Comunicação E Expressão
Monografias: Comunicação E Expressão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: giovannapneias • 11/3/2015 • 6.439 Palavras (26 Páginas) • 238 Visualizações
Unidade 1
1. Leia o texto a seguir.
FALSOS VERBETES
Luís Fernando Veríssimo
Está aí uma coisa que eu não sabia (entre 17 milhões de outras). Há uma tradição de editores de dicionários e enciclopédias incluírem pelo menos um verbete falso em suas obras, para protegerem seu copyright, facilitando processos de plágio contra eventuais copiadores. Quem repete o verbete falso é porque copiou, por mais que o disfarce.
Não sei se o costume (da cópia), sobre o qual li numa recente revista The New Yorker, existe no Brasil. Se existe, pode-se pensar num desafio intelectual: identificar no Aurelião e no Houaissão as palavras criadas na hora pelos seus editores para desencorajar a reprodução clandestina. Já fiz um teste superficial e encontrei várias palavras suspeitas nos dois dicionários. Efor , por exemplo. Chefe de um país ou de um exército que preside a imolação das vítimas. Conta outra! Osqüidate . Relativo aos osqüidates, povo da Gália aquitânica. Rá! Pode-se imaginar o brilho nos olhos de quem bolou esta.
Trofobiose é outra palavra altamente improvável.
E sempre desconfiei que esdrúxulo foi inventada por um antigo dicionarista que sentia falta de uma palavra que descrevesse coisas, assim, esdrúxulas, sem sonhar que sua criação pegaria.
Os autores de enciclopédias devem se divertir ainda mais. A New Yorker cita o exemplo de uma personalidade fictícia, uma fotógrafa, incluída numa edição da Columbia Encyclopedia, com falsa biografia (do seu nascimento numa cidadezinha provavelmente inventada também até sua morte prematura numa explosão), falsos títulos, falso tudo, de cuja existência ninguém jamais duvidou. O autor da fabricação cumpriu, em parte, o sonho do Jorge Luis Borges, que, um dia, respondendo a uma daquelas clássicas perguntas feitas a escritores, disse que a obra que gostaria de ter escrito era a décima-primeira edição da Enciclopédia Britânica.
Quantos autores não teriam tido o mesmo gosto ao serem convocados para inventar verbetes caucionários (se existe a palavra)para enciclopédias? Não apenas artistas com fins trágicos, cientistas fantásticos, figuras históricas que nunca foram como efors osqüidates praticantes de trofobiose mas países imaginários inteiros, continentes, partículas subatômicas, práticas sexuais.E com os novos recursos da editoração eletrônica, podendo até incluir fotos das pessoas e bichos que inventavam.
Nenhuma enciclopédia é cem por cento confiável, portanto. Eu confesso que nunca acreditei muito na existência do Uzbequistão.
De acordo com o texto e com o que foi estudado nesta Unidade, a existência de falsos verbetes, nos dicionários e enciclopédias, deve-se:
b. à necessidade dos autores de preservar as obras de cópias.
2. Considere o texto abaixo e escolha a alternativa correta:
Chegou o produto que seus lábios estavam pedindo. Com 25% de água em sua composição, ele deixa seus lábios macios, hidratados, transbordando cor. Acqua-Finish. Seus lábios estão sedentos deste prazer."
b. No texto, se destacam três funções da linguagem: a) referencial, presente na descrição de atributos e benefícios do produto, marcada linguisticamente pela terceira pessoa; b) conativa, caracterizada pela orientação ao receptor, com o qual o texto dialoga em uma linguagem coloquial e direta, apresentando o uso da segunda pessoa do discurso (você); c) poética, porque observa-se a preocupação com a rede semântica na construção da mensagem, a partir do tema água - hidratados, transbordando cor, acqua, sedentos.
3.
Quando escrevemos um texto, temos um objetivo, uma intenção; de a-cordo com tal intenção privilegiamos esta ou aquela função da linguagem. No texto abaixo, qual é a função predominante?
b. Poética, pois as imagens, cores, o texto escrito no pé sugerem ideias, como alegria, tropicalidade.
4.
Analisando a publicidade abaixo, podemos afirmar que:
c. o receptor é o motorista em geral, mais especificamente os caminhoneiros que estão nas estradas com mais frequência.
5. Observe os quadros abaixo e leia o texto:
Ambos são produções do pintor belga Réné Magritte. O da esquerda foi pintado entre 1928 e 1929, se chama A traição das imagens e traz a inscrição Isto não é um cachimbo". O da direita data de 1966, se chama Os dois mistérios e nele está representado o quadro anterior. O filósofo Michel Foucault nomeou um de seus livros com a inscrição de Magritte. Assim, o livro de Foucault chamado Ceci n est pas une pipe, de 1968, analisa e comenta os quadros para refletir sobre o nosso velho hábito de linguagem que toma a imagem pela própria coisa" (FOUCAULT, M. Isto não é um cachimbo. Trad. Jorge Coli. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, pag. 20).
b. As produções de Magritte e Foucault procuram nos conscientizar sobre o caráter representativo dos signos que não constituem uma realidade, mas que nos dão uma visão de mundo, uma maneira de olhar para o mundo e de se relacionar com ele.
Unidade 2
1. Marque a opção que não completa, de forma lógica e gramaticalmente coesa, o trecho fornecido:
"Todo ano, nessa época, São Paulo festeja o Santo Genaro, padroeiro dos napolitanos. A rua San Genaro é pequena e apresenta riscos para os frequentadores das atividades. Em virtude disso,..."
c. Os festeiros definiram, para este ano, a realização dos festejos na rua San Gennaro.
2. Leia atentamente o texto de Arnaldo Jabor.
As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é... A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora... A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira... A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz
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