Educação E Diversidade

Preparar os indivíduos para o diálogo constante com a produção cultural, num tempo que se caracteriza não pela permanência mas pela constante mudança – quando o inusitado o incerto e o urgente constitui a regra, é mais um desafio contemporâneo para a educação escolar. No cotidiano escolar, a cultura muitas vezes é associada ao que é local, folclórica, bem ao divertimento ou lazer, ao passo que o conhecimento é frequentemente associado a um saber inalcançável.

As informações estão disponíveis a qualquer instante em tempo real, ao toque de um dedo, e o conhecimento constitui ferramenta particular teórica e prática, o global e o local, o abstrato e seu contexto físico.

Com valor de conteúdo lúdico, e de caráter ético ou de fruição estética, numa escola de prática cultural ativa, o conhecimento torna-se um prazer que pode ser aprendido ou se aprender a aprender. Todos têm o direito de construir ao longo de sua escolaridade um conjunto básico de competência, definido pela lei. Assim será possível garantir igualdade e oportunidades, diversidade de tratamento e infinidade de resultados. Quando os pontos de partida são diferentes, é preciso tratar diferentemente os desiguais, para garantir a todos uma base comum. O professor, ao formular seu plano de trabalho, indica o que vai ensinar e não o que o aluno vai aprender. A transição da cultura do ensino, para a aprendizagem não é um processo individual. A escola deve fazê-lo coletivamente, tendo a frente seu gestores, que devem capacitar os professores em seu dia a dia, a fim de que todos apropriem dessa mudança de foco.

 

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