A polissemia da noção de leitura

A polissemia da noção de leitura

A leitura tem várias posições e diferenças no seu significado, que pode ser tanto na oral ou na escrita. O texto “a polissemia da noção de leitura” mostra as diferentes formas em que podemos compreender o que é imposto, assim de certa forma citando as possibilidades que temos de compreensão.

A leitura de um modo geral pode ser atribuída a vários sentidos, concepções, tanto na leitura acadêmica como leitura de mundo, e de um jeito mais restrito, no que se diz respeito a alfabetização. Essa grande capacidade que temos de sentidos, depende muito do contexto, tempo e o espaço que é lido, outra peça fundamental e a relação que a entre autor- leitor- texto.

O texto coloca em pratica a questão da legitimidade, que proporciona um entendimento de quem escreveu para quem vai ler, por exemplo. Caso contrário a ausência de uma boa leitura causa um certo embaraço na organização dos pensamentos. A leitura é uma questão de natureza, condição, relação, trabalho. Apenas a objetividade faz com que fique perdida a significância da ação da leitura.

Evidentemente         nós nos ocuparemos só com alguns sentidos. E o que delimita esses sentidos é a ideia de interpretação e de compreensão. É esse recorte que fazemos na perspectiva discursiva que dará uma direção a nossa reflexão sobre leitura. A noção de que a nossa vida intelectual está relacionada aos nodos e efeitos de leitura de cada época e segmento social.

Isso mostra como a leitura pode ser um processo bastante complexo e que envolve muito mais do que habilidades que se resolvem no imediatismo da ação de ler. Saber ler é saber o que o texto diz e o que ele não diz, mas o constitui significativamente.

Campinas, junho de 1987

Eni Pulcinelli Orlandi

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