Resenha Curta metragem Vida Maria

ANA LETICIA PEREIRA

LYANDRA RAYSSA SANTANA BEZERRA

MILENA TARCISA TRINDADE

ODARA ALEXANDRA PADILHA

RESENHA DO CURTA METRAGEM “VIDA MARIA”

Esta resenha tem como objetivo apresentar a história retratada no curta metragem trazendo problemáticas acerca dos assuntos expostos e discutidos em sala de aula.

FLORIANÓPOLIS

2018

Vida Maria é um curta-metragem de roteiro e direção de Marcio Ramos. Foi lançado em 2007 e conta a história de Maria José, uma menina de cinco anos que está aprendendo  escrever seu nome, mas pela realidade em que vive é obrigada a abandonar os estudos para fazer os trabalhos domésticos. Ao decorrer do filme, que tem apenas noves minutos, vemos que a vida dela é uma repetição da vida das suas antepassadas.

O curta passa no sertão brasileiro e mostra a realidade de muitas pessoas pelo Brasil. Podemos analisar a mãe da Maria, ela vive do jeito que viu seus pais viverem e educa seus filhos da mesma maneira, tirando a oportunidade de brincar e aprender, podemos dizer até de sonhar. Ela não tem perspectivas, pois o ambiente em que vive é cheio de limitações.

A vida da Maria não foi diferente da vida de outras Marias de sua família, como não é diferente da vida de outras “Marias” pelo país, que deixam de ter seu próprio valor como indivíduo. Essas mulheres que abdicam de suas vidas para viver para seus esposos e filhos, não como opção mas sim como um fardo, um dever.

Essa ordem social não será facilmente modificada, ainda não existem projetos significativos que garantam uma mudança de cenário. Há anos começaram a surgir mecanismos condicionais de transferência de recursos, e idealmente eles levariam a mudança que essas “marias” precisam, entretanto se tratando de uma política imediatista, não há da mesma forma grandes esperanças de mudança, já que como citado são poucos os projetos desenvolvidos a longo prazo com o intuito de reverter esse ciclo, assim mudando também as ordens sociais.

O curta tem como objetivo mostrar de forma simples e cotidiana a realidade de muitas pessoas, mostrando a ideia  de acomodamento e  repetição da história dos seus antepassados, a história traz  nos fatos simples do dia a dia o choque da realidade. Nos faz pensar no que podemos fazer para quebrar esse ciclo de “marias”, já que políticas imediatistas não desenvolveram mudanças, como elaborar uma melhor condição de vida para essas “marias”, para que elas tenham seus direitos primários assegurados, para não necessitarem mais desses benefícios.