Barroco
Resenha: Barroco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: suki • 5/6/2013 • Resenha • 1.232 Palavras (5 Páginas) • 774 Visualizações
BARROCO
O termo barroco provavelmente deriva da palavra italiana barroco, usada por filósofos da Idade Média para descrever um obstáculo ao raciocínio lógico. Em seguida, a palavra passou a designar qualquer tipo de idéia obscura ou processo tortuoso de pensamento. Outra origem possível está na palavra portuguesa barroco, que se refere a um tipo de pérola de formato irregular. Na crítica de arte, barroco começou a ser usado na descrição de qualquer objeto irregular, bizarro, ou que fugisse das normas de proporção estabelecidas. Esse ponto de vista perdurou até o fim do século 19, época em que o termo ainda carregava a conotação de estranheza, grotesco, exagero e excesso de ornamentação. Foi só a partir do estudo pioneiro do historiador de arte Heinrich Wölfflin, Renascimento e Barroco (1888), que o Barroco tornou-se uma designação estilística e teve suas características sistematizadas.
O BARROCO surgiu no final do séc.XVI e início do séc. XVII que foi um período literário caracterizado pelos contrastes, oposições e dilemas.
O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo em que queria usufruir dos prazeres mundanos, daí surgiram os conflitos. É o antropocentrismo (homem) opondo-se ao Teocentrismo (Deus).
O homem deste período está entre o céu e a Terra. Mesmo se valorizando, ele vivia atormentado pela idéia do pecado, então vivia buscando a salvação.
CARACTERÍSCTICAS DO BARROCO
• Cultismo ou Gongorismo – significa o jogo de palavras, a obsessão pela linguagem culta, erudita;
• Pessimismo – o conflito entre o EU e o MUNDO;
• Impressões sensoriais – o uso dos sentidos para obter as razões de toda miséria humana;
• Preocupação com a brevidade da vida;
• Linguagem complexa;
• Expressões eruditas (clássicos);
• Ordem inversa;
• Hipérboles (exagero na expressão);
• Paradoxos (idéia contraditória);
• Antítese ( Anti teses);
AUTORES E OBRAS DE NOSSO BARROCO
BARROCO (SEISCENTISMO), de 1601 a 1768.
BENTO TEIXEIRA (1561-1600)
Poesia Épica: "Prosopopéia", obra publicada em Lisboa no ano de 1601; é considerada o marco inicial do Barroco literário no Brasil, e tida, por algum tempo, como o primeiro poema impresso de autor brasileiro. Entretanto, descobriu-se, mais tarde, que Bento Teixeira se passava por pernambucano, quando, na verdade, era natural da cidade do Porto (Portugal). Prosopopéia é de influência camoniana - a semelhança de Os Lusíadas -, composta com 94 estrofes de versos decassílabos em oitava heróica (AB, AB, AB, CC). Feita com a finalidade de louvar a D. Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco.
MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA (1636-1711)
Poesia: "Música do Parnaso" (coletânea de poemas) – obra publicada em Lisboa, em 1705. Dividida em quatro coros de rimas – portuguesas, castelhanas, italianas e latinas. Destaca-se o poema A Ilha da Maré e os sonetos dedicados à amada Anarda, sua musa soberana. Botelho foi o primeiro escritor nascido no Brasil a ter um livro publicado.
FREI MANOEL DE SANTA MARIA ITAPARICA (1704-?)
Poesia: "Eustáquios" (1769) - Epopéia sacra e tragicômica poema sacro, sobre a vida de Santo Eustáquio. Nesta obra encontra-se a Descrição da Cidade da Ilha de Itaparica, apologia hiperbólica (exagerada) da paisagem brasileira.
PADRE ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697)
Foi o maior pregador do seu tempo; defensor dos negros, dos índios e dos cristãos-novos (judeus convertidos). A defesa dos cristãos-novos e valeram-lhe o ódio da Inquisição que o processou por opiniões heréticas. Foi condenado a dois anos de reclusão em uma casa jesuítica e o impedimento de pregar. Anistiado por D. Pedro regressou ao Brasil em 1681. Pertence tanto à nossa literatura quanto a portuguesa.
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA (1633-1693)
Apelido: Boca do Inferno (devido linguagem maliciosa e ferina com que criticava pessoas e instituições da época).
Advogado formado em direito pela universidade de Coimbra. Foi o mais importante poeta do Barroco Brasileiro.
Sua obra nunca foi publicada em vida, o que ocasionou muitos problemas de autoria. Permaneceu inédita até o século XX quando a Academia Brasileira de Letras publicou, entre 1923 e 1933, seis volumes: I. Poesia Sacra; II. Poesia Lírica; III. Poesia Graciosa; IV. e V. Poesia Satírica e VI.
POESIA BARROCA
A MORTE DO PADRE VIEIRA
Fostes, Vieira, engenho tão subido,
Tão singular, e tão avantajado,
Que nunca sereis mais de outro imitado
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