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Dilma E A Bíblia - Análise Do Discurso

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Por:   •  15/11/2014  •  2.973 Palavras (12 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO DISCURSO / TURMA A

PROFESSORA: MARIA CHRISTINA DINIZ LEAL

ALUNA NATÁLIA ROCHA MARQUES / MATRÍCULA: 10/25597

BRASÍLIA, 24 DE JANEIRO DE 2011 – 2º/2010

ANÁLISE DO DISCURSO

TEXTO DILMA E A BÍBLIA

1. INTRODUÇÃO

No dia 10 de janeiro de 2011, o jornal Destak de Brasília publicou um texto intitulado Dilma e a Bíblia. O responsável por escrever a matéria foi o Diretor Editorial do jornal, Fábio Santos, que procurou relatar alguns acontecimentos recentes relacionados ao cotidiano da presidente Dilma Rousseff, além de destacar suas opiniões e interpretação desses fatos.

Recentemente, houve alguns boatos sobre a presidente Dilma e dois itens religiosos presentes, inicialmente, em seu gabinete: uma Bíblia e um crucifixo. O Palácio do Planalto, responsável por manter as informações sobre a presidente muito bem nítidas e explicadas, afirmou que, diferente do que divulgaram, Dilma não retirou a Bíblia de seu Gabinete e o crucifixo só não permaneceu, pois pertencia ao presidente Lula. A partir dos boatos e da atitude apressada do Planalto em desmenti-los, Fábio Santos inicia uma discussão sobre a religiosidade e a sua relação com a política brasileira e seus integrantes.

Este trabalho propõe uma análise, do ponto de vista discursivo, baseada no texto citado. Seu objetivo é considerar pontos como recursos linguísticos, tema, ideias, fatos, opiniões utilizados pelo escritor no texto e, a partir disso, concluir de que forma a Ideologia e o Poder, além das Funções da Linguagem, se comportam dentro do discurso e seus efeitos sobre ele. Por seu tema polêmico, pela descrição e discussão opinativa do escritor, o texto se apresentou como um ótimo material para tal trabalho.

No que diz respeito à organização do mesmo, em um primeiro momento, haverá uma análise interpretativa do texto. Em seguida, serão apresentados conceitos teóricos necessários para um bom entendimento da análise final do trabalho, que está baseada nas definições de Ideologia, Poder e Funções de Linguagem e leva em consideração os recursos linguísticos e aspectos gerais do texto.

2. INTERPRETAÇÃO

O texto Dilma e a Bíblia aborda um assunto antigo: a relação da política com a religião. Fábio Santos (2011) defende que os eleitores brasileiros estão acostumados a associar moral à religiosidade: “É como se apenas a crença em Deus fosse capaz de inculcar nos homens o respeito pela humanidade”.

Há muito tempo, o Estado brasileiro é declarado laico. No entanto, essa declaração não se confirma na prática social, pois a maioria da população ainda possui o senso comum de que a religiosidade é determinante para a construção do bom caráter e da capacidade dos ocupantes de cargos públicos, o que o jornalista Fábio Santos procura romper.

Em um primeiro momento, o escritor do texto mostra de que formas a preocupação do povo brasileiro quanto à religiosidade dos políticos é apresentada e comprovada. Quando o Palácio do Planalto se apressa em negar que a presidente Dilma retirou os itens religiosos de seu gabinete, há dois motivos que se destacam, como ressalta Fábio Santos: o primeiro e mais coerente com as funções do Planalto, se refere à transmissão de informações verídicas sobre a presidente; o segundo, determinado pela manutenção da boa impressão sobre a presidente, se refere à preocupação de mostrar que Dilma Rousseff é religiosa. O jornalista, portanto, consegue provar o seu ponto de vista com esse acontecimento, expondo que a população se preocupa tanto com o assunto que o Palácio se precipita em manter tudo de acordo com a vontade popular.

Fábio, logo em seguida, realiza comparações entre a atual presidente e seus dois antecessores no cargo, Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (mandato de 2003 a 2010), além de seu rival nas eleições de 2010, José Serra. Seu objetivo é mostrar o histórico brasileiro quanto a esse tema e manifestar opiniões a partir disso.

A frase “Creio que é mais fácil o Brasil ter, num futuro distante, um presidente gay do que um ateu” (SANTOS, 2011) mostra a opinião do escritor sobre dois preconceitos que ele observa entre a população brasileira, com os quais não concorda.

Fábio utiliza argumentos como o fato de muitos religiosos serem associados a práticas sociais ruins para mostrar que esse aspecto não deve determinar o caráter da presidente nem sua capacidade de administrar o país. O autor acredita que esses fatos não devem ser levados em conta na hora de eleger um (a) presidente, pois não interferem na capacidade de conduzir o país e desempenhar um bom trabalho, tal como não são essenciais para a formação do caráter do cidadão.

3. CONCEITOS TEÓRICOS

As Funções da Linguagem relacionam a prática social à prática discursiva dentro da análise do discurso (texto). Seguindo as definições do teórico Fairclough, a análise do discurso pode ser realizada a partir de três Funções: Função Identitária; Função Relacional e Função Ideacional.

A Função Identitária está relacionada à construção e representação das identidades sociais no discurso. A Função Relacional (Interpessoal) se refere à relação entre os participantes do discurso e as suas representações. Por último, a Função Ideacional, que representa a experiência social e a sua manifestação no discurso.

Quanto ao conceito de Poder, pode-se definir com base no teórico Teun A. Van Dijk, que o caracteriza a partir de oito pontos:

1. “O poder social é característica da relação entre grupos, classes ou outras formações sociais, ou entre pessoas na qualidade de membros sociais”

2. “[...] as relações de poder social manifestam-se, tipicamente, na interação [...] Em outras palavras, o exercício de poder por A resulta em uma limitação da liberdade social de ação de B”.

3. “[...] o poder social é geralmente indireto e age por meio da ‘mente’ das pessoas”.

4. “O poder é uma forma de controle social se sua base for constituída de recursos socialmente relevantes”.

5. “[...] para A exercer controle mental sobre B, B precisa conhecer os desejos, as vontades, as preferências ou as intenções de A”.

6. “[...] o exercício do poder não se limita simplesmente a uma forma de ação, mas consiste em uma forma de interação social”.

7. “O exercício e a manutenção do poder pressupõem uma estrutura ideológica”.

8. “[...] o poder precisa ser analisado em relação às várias formas de contrapoder ou resistência vindas dos grupos dominantes [...]”.

(VAN DIJK, 2008, p. 41 a 43)

Quanto à definição de Ideologia, pode-se citar um trecho do texto de Althusser (1974, p.23), Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado:

“[...] a Escola (mas também outras instituições de Estado como a Igreja ou outros aparelhos como o Exército) ensinam ‘saberes práticos’, mas em moldes que asseguram a sujeição à ideologia dominante ou o manejo da ‘prática’ desta.

Designamos por aparelhos ideológicos de Estado um certo número de realidades que se apresentam ao observador imediato sob a forma de instituições distintas e especializadas.

[...] O aparelho de Estado funciona de uma maneira massivamente prevalente pela repressão”. (ALTHUSSER, 1974, p.23)

4. ANÁLISE DISCURSIVA DO TEXTO

4.1. Ideologia e Poder

O primeiro tópico a ser estudado no texto se refere à Ideologia e ao Poder.

Tomando o primeiro parágrafo da matéria para análise, percebe-se que o autor expõe alguns fatos para situar o leitor a respeito da circunstância sobre a qual pretende comentar. Fábio Santos começa escrevendo sobre as notícias que os assessores da presidente Dilma Rousseff têm transmitido a seu respeito, com base em comparações com seu antecessor, Lula. Em seguida, enumera essas notícias: “ela almoça no gabinete (Lula comia com dona Marisa), toma decisões de modo mais rápido, quer adotar um modelo de gestão semelhante ao empresarial, mudou o sofá por poltronas e teria retirado um crucifixo da parede e a Bíblia de sua mesa” (SANTOS, 2011).

Sobre os recursos lingüísticos utilizados, destacam-se a comparação e a ordem das notícias divulgadas pelos assessores da presidente Dilma. A comparação com o antigo presidente dá ao leitor uma base do que foi tradicional nos últimos anos, com Lula. Dessa maneira, o receptor do discurso poderá opinar se a prática da nova presidente é coerente dentro dos padrões de outros presidentes, se é coerente dentro de novos padrões ou se não está de acordo com o que é esperado de sua postura.

A enumeração das notícias, no entanto, chama maior atenção do que a comparação. A ordem escolhida por Fábio Santos para apresentar cada fato parece ser pensada para atingir seu objetivo de destacar a trivialidade da retirada de objetos religiosos do gabinete da presidente, nítido durante o resto do texto. A primeira notícia destacada é o costume de almoçar no gabinete, o que ressalta uma possível vontade de aperfeiçoar e aproveitar o tempo de trabalho (aspecto muito importante para exemplificar o trabalho da presidente). A segunda, seguida pela explicação referente ao modelo empresarial, enfatiza a primeira notícia. No entanto, a terceira, que diz respeito a ter mudado o sofá por poltronas, é uma notícia de pouca importância no que diz respeito ao trabalho da presidente e ao que deve ser de interesse social. Por último e menos importante, o jornalista cita a retirada do crucifixo e da Bíblia do escritório da presidente Dilma.

Ao colocar a notícia por último, muito mais do que para dar início ao segundo parágrafo, Fábio Santos utiliza os recursos da linguagem para destacar a banalidade da notícia quanto aos aspectos políticos. Principalmente, ao colocar a notícia logo depois daquela que fala sobre a troca do sofá. Dessa maneira, começa a explicitar o seu tema.

No segundo parágrafo, o jornalista comenta sobre a reação do Palácio do Planalto, que, diferente dele, deu muita importância ao fato. Fábio destaca a sensibilidade do tema da religiosidade e afirma que esse foi um dos motivos pelos quais o Palácio reagiu tão rápido, a fim de desmentir a retirada dos objetos religiosos pela presidente.

O terceiro parágrafo, finalmente, introduz a ideologia de que Fábio tratará ao longo do texto: a importância da religiosidade na política do ponto de vista popular. Ao dizer “A atitude poderia ser vista como a demonstração de que Dilma não é lá muito chegada em religião. E não há nada mais grave para um político do que ser tido como ateu ou apenas não religioso” (SANTOS, 2011), o escritor apresenta um aspecto do senso comum que diz respeito à associação da moral com a religiosidade. Ao dizer que não há nada mais grave, Santos está reproduzindo aquilo que acredita ser o pensamento popular, a ideologia do senso comum.

Essa ideologia pode ser melhor fundamentada pelo que é escrito no quarto parágrafo: “É como se apenas a crença em Deus fosse capaz de inculcar nos homens o respeito pela humanidade. Como se sabe, há muitos homens de fé que não têm um pingo de respeito pela humanidade que não lhe é igual” (SANTOS, 2011). Com esse discurso, o jornalista mostra uma ideologia baseada em preceitos religiosos, que excluem a possibilidade de cidadãos corretos e de bom caráter sem apego às religiões e a seus artefatos. Também é possível perceber que o escritor não concorda com tal ideologia com base no segundo período destacado, no qual ele relembra exemplos do cotidiano (religiosos que não possuem bom caráter e se consideram superiores aos outros cidadãos), com os quais comprova que a religiosidade não garante a moral.

O poder presente nesse tipo de ideologia destaca a dominação das religiões sobre o pensamento popular. A igreja, como destaca Althusser, é um aparelho de dominação do Estado que está muito bem exemplificado nesse contexto. O poder das instituições religiosas se mantém sobre o poder administrativo (político) do Brasil, mesmo que de maneira indireta, pois parte da dominação do eleitor em um primeiro grau, para depois repercutir no poder político. Ao se apressar para desmentir o fato da retirada dos artigos religiosos pela presidente, o Palácio confirma essa dominação (pressão) que sofre quanto ao assunto.

Utilizando recursos linguísticos como a comparação com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva e o concorrente José Serra, o jornalista conseguiu exemplificar a situação brasileira no que diz respeito ao seu posicionamento crítico quanto a ocupantes de cargos públicos sem religião. José Serra, assim como Dilma, se preocupou, durante as eleições, em agradar aos religiosos (ou, ao menos, não desagradá-los) e, enquanto Lula demonstrou religiosidade com frequência e não precisou enfrentar polêmicas, Fernando Henrique procurou desviar-se do assunto. Esses recursos fazem com que a ideologia que o autor pretende destacar seja bem exemplificada e fundamentada, de modo que o leitor consegue perceber as formas como essa situação se aplica.

O trecho “Creio que é mais fácil o Brasil ter, num futuro distante, um presidente gay do que um ateu. Quando alguém não tem fé, é logo identificado como alguém capaz de tudo, sem moral nem limites” (SANTOS, 2011), além de ser um arremate sobre a ideologia da religiosidade na política, ainda apresenta outra ideologia vigente: a homofobia.

Ao comparar a possibilidade de eleger um presidente gay com um ateu no Brasil, levando em conta todas as considerações feitas pelo autor do texto, ele mostra o problema da homofobia e ainda destaca uma contradição nesse pensamento: cidadãos que elegeriam um gay (geralmente, excluídos como pessoas sem moral pelas religiões), mas não um ateu. Ao dizer “num futuro distante”, Santos mostra que tanto ateus quanto gays são discriminados como pessoas de caráter duvidoso nos dias de hoje e que, talvez, o preconceito contra os gays ainda seja menor do que a ideologia contra os ateus. Portanto, a segunda ideologia de grande destaque no artigo é a de que os gays são tidos como pessoas de pouca ou sem moral pela maioria dos brasileiros, de forma que seria muito difícil um gay ser eleito presidente atualmente.

O poder, portanto, também é explicitado quanto a quem o mantém: pessoas religiosas e heterossexuais. Nesse sentido, o poder limita a liberdade de gays e ateus. A partir da estratégia ideológica de que são pessoas “capazes de tudo, sem moral nem limites” (SANTOS, 2011).

Para finalizar, Santos comenta “Mas nada disso deveria ser importante para avaliar a presidente. Pena que seja”. (SANTOS, 2011). Destaca-se, então, a identidade e a ideologia do jornalista, que após destacar tantas ideologias do senso comum, se posiciona contra elas ao destacar a banalidade de tais fatos no que diz respeito aos aspectos políticos.

4.2. Funções da Linguagem

Quanto às funções, todos os parágrafos se destacam pela função Ideacional, que está em torno do tema da presidente Dilma Rousseff e a sua religiosidade, considerando a importância disso para a população brasileira. No primeiro parágrafo, a função ideacional se destaca pelo assunto tratado: a presidente e seus costumes no trabalho. Há também a função Identitária, na qual o autor caracteriza e identifica a presidente Dilma Rousseff, mostrando os seus costumes e de que forma age com as pessoas ao seu redor e com as situações que são apresentadas a ela.

O segundo parágrafo também se destaca a função Identitária (além da ideacional), ao caracterizar as funções do Palácio do Planalto, suas ações recentes e as motivações para tal. No terceiro e no quarto parágrafos, a função Identitária está presente na caracterização da presidente Dilma e José Serra (“tanto Dilma quanto José Serra se fizeram fotografar em cultos, a proximidade com Deus rende votos” (SANTOS, 2011). Além disso, há a identificação de características do ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso quanto à sua pouca proximidade com religiões e a fuga do assunto.

O quinto parágrafo se destaca pela função Identitária referente ao povo brasileiro, à construção de uma identidade a partir das características da religiosidade e da importância dada a ela pela maior parte da nação. Também identifica opiniões de Santos, explicitada pela palavra “creio” (primeira palavra do parágrafo).

No sexto parágrafo, há identificação (função Identitária) dos religiosos (“alguém de fé”) e de seus costumes e pensamentos. A presença do discurso direto é um recurso que destaca a ausência do autor na fala da frase e pode ser destacada como uma função Interpessoal, por apresentar uma situação de interação entre um falante e um ouvinte.

No último parágrafo, a função Identitária está evidenciada por ser uma opinião nítida do autor do texto, trazendo o seu julgamento sobre o tema e construindo a identidade de alguém que não acredita ser importante a religiosidade para a formação do caráter e que isso não deve ser considerado no que diz respeito ao trabalho de um (a) presidente.

5. CONCLUSÃO

O texto de Santos trata de ideologias presentes no senso comum e das consequências dessas ideologias quanto à manutenção do poder público.

As comparações e exemplos presentes no texto dão ao leitor a possibilidade de se situar quanto ao assunto, além de mostrar a veracidade dos fatos ou fundamentar as opiniões do jornalista. É um texto crítico, baseado nas observações do próprio autor e nos seus conhecimentos sobre o assunto.

Pode-se perceber as ideologias (preconceito com relação aos ateus e gays no poder público) muito explícitas, de forma que o autor procurou mostrar o seu ponto de vista de maneira objetiva e clara. O título Dilma e a Bíblia é um exemplo disso, pois evidencia o tema e sua forma de abordagem logo no início, dando ao leitor a possibilidade de entender do que se trata a discussão desde o começo.

A ideologia destacada pelo autor foi muito bem fundamentada e, portanto, conseguiu cumprir o objetivo de explicar que a moral não deve ser associada a religiões e que o respeito ao diferente ainda não foi alcançado no Brasil.

As funções da linguagem foram bem utilizadas pelo autor, que conseguiu uni-las de maneira coerente. A identidade da presidente Dilma foi construída aos poucos e baseada nas identidades de outros personagens públicos, um bom recurso linguístico, usado como forma de comparação.

A identidade do brasileiro também foi baseada em exemplos cotidianos e em fatos (como no penúltimo e no segundo parágrafo, respectivamente), assim como a identidade do próprio Santos, que se mostrou durante todo o texto e, principalmente, no último parágrafo.

Um texto importante para refletir sobre as opiniões impostas pelas ideologias, senso comum e suas relações com o poder. É uma tentativa de mostrar, a partir de fatos e acontecimentos, preconceitos ideológicos que ainda interferem em assuntos políticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, F. Dilma e a Bíblia – Brasília: Destak, 2011.

DIJK, T. A. V. Discurso e Poder – São Paulo: 2008.

ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado – Brasil: Martins Fontes, 1974.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e Mudança Social – Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 2008.

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