Aquisição da Linguagem: Análise do Diário de Fiorella

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

LETRAS LIBRAS

Aquisição da Linguagem:

Análise do Diário de Fiorella

ANA FRANCISCA FERREIRA DA SILVA

MANAUS

2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

LETRAS LIBRAS

ANA FRANCISCA FERREIRA DA SILVA

Orientadora: Prof. Mts Iranvith Scantbelruy

MANAUS

2015

O processo de aquisição da linguagem é universal e também rápido, uma vez que, por volta dos quatro anos de idade, quase toda a complexidade de uma língua é apreendida. Considerando tal complexidade das línguas naturais, podemos nos perguntar como todas as crianças adquirem uma língua, aparentemente sem esforço algum e sem serem explicitamente ensinadas (GROLLA, 2009). O processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem foi explicado por diferentes autores com idéias e pontos de vista que originaram diversas teorias, dentre elas estão quatro teorias gerais (NOBREGA;MINERVINO,2011)

Neste trabalho apresentamos a análise da aquisição da linguagem da criança Fiorella, que é surda filha de pais surdos. Nos vídeos percebemos o processo de aquisição dentro das fases, pois o ambiente linguístico favoreceu esse processo. Toda criança “normal” adquire sua linguagem natural, sem nenhum treinamento especial e sem um input lingüístico seqüenciado, ou seja, sem nenhuma preocupação com a ordem em que as sentenças são faladas às crianças. Essa propriedade da aquisição de linguagem é chamada de universalidade da linguagem.

Nos primeiros vídeos do diário de Fiorella, verificamos as primeiras fases. Nos primeiros meses, a criança chora e começa a balbuciar, emitindo sons que não têm nenhum significado. A Fiorella passa por esse estágio normalmente com os balbucios ao tentar se comunicar com seus pais aos cinco meses de idade, segundo relato da mãe em uma rede social.

Percebe-se nos vídeos aos seis meses que ela já entende sinal de luz, gato, papinha. Aos sete meses, ela já usa as duas mãos para sinalizar, e sua mãe contextualiza o aprendizado do sinal de gato com uma história, fazendo os sinais na própria Fiorella.

Aos oito meses a Fiorella começa a freqüentar a Escola Alfredo Rub, para potencializar seu apreendizado, numa estratégia de estimulação precoce.

Aos nove meses ela confundiu o sinal de gato com o de comer. Neste podemos comparar a confusão que as crianças ouvintes fazer ao pronunciar as silabas La, Ba, Fa, sons (fonemas) semelhantes, que no caso das crianças surdas o conjunto para a constituição de um sinal ( configuração de mãos, ponto de articulação, movimento, direcionalidade e expressão) ainda este em construção, dentro do processo de aquisição da linguagem. Diversos estudos com bebês muito novos (desde recém-nascidos até bebês com 12