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Charles Bukowski

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Por:   •  15/10/2014  •  1.366 Palavras (6 Páginas)  •  363 Visualizações

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Henry Charles Bukowski Jr (nascido Heinrich Karl Bukowski; Andernach, 16 de agosto de 1920 — Los Angeles, 9 de março de 1994) foi um poeta, contista e romancista estadunidense nascido na Alemanha1 . Sua obra de caráter (inicialmente) obsceno e estilo totalmente coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, fascinaram gerações que buscavam uma obra com a qual pudessem se identificar.nfância[editar | editar código-fonte]

Nascido na Alemanha, filho de um soldado americano, aos três anos mudou-se para os Estados Unidos com seus pais. Foram inicialmente para Baltimore, em 19233 , depois para o subúrbio de Los Angeles. Com um pai extremamente autoritário e frustrado, e uma mãe submissa, sofria frenquentemente abusos físicos e psicológicos por parte de seu pai.5

Adolescência[editar | editar código-fonte]

Na adolescência, surgiram inflamações que cobriram o rosto e toda a parte superior do corpo, fazendo-o a submeter-se a tratamentos médicos no hospital público de sua cidade.Na escola, a situação também não era das melhores, tendo poucos amigos e sendo sempre o penúltimo a ser escolhido para o time de beisebol. Por causa do tratamento médico, abandonou temporariamente a escola, voltando somente um ano depois. Neste meio tempo descobriu duas coisas que o ajudaram a tornar a sua vida suportável: o álcool e os livros.

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Em 1939, começa a cursar jornalismo pela Los Angeles City college3 , ganha uma maquina de escrever de seu pai e logo se põe a escrever, por causa de seus escritos e contos seu pai o expulsa de casa. Morando em pensões e sem emprego, desiste da faculdade de jornalismo. Com problemas com o alcoolismo, trabalhou em empregos temporários em várias cidades americanas como faxineiro, frentista e motorista de caminhão. Em 1952, consegue um emprego de carteiro3 . Com uma vida errante, bebendo em excesso e escrevendo alucinadamente. Enviou seu trabalhos para as mais diversas editoras literárias independentes dos Estados Unidos, mas quase sempre eram recusados. A editora da revista Harlequin, Barbara Frye, no entanto, estava convencida de que Bukowski era um gênio. Começaram a se corresponder e, em determinado momento, Frye declarou que nenhum homem nunca se casaria com ela. Bukowski respondeu simplesmente: "Eu me casarei". Casaram-se logo depois de se conhecerem pessoalmente. Mas tão rápido quanto se conheceram, separaram-se.3

Surgimento de Henry Chinaski[editar | editar código-fonte]

Depois do divorcio conhece Frances Smith, com quem teve uma filha Marina Louise Bukowski. Até este momento, Charles Bukowski era apenas um poeta iniciante. Mas, em 1971, surgi a imagem de Bukowski que o tornaria famoso, o seu alterego Henry Chinaski, em Cartas na Rua. Chinaski o acompanha em todos seus romances e só não é protagonista em Pulp. Sua obra surtiu tanto efeito que alguns de seus contos e romances acabaram sendo adaptados para o cinema por alguns diretores. Inclusive, o próprio Bukowski recebeu diversos convites para escrever argumentos, apesar de assumir que nunca gostou muito de filmes.

Morte[editar | editar código-fonte]

Bukowski morreu de leucemia aos 73 anos, em 9 de Março de 1994, pouco depois de terminar Pulp em seu túmulo se lê "Don't Try", "Não Tente" em português. Com o tempo, apareceram alguns herdeiros seus na literatura, principalmente na questão do estilo violento e despudorado de sua linguagem, e que acabou inclusive tendo desdobramentos no cinema. Mas poucos são aqueles que como ele, vivenciaram e permaneceram com naturalidade na sarjeta, fazendo dela, sua fonte de inspiração. De todo aquele inferno imundo e fedido, Bukowski fez o seu paraíso.

Obra[editar | editar código-fonte]

Influências[editar | editar código-fonte]

Teve como principais influências Fiódor Dostoiévski, pelo pessimismo, e Ernest Hemingway, pelas frases curtas e jeito simples de escrever.6 . O complexo de Édipo que rodeia Chinaski em suas obra é influenciado também por Dostoiévski. Com o escritor russo, aprendeu a frase "Quem não quer matar seu pai". A cidade de Los Angeles foi a sua principal fonte de inspiração, tratando de histórias com temas simples, misturando por exemplo corridas de cavalo, prostitutas e música clássica.

Estilos[editar | editar código-fonte]

Leitura de carácter extremante autobiográfica Bukowski7 sonhou a vida inteira em ser reconhecido pelo seu trabalho como escritor. De estilo agressivo e inconformado e, na maioria das vezes, ébrio , sentava em sua máquina de escrever e, com uma sutileza surpreendente, deixava fluir seus pensamentos sem censura alguma. Bukowski vivia em um mundo atormentado e distorcido, totalmente fora dos padrões impostos pela sociedade de sua época. O escritor nunca fez questão de esconder que seus trabalhos eram, quase sempre, autobiográficos. E sua falta de discrição era tão grande, que durante toda vida teve de lidar com a quebra de laços de amizade. Ele citava, sem qualquer preocupação, nomes e, quando muito inspirado, fazia duras críticas às pessoas que o cercavam. Repulsa, nojo, ódio, amor, paixão e melancolia. Esses são alguns dos sentimentos que mais inspiraram Charles Bukowski, que passou a vida nos becos dos Estados Unidos, na composição de toda sua obra. Cada poesia, cada romance e cada conto do escritor traz um pouco da vida do "Velho Safado", como ficou conhecido no mundo inteiro.

Correlação com a Geração Beat[editar | editar código-fonte]

Bukowski tem sido erroneamente identificado com a Geração Beat, por certos temas e estilo correlatos, mas sua vida e obra nunca mostraram essa inclinação. Jim Christy, autor do livro The Buk Book, disse em uma vez que "ele havia sido um vagabundo, um imprestável, um proletário, um bêbado; bem, que fosse. Claro, outros trabalharam o mesmo território, mas o que diferenciava Bukowski do resto deles - os Knut Hamsun, Jack London, Maxim Gorky e Jim Tully - era que Bukowski era engraçado." Trabalhando esta imagem, Bukowski conseguiu criar um mito ao seu redor.

Legado[editar | editar código-fonte]

O filósofo francês Jean-Paul Sartre referiu a Bukowski como — “O maior poeta da América”.8 Verdade ou não Bukowski está presente em álbuns, músicas, letras, entre outros de muitas bandas, entre as quais: Anthrax, Apollo 440, Modest Mouse, Leftover Crack, Bad Radio (uma das bandas de começo

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