Ensinar na era da tecnologia

Ensinar na era da tecnologia

Karin Elizabeth Rees de Azevedo

Hodiernamente, a preocupação com o que ensinamos e como ensinamos tem sido constante tanto por parte dos pais, escola e, especialmente, dos professores, considerados como os principais agentes nesse processo tão complexo e bonito, tanto quanto árduo. Como a função essencial na sala de aula é estudar os vários ramos do conhecimento, ou seja, a obra ou função do ensinar se torna algo interessante e poderíamos até dizer que ninguém ensina nada a alguém, mas expomos conhecimentos que são absorvidos ou não pelos nossos ouvintes – alunos – na acepção geral do processo na escola.

Ensinar, na sua acepção mais simples, é comunicar experiência e, essa experiência pode ser de fatos, verdades, ideias, de processos ou habilidades duma arte. Assim, ensinar pode ser vista como uma arte e tal processo não é obscuro e nem difícil de ser alcançado. No entanto, poderemos citar abaixo alguns aspectos da “arte de ensinar”, que são, por certo, tão simples e naturais que quase se apresentam espontaneamente aos olhos de um observador cuidadoso. No entanto, aprendemos ou ensinamos apenas na escola?

É claro que a resposta à pergunta é não, uma vez que a cada dia aprendemos algo novo e, nesse aspecto, a tecnologia tem sido uma constante ferramenta de informação, mas que infelizmente se não for bem utilizada pode não gerar conhecimento ou comunicar experiências positivas, com isso continuamos a ver que ensinar vai além do simples expor conhecimento, pois se assim o fosse, a internet dispensaria os professores como se pensou em um tempo atrás quando as televisões foram levadas para o ambiente escolar.

Um dos aspectos ligados à “arte de ensinar” apresenta que o objetivo do ensinar é uma arte, portanto como tal deve ser vista e nosso objetivo aqui é apenas demonstrar que o professor domina essa “arte de ensinar”, portanto não é nossa intenção explicar ou debater o processo em si, mas questionar as relações e usos parece ser a maneira mais direta e prática de levar os professores, pais e todos que se dedicam a ensinar a refletirem sua “arte”.

Um segundo aspecto desta “arte” envolve explicitamente a questão de que definições ou explicações devem ser simples e claras de forma que os argumentos e provas possam ser absorvidos ou entendidos facilmente por quem ouve. As definições ou argumentos relacionados à “arte de ensinar” sobre que se baseiam, subjazem se dirigem a todo e qualquer ensino vitorioso. Tomadas em sua significação mais larga, nada se precisa adicionar nem omitir, uma vez que todo aquele que se apropriar desses aspectos e inteiramente os usar não falhará como professor, uma vez que também possua as qualidades que o habilitem a manter de modo próprio a boa ordem necessária para lhes facultar atuação livre e desimpedida.

Nesse aspecto, mais uma vez fazemos observação de que a tecnologia, especialmente a internet, tem se utilizado do item exposto acima e tomado a frente no ensino de adolescentes e jovens, e podemos até mesmo dizer de nossas crianças recém inseridas no mundo da leitura.

Esta tecnologia tem avançado a cada dia e de certa forma ensinado mais do que os pais e professores gostariam em alguns assuntos, assim, esse segundo aspecto envolve a atuação do Professor, e digamos que todo aquele que se dispõe a ensinar ou transmitir algo a alguém, tendo como alicerce que “O professor precisa conhecer aquilo que vai ensinar”. Saber ou conhecer é o material com que trabalha o professor, como exemplo, a História é história somente para quem assim a lê e a conhece. Da mesma forma que ensinar a escrever envolve a capacidade de saber fazê-lo também. Em contrapartida a esse processo está o que denominamos de “A Lei do Discípulo”, que tem como pressuposto que: “O aluno deve dedicar-se com interesse à matéria a ser aprendida”.