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COMPONENTE CURRICULAR: OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS

Por:   •  26/6/2017  •  Resenha  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  506 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA)

INSTITUTO DE LETRAS / DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS / SEMESTRE 2017.1

CURSO: BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE

COMPONENTE CURRICULAR: OFICINA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS (LETA40)

DOCENTE: PAULO HENRIQUE LOPES

DISCENTE: FELIPE BARBOSA ARAUJO

ATIVIDADE 3 – COMENTÁRIO CRÍTICO

No texto “a Leitura Fora do Livro” a autora, Lúcia Santaella, apresenta a multiplicidade de leitores que segundo ela varia desde o leitor da imagem, desenho, pintura, gravura e fotografia até o leitor das arquiteturas líquidas da hipermídia, navegando no ciberespaço. No entanto, ao invés de abordar cada tipo de leitor, dessa multiplicidade existente, Lúcia classifica os leitores em três modelos que se distingue por questões históricas e que tomam como base os tipos de habilidades sensoriais, perceptivas e cognitivas que estão envolvidas nos processos e no ato de ler.

De acordo com a autora, o primeiro leitor é o contemplativo, que nasce no renascimento e mantem-se de maneira dominante até meados do século XIX, e tem diante de si objetos e signos duráveis, imóveis, localizáveis e manuseáveis. Esse tipo de leitor é como o personagem principal do texto “Memória de livros, de João Ubaldo Ribeiro, que tinha a leitura como grande lazer e prazer, fazendo do contato com o mundo dos livros algo necessário. Em seu texto narrado em primeira pessoa, João Ubaldo Ribeiro apresenta o menino como um leitor contemplativo, compulsivo e com uma relação intima com os livros. Entretanto, esse primeiro leitor perdeu espaço com o advento do jornal e das multidões nos centros urbanos, assim, dando margem para o nascimento do segundo leitor, o fragmentado, apressado, fugaz, novidadeiro e de memória curta. Segundo a pesquisa “Retrato da Leitura no Brasil” publicada por Maria Fernanda Rodrigues do site Estadão, 30% da população brasileira nunca comprou um livro e 44% não lê, assim, mostrando que o primeiro tipo de leitor, o “amante” dos livros impressos, tem perdido cada vez mais espaço. Além disso, com o surgimento da era digital e com a universalização das informações em rede os materiais físicos de leitura passam a ser substituído por plataformas digitais que começam a fornecer informações e leituras através de um clique. Nesse cenário surge o terceiro leitor, o leitor diferente dos demais, que não segue as sequências de um texto, virando páginas, manuseando volumes, percorrendo com seus passos a biblioteca, o leitor moderno, que navega numa tela, programando leituras, num universo de signos evanescentes, mas eternamente disponíveis, contanto que não se perca a rota que leva a eles. Deste modo, observa-se que nesse mesmo cenário, do surgimento do terceiro leitor, a leitura perde cada vez mais espaço assumindo a 10° posição na lista de atividades buscadas no tempo livre, como aponta a pesquisa publicada no site do Estadão.

Em consonância com isso, é valido pontuar que a pesquisa “Retrato da Leitura no Brasil” revela que o gosto pela leitura dos brasileiros tem muita influência religiosa, pois a bíblia é o livro mais lido em qualquer nível de escolaridade,

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