Entre Vozes E Silêncio
Artigos Científicos: Entre Vozes E Silêncio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TACIVOX • 10/10/2013 • 489 Palavras (2 Páginas) • 291 Visualizações
No ritmo atual, ainda vão décadas para que os países da América Latina alcancem os níveis da OCDE: os países da América Latina possuem 45% de penetração da Internet e 6% de penetração da banda larga, enquanto a OCDE apresenta 85% de penetração da Internet e quase nove vezes o percentual de penetração da banda larga.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Point Topic, no fim 2010, demonstrou que a América Latina tem a conectividade de banda larga mais cara do mundo. De acordo com o relatório, o preço médio por megabit/s cobrado para o DSL é superior aos US$ 22. É mais caro do que o cobrado no Oriente Médio e África (US$ 20).
A conectividade de banda larga mais barata do mundo pode ser encontrada em Hong Kong: US$ 0,028 por megabit/s, seguido por Japão (US$ 0,048/Mbps). Pensando nisso, a Telecom Advisory Services LLC solicitou que a GSM Association calculasse o impacto dos impostos no desenvolvimento do segmento de banda larga móvel nos países emergentes. Esta pesquisa foi baseada em estudos de casos de países como México e Brasil, cuja tributação é considerada bastante pesada. O estudo chegou à conclusão de que para cada dólar reduzido dos impostos, os países emergentes gerariam um PIB adicional variando entre US$ 1,40 e US$ 12,60.
As desvantagens econômicas da banda larga fixa tornam a banda larga móvel uma solução possível para o desafio do acesso rápido à Internet. No entanto, apesar da importância fundamental da banda larga sem fio, México e Brasil adotaram uma estratégia de taxação que reduz seu potencial de penetração ao incluir ainda encargos adicionais para a compra de aparelhos e serviços. Tais impostos dificultam a difusão dessa tecnologia, em especial no Brasil.
A difusão da banda larga hoje parece ser essencial, já que a conexão discada não é uma opção aceitável nem mesmo para a população de baixa renda. Pesquisa realizada pela Intel no País apontou que entre os que possuem acesso à Internet em casa, 80% tem banda larga fixa. Além disso, mais de 60% dos donos de PCs no Brasil não podem viver sem acessar a Internet diariamente, além dos 13% que não possuem PC, mas navegam todos os dias.
Partindo da experiência e de casos de sucesso em outros países, observa-se que para a implantação eficiente de sistemas compatíveis com a necessidade que o mercado apresenta, é indicado que indústria, governo e universidades discutam e desenvolvam juntos os melhores modelos para a realidade brasileira e, a partir daí, criem iniciativas que sejam eficientes para o consumidor final, rentáveis para os fornecedores do serviço, e que contribuam para o fortalecimento da economia. Só aí, finalmente, desastres naturais à parte, talvez possamos evitar que a cena descrita logo no início desse texto seja causada por falta de infraestrutura tecnológica. E teremos algo a celebrar em um “Dia da Internet”, falando com orgulho de banda larga e conectividade em nosso País.
*Fabio Tagnin é diretor de Expansão de Mercado da Intel Brasil
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