ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Por: ruannamonteiro • 4/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 864 Palavras (4 Páginas) • 189 Visualizações
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Vamos aplicar o que aprendemos até aqui à observação da variação entre: (a) a pronúncia costumeira sua ou de outras pessoas de sua geração (melhor não mais que cinco anos menos ou mais que você), (b) a pronúncia de pessoas de gerações anteriores (pelo menos 20 a mais que você) e (c) pessoas mais jovens (todos com mais de 9 anos de idade e menos de 15).
No nosso idioma, o português, existem variações linguísticas ou dialetos que consistem em mudanças que ocorrem de forma natural, essas variações ocorrem de acordo com o contexto histórico, geográfico e sociocultural pelos falantes da língua. Em outras palavras, a variação acontece pela necessidade que a língua tem de se adaptar a fim de facilitar a comunicação.
As variações acontecem na pronúncia, no vocabulário ou na gramática de uma língua. Além disso, não ocorrem apenas em regiões diferentes, ocorrem também devido a diferentes faixas etárias, relações sociais etc. No presente trabalho iremos abordar as variações na pronúncia de pessoas com faixa etárias diferentes.
Ao observar a pronúncia de outra pessoa com a mesma faixa etária podemos perceber a pronúncia costumeira da faixa etária em que nós nos encontramos. Apesar de sabermos que cada pessoa possui um jeito único de falar, a pronúncia é a mesma. A pessoa a qual observamos tem o costume de falar suavizando a última sílaba, o que não é diferente para nós, pois temos o costume de falar cantando, principalmente na primeira sílaba e suavizando mais as outras, ou seja, damos um tom mais agudo para as primeiras sílabas. Além disso, observamos também na pronúncia desta pessoa a troca do “e” pelo “i”, como na palavra “estudar” que pronunciada fica “istudar”.
Ao observar durante um tempo pessoas de gerações anteriores em sua forma de se comunicar é perceptível certas diferenças na pronúncia de algumas palavras, isso se dá principalmente pela questão sociocultural, o hábito e a cultura de falar de um jeito, que vai se estendendo ao longo de suas vidas, que ainda que convivam com outras pessoas numa mesma casa, nota-se a pronúncia da mesma palavra de maneira diferente.
Atualmente temos muitos meios que permitem que essa herança, , seja de certa forma, quebrada. Ferramentas como redes sociais, fácil acesso à leitura, comunicação com diferentes tipos de pessoas e culturas, etc. Isso tudo pode diferir uma geração de outra em questões linguísticas. Por exemplo: conversando com uma pessoa de 60 anos de idade, percebe-se que algumas palavras que um jovem de 20 anos provavelmente as pronunciaria diferente: “onte/ontem”. O que não faz com que o jovem não entenda o que o(a) senhor(a) está a lhe falar. Seu objetivo é cumprido quando ele se faz entender, e passa sua mensagem.
Observando a pronúncia de alguns jovens notei diversas variações, o hábito do uso de gírias está bem presente no cotidiano das pessoas dessa faixa etária, além das abreviações. A pronúncia de alguns é bem diferente dos alvos citados nos tópicos A e B, porém, há alguns indivíduos que tem a mesma pronúncia de uma pessoa de 40 ou 60 anos e isso se dá por motivo do convívio diário, como jovens que moram com seus avós e o grau de escolaridade, por exemplo, em vez de “milho” é “mio”, “vive” é “veve”, “varrer” é “barrer”, não que uma pessoa com um bom grau de escolaridade não cometa esses erros, pelo contrário, mas a influência é grande e pode acarretar em grandes erros, principalmente em um ambiente de trabalho. Como citei acima, hoje em dia as gírias estão bem presentes no cotidiano dos jovens, ou seja, estão num nível informal, e a desvantagem é que na maioria dos casos você escreve como fala, um exemplo, “tava”, “rolê”, “butar buneco”, “diabéisso”, “pelejou quissó”, “rumbora”, “mo paia”, “roxeda”, “so o pitel” e entre outras, alguns são “bons” pela facilidade de se comunicar, já o lado ruim é que atrapalha na escrita, no ambiente de trabalho e até mesmo no aprendizado da norma culta. Por outro lado tem jovens que seguem o padrão formal, de acordo com a escrita é a fala, o todo certinho, isso é uma grande vantagem, pois enriquece seus conhecimentos, já o lado “ruim” é que em meio a um grupo onde se utiliza as gírias pode ficar perdido. Essa mistura é um razão pela qual nem sempre devemos falar da mesma forma que escrevemos, tem que variar de acordo com as condições culturas, regionais, históricas ou sociais, para assim, manter um bom diálogo.
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