Educação dos surdos
Por: Alayse • 24/11/2015 • Artigo • 1.392 Palavras (6 Páginas) • 169 Visualizações
[pic 1][pic 2]
Psicologia na Educação dos Surdos
Rosilda da Silva Santos[1]
RESUMO
A psicologia da educação vem se desenvolvendo ao longo dos anos, destacando-se em três áreas, sejam elas: as pesquisas experimentais da aprendizagem; o estudo e a medida das diferenças individuais e psicologia da criança. Seu objetivo é estudar os aspectos das situações da educação, constatando e explicando o que se passa na área da educação, em especial o artigo refere-se a psicologia educacional com crianças surdas, onde é necessário a ajuda de profissionais capacitados para ensina-los, pois possuem uma maior dificuldade de se relacionar com o meio social.
Palavras-chave: psicologia, surdez, deficiência auditiva.
ABSTRACT
The psychology of education has been developing over the years, especially in three areas, they are: the experimental research of learning; the study and measurement of individual differences and child psychology. Your goal is to study aspects of the situations of education, noting and explaining what is happening in education, in particular the article refers to educational psychology with deaf children where the help of trained professionals to teach them is necessary because they have greater difficulty relating to the social environment
KEYWORDS: psychology, deafness, hearing impairment.
1 – INTRODUÇÃO
A importância pela educação sempre foi uma constante entre os filósofos, educadores, psicólogos. Diante disso com o desenvolvimento da psicologia como ciência e área de atuação do profissional varias perspectivas apareceram, dentre elas a psicologia educacional. No decorrer do século XX a psicologia na educação teve um grande desenvolvimento.
Em vista disso três áreas são destacadas: as pesquisas experimentais da aprendizagem; o estudo e a medida das diferenças individuais e psicologia da criança. A psicologia educacional é uma área que se preocupa com os resultados e retenção da aprendizagem escolar.
Na atualidade a psicologia da educação é conceituada tanto como na área da psicologia quanto da educação e caracteriza-se como um âmbito de investigação dos problemas e fenômenos educacionais, diante de um entendimento psicológico. A psicologia da educação tem como objeto de estudo os aspectos das situações da educação, bem como as relações existentes na educação e sobre os fatores que determinam a mesma. Seu controle é constituído pela analise psicológica de todas as faces da realidade educativa e não somente na aplicação da psicologia da educação. Sua intenção é constatar e explicar o que esta se passando no seio da situação da educação. Quanto a isso tantos os psicólogos quanto os pedagogos possuem tal especialização profissional.
Nos dias de hoje repele-se a ideia que a psicologia da educação seja sintetizada a uma simples área de emprego da psicologia. Essa ideia deve atender simultaneamente aos processos psicológicos e as características das situações educativas. Diante disso ela estuda os processos educativos com três finalidades:
·Contribuir à elaboração de uma teoria explicativa dos processos educativos – nível teórico;
· Elaborar modelos e programas de intervenção - nível tecnológico;
· Dar lugar a uma práxis educativa coerente com as propostas teóricas formuladas - nível prático.
2 – A SURDEZ E A PSICOLOGIA
De acordo com Sanches (1990) com o surgimento da psicologia começou os estudos dos comportamentos dos humanos. Esses comportamentos foram classificados em normais e anormais, sendo anormais enquadrados em determinadas patologias. A psicologia explica à psicopatologia de diferentes grupos que em uma ou outra proporção estavam expelidos a normalidade colocada pela ideologia dominante.
Em vista disso a psicologia entendia a criança surda como “não é um sujeito normal, ao menos enquanto a uma certa capacidade de recepção sensorial... É um sujeito que, em uma determinada medida, é outro, em que a vida mental e o conjunto da personalidade estão diferentemente organizados” (Petit, 1971).
Assim sendo a psicologia origina-se da premissa que a perda da audição é causa de condutas anormais. A psicologia fundeou seus estudos a partir do critério de normalidade pela media estatística, pra esclarecer comportamentos, funções psicológicas superiores como linguagem, pensamento e inteligência e aspectos do desenvolvimento das crianças surdas.
O desenvolvimento estava cruzado pela ideia de incapacidade, anormalidade e traziam indicações terapêuticas, pois visavam uma reabilitação. Apresentam intervenções a partir de um órgão considerado falho, no caso o ouvido, que era necessário uma reabilitação para adaptação ao meio. Diante disso a psicologia colocou o surdo na dimensão da medicina onde o corpo físico é priorizado, deixando assim de lado os aspectos subjetivos do corpo, com isso reforçando os controles puramente corporais do surdo, deixando o ouvido de lado e tronando-o um corpo que precisa funcionar a todo custo, apesar de sua deficiência.
Acredita-se que um ouvido doentio é para sempre um ouvido enfermo, desse modo a psicologia compreende o discurso clinico que classifica o surdo como enfermo, descrevendo-o como incapaz. Apesar da definição de deficiente auditivo, o discurso clinico também descreve o surdo como surdo-mudo, assim desconsiderando que o surdo não tem problema algum na fala, pois ela só não fala porque não escuta.
Ao serem classificados como enfermos passam a compor o modelo da medicalização; uma das principais maneiras de intervenção da medicina. Assim segundo Skliar (1997) o modelo da medicalização da surdez, através das terapias reabilitadoras, com enfoque corretivo se ampliou para o pedagógico no início do século XX e permanece até hoje. Ele ressalta que,
...