Análise do poema: “Erros meus, má fortuna, amor ardente”
Por: Tomas Garcia • 13/12/2022 • Trabalho acadêmico • 363 Palavras (2 Páginas) • 651 Visualizações
Análise do poema: “Erros meus, má fortuna, amor ardente”
De Luís Vaz de Camões
Breve biografia do autor:
Luís Vaz de Camões (1524 – 1580) foi um poeta português, autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros do povo português, durante os descobrimentos. É o maior e mais importante representante português do Classicismo.
Análise Interna do poema:
Neste poema, Camões foca-se em descrever o desespero, de um sujeito poético que ao longo do texto faz uma breve reflexão e retrospetiva acerca da sua vida, enumerando questões como erros de juventude, má fortuna e desgostos amorosos, que o tornaram mais infeliz.
Na primeira parte (versos 1 a 12), o sujeito poético confessa que viveu uma vida marcada pelo sofrimento causado por erros cometidos e falta de sorte no amor.
Na segunda parte (versos 13 e 14), dá-se a conclusão do balanço da vida que o sujeito poético faz, através de uma expressão de raiva e desespero, que intensificam o seu desejo de vingança.
Durante a obra é possível perceber-se o estado de espírito do sujeito poético, caracterizado por diversos sentimentos que refletem, de certa forma o seu percurso de vida, tais como:
- Amargura (verso 1)
- Dor (verso 6)
- Mágoa (verso 7)
- Culpa (versos 9 e 10)
- Frustração (verso 12)
- Vingança (versos 13 e 14)
Entre outros…
Em relação ao sujeito poético, conclui-se a partir do tom melancólico e confessional usado, que pretende transmitir o seu desagrado e revolta perante o que lhe aconteceu ao longo da vida, e que o levou á perdição e infelicidade. Por outro lado o sujeito poético admite que embora o amor lhe tivesse dado “breves enganos” e desgostos, era apenas dele que precisava para ser feliz mas tal não aconteceu. No final o sujeito poético exprime a necessidade que tem em por fim ao seu sofrimento, e através de um pensamento de revolta e vingança em relação ao destino, ele pede que o deixem viver o resto da sua vida em descanso e paz.
Para dar mais expressividade ao poema o autor faz uso de diversos recursos expressivos, como por exemplo a enumeração (verso 1), a personificação (verso 10) e a anástrofe (verso 8).
Analise externa do poema:
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