento e execução das atividades de leitura.
A autora evidencia um problema que é a falta do hábito de gostar de ler e adota a concepção de linguagem como forma de interação para resolvê-lo. O professor deve primeiramente ser um guia, auxiliando os alunos no planejamento das atividades de leitura, e depois de um tempo, ele passa a ser um mediador, orientando essas atividades em sala de aula.
Conforme a autora, a leitura deve ser planejada gradativamente, e deve-se vencer o maior desafio, sendo esse a falta de motivação dos discentes. O aluno deve ser ensinado a ler por vontade própria, e o docente deve saber escolher bem os primeiros textos para que assim não os desmotive. Para isso, a autora afirma que deve ser levado em consideração, na hora da escolha dos textos, que os alunos da EJA demonstram um grande interesse em textos que apresentam problemas do dia a dia.
Conforme a autora, a leitura deve ser vista como algo prazeroso, entretanto não existe espaço para este tipo de leitura e ela acaba sendo feita por obrigação, o que impede o seu desenvolvimento fora da sala de aula.
O planejamento das atividades de leitura deve englobar o maior número de competências linguísticas possíveis, com o objetivo de os alunos ficarem expostos as mais variadas situações de uso da língua. Após definidas as competências linguísticas, deve-se delimitar os objetivos pretendidos, para, desta forma, explorar corretamente os conhecimentos prévios com a leitura que será realizada.
Segundo a autora, para executar com maestria a atividade de leitura, o leitor, além de fazer uso dos conhecimentos linguísticos, enciclopédicos e interacionais, ainda deve-se munir-se de estratégias cognitivas e metacognitivas.
Para finalizar, a autora reconhece que todos devem ter acesso à leitura, porém não existe material disponível, muito menos interesse da sociedade em ensinar estratégias leitoras para alunos da EJA, que ela julga ser uma modalidade de ensino marginalizada.
Diante dos argumentos expostos, o texto da pesquisadora se perde quando apresenta ideias contraditórias. Como já dito anteriormente, a autora afirma, que a prática de leitura deve ser um momento de prazer, porém não existe tempo para ler prazerosamente, e todas as leituras são feitas por obrigação. Araújo julga a leitura em voz alta importante para praticar a compreensão do texto, logo após estabelece que: “Seria bem mais interessante a leitura na escola se o tempo dedicado a reproduzir textos em voz alta fosse substituído por leituras silenciosas […]” (ARAÙJO, 2012, p.80).
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