Curta-metragem artigo Vida Maria
Por: Jades Nogalha • 30/4/2018 • Artigo • 645 Palavras (3 Páginas) • 932 Visualizações
ARTIGO DE OPINIÃO
À luz da exposição teórica do curta-metragem “Vida Maria” de Márcio Ramos e das reflexões sobre as múltiplas leituras de aspectos didáticos e pedagógicos do processo de letramento e interdisciplinaridade, faz-se necessário uma análise sobre reflexões prático-teóricas da interdisciplinaridade como formadora de cidadãos efetivamente construtores do conhecimento, fomentando, ainda, um repensar didático-pedagógico a respeito de uma reflexão do ensino interdisciplinar no contexto social em que estão inseridos os alunos.
A prática do letramento há muito tempo vem enfatizando a teoria, não que a teoria não seja importante, mas é preciso que a teoria e a prática caminhem juntas. Aliado a isso, parece existir também, certo receio na aplicabilidade da interdisciplinaridade em sala de aula, principalmente quando alguns docentes ficam receosos em sair de um certo comodismo, na maioria das vezes confundido com insegurança, para desenvolver trabalhos em conjunto. Neste sentido, o “trem” da interdisciplinaridade fica estagnado e cada vagão leva uma carga de conhecimento isolado. Entretanto, para que a prática pedagógica surta efeitos positivos, faz-se necessário, dentro do processo de desenvolvimento de ensino-aprendizagem, um acontecimento de reconstrução social e política, não só reprodutivista, pois permite fazer o aluno aprender através do conhecimento e da prática pedagógica e didática eficaz, à medida que é cultivado um diálogo constante de questionamento, de aprovação, de negação, de acréscimo, e de transparência de limitações não apontadas. Sendo assim, a disposição do professor, aliada ao conhecimento e à prática da interdisciplinaridade, faz com que o aluno se interesse e entenda o mundo em que vive.
Dentro do contexto social, a prática da interdisciplinaridade pode, sem dúvida, alterar realidades negativas no contexto em que o alunado está inserido, na medida em que este entende que o seu meio pode influenciar na aprendizagem. Obviamente, esta ideia se funde a uma prática cidadã constante dentro do espaço escolar, envolvendo a contextualização do conhecimento, que mantém uma relação fundamental entre o sujeito que aprende e o componente a ser aprendido, evocando fatos da vida pessoal e cultural, como os vistos em “Vida Maria”. Na interdisciplinaridade, de acordo com diferentes óticas, os alunos podem aprender a ter visões diferentes de um mesmo objeto. Sendo assim, quando os alunos participam da tomada de decisão a respeito de um tema ou de um projeto, é possível que constituam relações entre os novos conteúdos e os conhecimentos que já possuem, conseguindo aprendizagens mais significativas, comparando, criticando, sugerindo ajustes, novas relações e organizações, abrindo portas para a interferência em uma realidade, desencadeamento novas ações e construindo um compromisso com uma cidadania ativa. Cabe aos professores descobrirem como manter um diálogo entre as práticas interdisciplinares e desenvolverem um ensino capaz de fazer com que os estudantes aprendam a relacionar os diferentes segmentos do conhecimento, partindo sempre da premissa de que a aprendizagem escolar é decorrente de relações sociais, afetivas e cognitivas que se estabelecem, especialmente, na sala de aula, devendo o professor ter o cuidado para que tal prática se estabeleça.
Durante
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