Desigualdade Social No Ambiente Escolar
Pesquisas Acadêmicas: Desigualdade Social No Ambiente Escolar. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessicalba2006 • 27/10/2013 • 3.432 Palavras (14 Páginas) • 616 Visualizações
1 Introdução
As orientações aqui apresentadas são baseadas na norma da ABNT para apresentação de artigos científicos impressos: a NBR 6022, 2003. Essa norma apresenta os elementos que constituem um artigo científico. Todavia, ao submeter um artigo científico à aprovação de uma revista, o autor deve seguir as normas editoriais adotadas pela revista. (FRANÇA et al., 2003, p. 59).
“Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.” (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 2)
Para Lakatos e Marconi (1991), os artigos científicos têm as seguintes características:
a) Não se constituem em matéria de um livro;
b) São publicados em revistas ou periódicos especializados;
c) Permitem ao leitor, por serem completos, repetir a experiência.
2 A Desigualdade Social por Marx, Weber e Durkhein
O homem nunca teve tanta importância nas sociedades como nos dias de hoje. Para os povos antigos, pouco valor se dava a pessoa única, a importância do indivíduo estava inserida no grupo que pertencia, apesar das diferenças naturais entre os indivíduos, não havia sequer hipótese de pensar em alguém desvinculado do seu grupo.
A ideia de individuo começou a ganhar força no século XVI, com a reforma protestante, que definia o homem um ser criado à imagem e semelhança de Deus, isso significava que o ser humano, individualmente, passava a ter “poder”.
No século XVIII, com o desenvolvimento do capitalismo e pensamento liberal, a ideia de individuo e individualismo firmou-se definitivamente, pois se colocava a felicidade humana no centro das atenções.
O mais útil e o menos avançado de todos os conhecimentos humanos me parece ser o do homem; e ouso dizer que só a inscrição do templo de Delfos continha um preceito mais importante e mais difícil do que todos os grossos livros dos moralistas. Considero, igualmente, o assunto deste discurso como uma das questões mais interessantes que a filosofia possa propor, e, desgraçadamente para nós, como uma das mais espinhosas que os filósofos possam resolver: com efeito, como conhecer a fonte da desigualdade entre os homens, se não se começar por conhecer os próprios homens? ROUSSEAU (1974)
A lei do mais forte sempre foi premissa de quem deve ser o dominante e o dominado. Na origem da desigualdade social o mais forte é aquele com mais ascensão física e social. Segundo Rousseau (1974):
Concebo na espécie humana duas espécies de desigualdade: uma, que chamo de natural ou física, porque é estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e das qualidades do espírito, ou da alma; a outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou política, porque depende de uma espécie de convenção, e que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada pelo consentimento dos homens. Consiste esta nos diferentes privilégios de que gozam alguns com prejuízo dos outros, como ser mais ricos, mais honrados, mais poderosos do que os outros, ou mesmo fazerem-se obedecer por eles.
Com a consolidação do capitalismo e a revolução industrial houve uma transformação no “tipo de desigualdade” que é gerada essencialmente pela diferenciação econômica entre pessoas e pessoas, classes e classes, sociedades e sociedades, etc. Nas palavras de karl marx (2005):
A mercadoria é um objeto produzido pelo trabalho huma¬no, que é trocado por seu produtor em vez de ser por ele consumido e que, por suas propriedades, satisfaz às necessidades humanas de qualquer natureza, diretamente como meio de subsistência ou indiretamente como meio de produção.
Nessa concepção de Marx, vê se que no capitalismo havia política de consumo e seu uso. Ou seja, um produto inútil não era permutável “A força de trabalho do homem é a força única que cria valo¬res, e as mercadorias só são consideradas valores porque contêm trabalho humano.” MARX (2005).
Quando se estuda historicamente o capital, em suas origens, vamos encontrá-lo, por todos os lados, confrontando-se com a propriedade imobiliária sob forma de dinheiro, seja como fortuna em dinheiro, seja como capital comercial seja como capital usu¬rário. Hoje, como outrora, todo capital novo entra em cena; isto é, no mercado – mercado dos produtos, mercado do trabalho, mercado do dinheiro –, sob forma de dinheiro, dinheiro que deve se transformar em capital por meio de processos especiais. MARX (2005)
Esse mecanismo de funcionamento é o que gera o que chamamos de exclusão, pois a maneira como foi trabalhado o conceito de “capital” favorecia a minoria que era e é, até hoje, a classe dominante. Devido à conveniência do que Marx chama de “troca” em sua obra “O capital”, a burguesia se viu como classe dominadora em seus próprios interesses, fazendo com que a maioria trabalhadora, apesar de ser MAIORIA, ficasse excluída e dependente das regras sociais impostas pela “minoria”.
De acordo com Karl Marx a desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de classes, em que as classes dominantes aproveitavam da miséria gerada pela desigualdade para manter o domínio sobre as classes dominadas, proporcionando um ciclo. A desigualdade social, neste contexto, está vinculada ao modo de produção capitalista, então é um modo de produção que visa lucro, por meio de acúmulo de capital e exploração do trabalho.
A burguesia não pode existir sem revolucionar constantemente os instrumentos de produção, e, por conseguinte, as relações de produção, isto é, o conjunto das relações sociais. A conservação do antigo modo de produção era, pelo contrário, a primeira condição de existência de todas as classes industriais anteriores. Um revolução continua na produção, uma incessante comoção de todo o sistema social, uma agitação e uma insegurança constantes distinguem a época burguesa de todas as anteriores. Todas as relações sociais estancadas e ferrugentas, com o seu cortejo de concepções e de ideias antigas e veneradas, dissolvem-se; as que as substituem envelhecem antes de se terem podido ossificar. Tudo o que tinha solidez e permanência esfumam-se; tudo o que era sagrado é profano, e os homens, finalmente, veem-se forçados a encarar as suas condições de existência e as suas relações recíprocas com olhos desiludidos.
A burguesia, conceituada por Marx, detinha a força de trabalho em cima dos menos favorecidos, conceituados
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